Prezados professores e alunos,
Paz do Senhor!
“E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e opor-lhe-ás O nome de Jesus.” (Lc 1.31)
INTRODUÇÃO
Nessa lição, aprenderemos sobre a filosofia pós – modernista que permeia a nossa sociedade observado pela crescente defesa da legalização do aborto no Brasil por vários setores, apesar de 87% da população se denominar cristã, segundo o último censo do IBGE.
Lucas inspirado pelo Espirito Santo, relata o anúncio do anjo Gabriel à virgem Maria, anunciando-lhe que ela conceberia um filho por obra do Espírito Santo e que deveria dar a Ele o nome de Jesus. O nome “Jesus” significa “Salvador” ou “Aquele que salva”. Ele foi dado ao filho que Maria conceberia, que é Jesus Cristo, o Cristo prometido e o Filho de Deus. Esse nome é significativo porque expressa a missão e o propósito central de Jesus em sua vinda à terra.
Cristo veio ao mundo para salvar a humanidade do pecado e reconciliá-la com Deus. Ele é o Salvador enviado por Deus para oferecer a redenção e a salvação a todos os que creem nele. Através de sua vida, morte e ressurreição, Jesus proporcionou a oportunidade de restauração do relacionamento entre Deus e o ser humano.
Ao dar a seu filho o nome de Jesus, Maria estava cumprindo a vontade de Deus e reconhecendo a natureza e a missão especial de seu filho. Esse nome é central na fé cristã e representa a esperança e a salvação que encontramos em Jesus. Portanto, esse versículo enaltece a importância do nome de Jesus e seu significado Salvífico para a humanidade. O apóstolo Paulo nos relata que “Deus estava em Cristo consigo o mundo, não lhes imputando os pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”, 2Co 5.19.
I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO
- O anúncio do nascimento.
O anjo Gabriel aparece a Maria, uma virgem comprometida em casar-se com José. A mensagem do anjo é clara: ela conceberá e dará à luz um filho, e o nome dele será Jesus. Maria expressa sua perplexidade diante dessa revelação, questionando como isso poderia acontecer, já que ela não conhecia homem algum.
A resposta do anjo Gabriel esclarece que a concepção será obra do Espírito Santo, indicando que essa concepção divina é um evento sobrenatural e milagroso. O nascimento virginal de Jesus é um dos aspectos centrais da fé cristã, pois demonstra que Jesus é o Filho de Deus encarnado, totalmente humano e totalmente divino.
Além disso, Lucas enfatiza que esses eventos estão em cumprimento das profecias messiânicas. Ao mencionar a cidade de Nazaré, Lucas ressalta a conexão entre Jesus e a profecia do Antigo Testamento, onde ele seria chamado de “nazareno” (referência a Mateus 2.23). Isso revela a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas e a continuidade do plano divino ao longo da história.
Outro aspecto importante é mencionar que Maria é descendente de Davi, da casa de Davi. Isso está de acordo com as profecias que afirmam que o Messias viria da linhagem de Davi (Isaías 7.14; Salmo 89.3,4). A ênfase na descendência de José destaca a validade legal e real dessa linhagem messiânica. Portanto, a visita do anjo Gabriel a Maria em Nazaré, a concepção virginal e a conexão com as profecias messiânicas são elementos cruciais para compreendermos a concepção divina de Jesus Cristo.
- A miraculosa concepção.
A explicação do anjo Gabriel a Maria sobre a concepção de Jesus revela a singularidade e a natureza miraculosa desse evento. O anjo afirma que o Espírito Santo descerá sobre Maria, indicando que a concepção será divina e não resultará de uma união humana.
O anjo menciona a gravidez de Isabel, prima de Maria, como um sinal encorajador para a fé de Maria. Ao informá-la de que Isabel concebeu um filho em sua velhice, o anjo destaca a intervenção divina em situações aparentemente impossíveis, preparando o mundo para crer no milagre da concepção de Jesus por meio de uma virgem.
