`Documentação de Violações da Liberdade Religiosa´ expõe planos de remover todos os vestígios do cristianismo no país
De acordo com o novo relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), a ditadura comunista norte-coreana está determinada de uma vez por todas, a erradicar o cristianismo. Documento afirma que a “campanha para exterminar todos os adeptos e instituições cristãs na Coreia do Norte foi brutalmente eficaz”.
Prisões e detenções arbitrárias, tratamento cruel, desumano e degradante, tortura, execuções e a negação sistemática dos direitos de liberdade religiosa são as ferramentas que o governo norte-coreano usa, segundo as informações contidas no relatório denominado ‘Perseguição Organizada – Documentação de Violações da Liberdade Religiosa na Coreia do Norte’ .
O documento afirma ainda, que “essas violações, que foram documentadas como ocorrendo recentemente em 2020, aparentemente foram planejadas para remover todos os vestígios do Cristianismo”.
A perseguição organizada pelo Estado continua por meio do “trabalho do Ministério da Segurança do Estado, redes de informantes que se estendem pela China, a presença de campos de prisioneiros políticos ‘sem saída’, execuções e um sistema educacional e organizacional que impede a adesão por meio de escolas, locais de trabalho e bairros.”
Segundo o Christian Today, em 2020 e 2021 os investigadores da USCIRF entrevistaram sobreviventes, testemunhas e perpetradores de violações da liberdade religiosa, que escaparam da Coreia do Norte no ano de 2019. Com isso, foram identificados 68 casos de indivíduos processados por sua religião, ou por associação com pessoas religiosas.
Um ex-detento explicou como um prisioneiro que havia sido preso por contrabandear um pequeno exemplar da Bíblia da China para a Coreia do Norte foi trancado em confinamento solitário.
“Os agentes penitenciários pegaram uma vara de limpeza de metal, e pediriam ao prisioneiro para esticar as mãos e o golpearam impiedosamente,” relatou.
“É digno de nota que os detalhes desses incidentes vêm de ex-oficiais de segurança, refletindo o nível de sigilo com que o estado lida com incidentes de cristianismo que surgem internamente’, apontou o relatório.
Em julho de 2011, uma mulher cristã e seu neto foram executados por um pelotão de fuzilamento no condado de Onsong, província de North Hamgyong.
Outro caso que o documento aborda, é a condenação e execução de seis pessoas, pelo pelotão de fuzilamento em 2015, por serem a cusados de praticar o cristianismo em segredo. Isso aconteceu no condado de Yeonan, na província de Hwanghae do Sul, com cerca de outras 40 pessoas condenadas a um campo de prisão política perpétua.
O relatório é de autoria de Inje Hwang, investigador da organização de direitos humanos Korea Future, e de James Burt, diretor de estratégia da Korea Future.
A USCIRF é uma comissão do governo norte-americano, criada pela Lei de Liberdade Religiosa Internacional de 1998.
Por Christian Today