O desmantelamento do governo de transição pode prejudicar acordo de liberdade religiosa no país
No final do mês de outubro, compartilhamos a notícia da prisão de vários membros do governo de transição do Sudão. De acordo com a Portas Abertas, entre os líderes estavam o primeiro-ministro civil Abdallah Hamdok, o ministro da Indústria Ibrahim al-Sheikh, o ministro da Informação Hamza Baloul, Mohammed al-Fiky Suliman, membro do Conselho Soberano, e Faisal Mohammed Saleh, assessor de mídia de Hamdok.
O líder do extinto Partido do Congresso Nacional, Ibrahim Ghandour, que atuou como ministro das Relações Exteriores do presidente deposto Omar al-Bashir, foi solto nesta segunda-feira (1). Os demais aliados do antigo governo que durou três décadas também foram libertados, como dois ex-oficiais de inteligência e o empresário Abdelbasit Hamza.
No domingo, o Ministério da Informação declarou que, “a libertação dos islâmicos sudaneses revela claramente a cobertura política do golpe e suas verdadeiras orientações ideológicas. As liberações representam um revés contra o estado das instituições e o Estado de direito”, explicou .
O acordo de liberdade religiosa e a separação entre religião e Estado, feito pelo governo em abril de 2021, podem ser ainda mais prejudicados com essas mudanças no poder, e os cristãos já estão sofrendo as consequências dos conflitos.
Uma fonte da Portas Abertas no país afirmou que, a situação dos que dependem do trabalho diário para levar o sustento para a família, está se tornando desesperadora, pois com todos os conflitos, nenhuma atividade comercial foi retomada.
A fonte considera a oração como uma arma nesse momento difícil, por isso pede a união dos irmãos na fé ao redor do mundo. “A igreja no Sudão precisa de oração do corpo de Cristo. Intercedemos diariamente pelo país, crendo que Deus controla os corações dos reis como riachos de água. Ele abrirá um caminho onde parece não haver um e trará um grande avanço nas negociações de paz”, afirmou.
Por Portas Abertas