O anjo também menciona que Isabel está no sexto mês de gestação, confirmando o testemunho das Escrituras sobre mulheres estéreis que conceberam milagrosamente.
Ao finalizar sua mensagem, o anjo Gabriel declara: “Porque para Deus nada é impossível” (Lucas 1.37). Essa afirmação ressalta a onipotência e o poder ilimitado de Deus, destacando que Ele pode realizar o que vai além da compreensão humana e superar todas as limitações naturais. Portanto, a explicação do anjo Gabriel a Maria revela a concepção miraculosa de Jesus, enfatizando sua natureza divina e demonstrando que Deus tem o poder de realizar o impossível. Essa mensagem fortalece a fé de Maria e prepara o caminho para a aceitação e a compreensão do milagre que está prestes a acontecer.
- A bênção do nascimento.
A vida gerada no ventre de uma mulher é considerada um milagre e uma dádiva de Deus, “Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.” (Ec 11.5)
A capacidade de procriação foi concedida por Deus à humanidade desde o início, como registrado em Gênesis 1:28, “E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”.
A Bíblia destaca a importância da gestação e a sacralidade da vida no ventre materno. Ela registra casos especiais de concepção milagrosa, como o de Maria e Isabel. Maria, sendo uma virgem, concebeu Jesus por obra do Espírito Santo (Lucas 1:34-35).
Isabel, por sua vez, engravidou em idade avançada, quando a esterilidade seria considerada um obstáculo natural para a maternidade (Lucas 1:36). Essas circunstâncias únicas realçam a intervenção divina e a grandiosidade do plano de Deus.
Isabel carregava em seu ventre João Batista, cuja missão era preparar o caminho para o Senhor Jesus, conforme declarado pelo anjo Gabriel (Lucas 1:15-17). Maria, por sua vez, trazia em seu ventre o Filho do Altíssimo, o Rei eterno, que nasceria para ser o Salvador, o Cristo e o Senhor (Lucas 1:32-33; 2:11).
Esses exemplos bíblicos destacam a significância da gestação e o valor sagrado da vida no ventre materno. Eles demonstram que Deus age de forma extraordinária para cumprir Seus propósitos redentores, até mesmo por meio de circunstâncias aparentemente impossíveis, como uma concepção virginal ou uma gravidez em idade avançada.
Salmista diz: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”, Sl 139.16. Esse versículo reforça a soberania de Deus sobre a vida para revelar o amor, o poder e a providência divina na preservação e no cumprimento de Seu plano salvífico para a humanidade.
II – A CULTURA DA MORTE
- O projeto ideológico.
A cultura da morte é uma expressão utilizada para descrever um conjunto de ideias e práticas que buscam modificar o conceito bíblico da vida e promover a depreciação da sacralidade da vida humana. Essa cultura promove a legalização do aborto e da eutanásia, faz apologia ao suicídio e incentiva o controle da natalidade.
Por meio de estratégias culturais, intelectuais e políticas, a cultura da morte busca impor uma agenda que visa desconstruir a visão cristã sobre a vida. Ela estimula a “eugenia”, que é o descarte de seres humanos com má formação ainda no útero materno. Além disso, depreciar a maternidade é uma estratégia utilizada para desencorajar as mulheres a desejarem ser mães.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no dia 29/11/2016 descriminalizar o aborto no primeiro trimestre da gravidez. Seguindo voto do ministro Luís Roberto Barroso, o colegiado entendeu que são inconstitucionais os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto.
A decisão da Turma foi tomada com base no voto do ministro Luís Roberto Barroso. Para o ministro, a criminalização do aborto nos três primeiros meses da gestação viola os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, o direito à autonomia de fazer suas escolhas e o direito à integridade física e psíquica.
No voto, Barroso também ressaltou que a criminalização do aborto não é aplicada em países democráticos e desenvolvidos, como os Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido e Holanda, entre outros.
