Promotores de injustiça

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É certo que o Estado deve ficar alheio à religião, mas não indiferente a ela.

Os mandamentos cristãos estão sendo substituídos por um arremedo de Cristo, a esquerda cristã. O único ponto de contato de Cristo com esta fraude religiosa é só para mostrar que o Seu amor foi plagiado bem grosseiramente. Enquanto Cristo apenas convida que os sofridos o sigam e carreguem a sua cruz para o direito à prometida vida abundante, instituições públicas impõem que os mandamentos esquerdistas de um tal “amor ao próximo” sejam aplicados, inclusive às crianças com direito à liberdade religiosa.

Uma professora denunciou ao Ministério Público que os alunos do EMEB “Joгo Etchebehere”, de 5 a 10 anos, na cidade de Rifaina, São Paulo, estão sendo chamados a rezar diariamente a oração do Pai Nosso antes do início das aulas. O Ministério Público aceitou a queixa, enviou uma recomendação à escola e lhe deu prazo para se manifestar. A escola cedeu.

“É vedado aos entes federativos e seus órgãos estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou suas representantes relações de dependência ou aliança”, diz a Constituição Federal. É certo que o Estado deve ficar alheio à religião, mas não indiferente a ela. Até porque a sociedade brasileira é essencialmente cristã. Que o diga a própria Constituição Federal, no seu preâmbulo, que invoca da proteção de Deus. O princípio maior de toda a autoridade constitucional é o cristianismo e todas as demais normas devem a ele subserviência. Só que ideólogos de pseudorreligiões, como o promotor de justiça Alex Facciolo Pires, aplicam as leis do Estado que se diz laico para banir a mentalidade religiosa nas escolas infantis.

O clero institucional e seus sacerdotes da felicidade geral, embriagados pelo fanatismo ideológico do laicismo (Estado sem religião), agem como representantes de revolucionários iluministas e de marxistas, um substitutivo bem chinfrim do amor de Cristo no mundo secular. Karl Marx, um embaixador de satã na Terra. A respeito desta união, para quem duvida, podem ler o Dicionário do Pensamento Marxista, verbete superestrutura, editado por Tom Bottomore, editora Jorge Zahar Editor; peço para que leiam também Marx e satã, de Richard Wurmbrand, editora Monergismo – e tem muitos outros).

Crianças têm o direito de serem ensinadas, ou seja, de não serem doutrinadas, conduzidas a visões particulares de mundo e de religião (mesmo que disfarçada). E o desenvolvimento espiritual é um direito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 3º).

Promotores de injustiça aceitam que crianças em idade escolar sejam doutrinadas por ideologias anticristãs que prometem um mundo de felicidade por outras crenças e, quando invocam a Constituição sobre Estado laico, não se importam que os infantes sequem como a figueira seca. A crença em questões sociais do tipo “inclusivas”, por mãos do Estado, toma o lugar da crença natural do povo.

Quem doutrina induz; quem ensina religião e mantém a sua prática apenas convida. É o que fazem as escolas. “Quando Estado se pronuncia, a Igreja não tem mais nada a dizer”, diz o Abade Raynal (citado por Aulard, Le Culte de La Raison). Só revolucionários fanáticos, para quem tudo não passa de ideologia, é que não pensam assim.

Por Sergio Renato de Mello – defensor público de Santa Catarina

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