“Em verdade, a criminalização confere uma proteção deficiente aos direitos sexuais e reprodutivos, à autonomia, à integridade psíquica e física, e à saúde da mulher, com reflexos sobre a igualdade de gênero e impacto desproporcional sobre as mulheres mais pobres. Além disso, criminalizar a mulher que deseja abortar gera custos sociais e para o sistema de saúde, que decorrem da necessidade de a mulher se submeter a procedimentos inseguros, com aumento da morbidade e da letalidade”, decidiu Barroso.
Apesar de admitir a descriminalização do aborto nos três primeiros meses, Barroso entendeu que a criminalização do procedimento pode ser aplicada a partir dos meses seguintes.
“A interrupção voluntária da gestação não deve ser criminalizada, pelo menos, durante o primeiro trimestre da gestação. Durante esse período, o córtex cerebral – que permite que o feto desenvolva sentimentos e racionalidade – ainda não foi formado, nem há qualquer potencialidade de vida fora do útero materno. Por tudo isso, é preciso conferir interpretação conforme a Constituição aos Artigos 124 e 126 do Código Penal, para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre”, disse Barroso.
O caso julgado pelo colegiado tratava da revogação de prisão de cinco pessoas detidas em uma operação da polícia do Rio de Janeiro em uma clínica clandestina, entre elas médicos e outros funcionários. Os cinco ministros da Primeira Turma votaram pela manutenção da liberdade dos envolvidos. Rosa Weber, Edson Fachin acompanharam o voto de Barroso. No entanto, Marco Aurélio e Luiz Fux não votaram sobre a questão do aborto e deliberaram apenas sobre a legalidade da prisão. (André Richter – Repórter da Agência Brasil – Brasília)
Essa cultura também busca modificar o conceito de saúde reprodutiva, usando-o como justificativa para o aborto, alegando que essa prática é uma medida de saúde feminina. Nessa perspectiva, o direito à vida do feto é substituído pelo suposto direito incondicional da mulher sobre o próprio corpo, o que leva à decisão de interromper a vida do feto por meio do aborto.
Em outra decisão o senhor ministro da Corte Luís Roberto Barroso diz: “Como pode o Estado – isto é, um delegado de polícia, um promotor de justiça ou um juiz de direito – impor a uma mulher, nas semanas iniciais da gestação, que a leve a termo, como se tratasse de um útero a serviço da sociedade, e não de uma pessoa autônoma, no gozo de plena capacidade de ser, pensar e viver a própria vida?”, questionou Barroso durante o julgamento…”
Essas questões levantadas pela cultura da morte são contrárias aos princípios e ensinamentos da fé cristã, que valoriza e defende a sacralidade da vida desde a concepção até a morte natural.
A vida é vista como um dom de Deus e deve ser protegida e preservada em todas as suas fases e circunstâncias. A cultura cristã enfatiza a importância da valorização da vida, do respeito à dignidade humana e do cuidado com o próximo.
- O direito sobre o corpo
A cultura pós-moderna enfatiza a ideia de autonomia e liberdade individual sobre o próprio corpo. O slogan “meu corpo, minhas regras” é utilizado como defesa das liberdades sexuais e reprodutivas, assim como para justificar escolhas relacionadas à vida ou à morte.
Essa perspectiva defende os “direitos” à prostituição, ao aborto, à eutanásia, ao suicídio e outras práticas, considerando qualquer opinião contrária como uma violação da liberdade humana.
No entanto, as Escrituras apresentam uma perspectiva diferente. Elas afirmam que o corpo humano deve ser nutrido e respeitado, destacando a importância de cuidar dele de forma adequada (Efésios 5.28-29).
Apesar de termos liberdade, a Bíblia também nos adverte que não temos o direito de profanar o nosso próprio corpo (1 Coríntios 6.13). Além disso, a vida encontra seu verdadeiro significado quando está sob o domínio de Cristo (Gálatas 2.20).
A visão cristã enfatiza que a liberdade não significa fazer o que queremos de forma indiscriminada, mas sim viver em conformidade com a vontade de Deus e respeitando a dignidade humana. Ela reconhece que somos responsáveis perante Deus pelo uso que fazemos do nosso corpo e busca promover a santidade, a integridade e o cuidado com o próximo.
- A prática do aborto.
O aborto é, de fato, a interrupção do processo de gestação por meio da morte do embrião ou feto. É considerado o ato de descontinuar a vida do ser vivo em desenvolvimento no útero materno. Buscando o significado etimológico a palavra “aborto” dois vocábulos latinos: ab, privação, e ortus, nascimento. Etimologicamente, o aborto é a privação do nascimento. Num sentido mais profundo e metafisico, o termo evoca o sumiço de um ser na linha do horizonte. Em sua triste poesia, a palavra lembra o ultimo entardecer. Encolhendo-se o sol, esparrama-se a noite. Nesse quadro, vê-se a angustia da criancinha que, até o instante do abortamento, sentia-se amada e segura no útero materno. A definição, porém, não deve limitar-se ao verso nem à métrica. É conclusivamente ética: o aborto é um crime. Em nada difere de um homicídio qualificado. (Andrade, Claudionor de As novas fronteiras da Ética Cristã, Rio de Janeiro, CPAD, pg. 52,53, 2015).
Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez era considerado um ato criminoso. De acordo com Êxodo 21.22-23, “Se alguns homens pelejarem, e ferirem uma mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém se não houver morte, certamente aquele que feriu será multado conforme o que lhe impuser o marido da mulher e pagará diante dos juízes. Mas, se houver morte, então, darás vida por vida”. Havia punição para aqueles que causassem dano a uma mulher grávida e resultasse na perda do feto.
Além disso, o sexto mandamento “não matarás” (Êxodo 20.13) proíbe o ato de tirar deliberadamente a vida de outro ser humano. Os intérpretes do Decálogo concordam que a proibição do aborto está incluída nesse mandamento.
Portanto, tirar a vida de um embrião ou feto é considerado um atentado contra a dignidade humana e a sacralidade da vida no ventre materno, de acordo com a interpretação bíblica.
III – A SACRALIDADE DA VIDA
- A vida é inviolável.
De fato, a vida humana é considerada sagrada e um ato criativo de Deus. Segundo a narrativa bíblica, Deus é o autor e a fonte originária da vida, e é Ele quem concede o fôlego da vida a cada ser humano (Gênesis 2.7; Jó 12.10). Esse princípio de sacralidade estabelece a dignidade intrínseca de cada pessoa e o direito inviolável à vida.
A Bíblia enfatiza que a vida humana é sagrada em todas as suas etapas de desenvolvimento e que não pode ser violada por nenhuma cultura ou circunstância. O valor da vida é absoluto e deve prevalecer sobre qualquer outro direito ou interesse. Jesus afirmou que veio para dar vida em abundância (João 10.10), destacando a importância e a sacralidade da vida humana.
Portanto, o princípio de defesa da vida humana, desde a sua concepção no útero materno, não pode conter exceções. Apenas Deus tem poder sobre a vida e a morte.
Em uma sociedade secularizada, é necessário que os cristãos tenham cuidado com o relativismo moral, não façam concessões e estejam atentos às tentativas de manipulação da consciência e ao desrespeito à vida humana.
Assim, é importante que os cristãos se posicionem firmemente em defesa da vida, seguindo os princípios bíblicos e lutando contra qualquer forma de violação da sacralidade da vida humana.
Isso inclui a defesa do direito à vida desde a concepção, o cuidado com os vulneráveis e a promoção de uma cultura que valorize e proteja a vida em todas as suas formas.
- O começo da vida.
Diante de tantas vozes, há uma pergunta: quando começa a vida? Lucas, o médico amado, realça os fatos clínicos com muito cuidado e distinção. Suas informações são confiáveis e podem ser comprovadas pela medicina atual. O doutor Lucas, tinha um amor pelos enfermos era bem notório (Cl 4.14).
Lucas relata que o Filho de Deus era ainda embrião, quando maria chegou à casa de Isabel. Ao ouvir-lhe a voz, exclama-lhe a prima: “E de onde me provem isso a mim, que venha visita-me a mãe do meu Senhor?” (Lc 1.43). O Cristo ainda não tinha condições de vida extrauterina, mas Lucas já o conhece como uma pessoa completa.
As Escrituras são claras ao afirmarem que a vida humana tem início desde a concepção. O profeta Jeremias declara que Deus o conhecia e o separou desde o ventre materno (Jeremias 1.5). O rei Davi reconhece que Deus o formou no ventre de sua mãe e o conhecia intimamente desde a concepção (Salmo 139.13-14).
O salmista também afirma que Deus vê o embrião em seu estágio inicial de formação e o ama durante todo o processo de desenvolvimento no útero (Salmo 139.15-16).
Portanto, de acordo com as Escrituras, a vida começa no momento da união do gameta masculino e feminino, ou seja, na concepção. A partir desse momento, a nova célula formada é um ser humano com identidade própria.
Dessa forma, o direito de esse ser humano de nascer não pode ser interrompido por vontades, desejos ou caprichos humanos.
As passagens bíblicas mencionadas deixam claro que Deus tem um plano para cada vida desde o seu início, e que Ele é o autor e o sustentador da vida. Portanto, a interrupção da vida por meio do aborto vai contra a vontade de Deus e viola a sacralidade da vida humana.
Os cristãos são chamados a respeitar e proteger a vida em todas as suas fases, desde a concepção até a morte natural, pois cada vida é valiosa e possui dignidade intrínseca, sendo criada à imagem e semelhança de Deus.
- A posição cristã.
A igreja que se baseia no princípio teológico da autoridade bíblica reconhece e defende a dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção. Ela compreende que a vida humana é sagrada em todas as etapas do seu desenvolvimento e que não pode ser desrespeitada ou violada por qualquer cultura ou ideologia contrária aos princípios bíblicos.
Essa igreja entende que as Escrituras revelam claramente a vontade de Deus em relação à vida humana, e que devemos seguir e aplicar esses princípios em nossa vida e sociedade.
Ela rejeita qualquer ideologia ou visão de mundo que seculariza ou relativiza os valores e princípios bíblicos, e está disposta a lutar contra essas influências negativas, em conformidade com as orientações bíblicas.
A igreja, ao defender a sacralidade da vida desde a concepção, se posiciona contra qualquer forma de aborto, eutanásia, suicídio ou qualquer outra ação que atente contra a vida humana.
Ela busca promover a cultura da vida e trabalhar para proteger e valorizar cada ser humano, reconhecendo que somos criados à imagem de Deus e que cada vida é preciosa aos olhos de Deus.
Portanto, a igreja que se apoia na autoridade bíblica está comprometida em defender e promover os valores divinos relacionados à vida, confrontando as ideologias contrárias e buscando preservar a dignidade e a santidade da vida humana em todas as circunstâncias.
CONCLUSÃO
A interrupção da vida em qualquer fase da gravidez, seja por meio do aborto, da negligência ou de outras formas, é vista como uma agressão ao direito inviolável de nascer. A valorização da dignidade humana e o respeito ao direito à vida são princípios fundamentais do cristianismo bíblico. A Bíblia também enfatiza que Deus é o autor e o detentor da vida humana. Ele é quem concede o fôlego de vida e tem autoridade sobre a vida e a morte. Portanto, a proteção e o cuidado à pessoa vulnerável, incluindo o feto em desenvolvimento, são princípios imutáveis do cristianismo. Os cristãos são chamados a seguir o exemplo de Cristo, que valorizava e respeitava a vida humana em todas as suas formas. Isso implica em defender a sacralidade da vida no ventre materno, promover a proteção dos direitos dos nascituros e buscar alternativas e apoio para mulheres em situações de gravidez desafiadoras. Portanto, a concepção divina de Jesus Cristo e os princípios bíblicos reforçam a importância de santificar a vida no ventre materno e se opor a qualquer forma de cultura da morte que desvalorize ou destrua a vida intrauterina. “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Is 5.20)