Prezados Professores e alunos,
Paz do Senhor!
Nesse trimestre estamos estudando na revista da CPAD Dons Espirituais e Ministeriais / Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. O apóstolo Paulo dedica dois capítulos inteiros na Epístola aos Coríntios para tratar do assunto. Então, estude com afinco cada lição, incentive seus alunos a buscar, com zelo, os melhores dons. No próximo domingo na Escola Dominical estudaremos sobre o “Dons de Elocução”. Como objetivo de ajudar os nossos nobres professores nessa nobre tarefa de ensinar. Estamos trazendo um pequeno resumo sobre Dons de Elocução. O grupo formado nesse dom são: Dom de Profecia, Variedades de Línguas e Interpretação de Línguas.
Quando lemos o texto áureo da lição que diz:
“Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistério. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação” (1Co 14.2,3).
Paulo está valorizando mais a profecia do que a língua estranha não interpretada. Pois a profecia edifica, exorta e consola toda a igreja. Então quando há interpretação e variedades de língua de acordo com a Verdade Prática, toda igreja é edificada.
Dom de Profecia. A palavra hebraica traduzida por profeta, é navi, que se refere ao homem que era inspirado pelo Espírito Santo para entregar as mensagens de Deus para o povo (2Pe 1.21). A palavra profetizar, no Antigo Testamento, é nãbã, isto é, “a função do verdadeiro profeta quando ele fala a mensagem de Deus para o povo sob a influência do Espírito Divino (1Rs 22.8; Jr 29.27; Ez 37.10). No Novo Testamento, a palavra grega para profecia é propheteia, formada de dois termos, de pro, que significa “adiante”, “antecipado” e phemi, “falar”. Assim, nesses termos, profecia significa “a declaração do que não pode ser conhecido por meios naturais (Mt 26.68) é a descrição antecipada a vontade de Deus, quer com referência ao passado, presente e futuro (Gn 20.7; Dt 18.18; Ap 10.11; 11.3). Profetizar, no grego, se resume numa palavra, propheteuein, que significa “falar em nome de alguém, em favor de alguém”.
É um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo Espírito, para “edificação, exortação e consolação” do povo de Deus (1Co 14.3).
Não deve haver mistura da “palha” das “profetadas”, que ocorrem aqui e ali, em certas igrejas, com o genuíno “trigo” da verdadeira profecia, transmitida por um servo ou serva de Deus, pela inspiração do Espírito Santo (Jr 23.28).
Erros a serem evitados no uso do dom de profecia.
a) Usar a profecia para guiar a igreja (1Co 14.3)
b) Usar o dom de profecia como um “oráculo” (At 8.18)
c) Usar o dom de profecia como fonte de doutrina (Ap 22.18,19)
d) Usar o dom de profecia de forma descontrolada (1Co 14.39,40)
As variedades de línguas (1Co 12.10d). Difere das línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo. Não é um dom dado a todos os que quiserem.
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer; Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos”? (1Co 12.11,30).
Também não é uma capacidade aprendida humanamente. É um dom de expressão plural, como indica o seu título. As mensagens em línguas mediante este dom devem ser interpretadas para que a igreja receba edificação.
“E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação; E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja interprete”. (1Co 14.5,27)
O crente portador deste dom, ao falar em línguas perante a congregação, não havendo intérprete por Deus suscitado, deve este crente falar somente “consigo e com Deus”, isto é, falar em silêncio.
“O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja; Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus”. (1Co 14.4,28)
A Finalidade do Dom de variedade de línguas
- Edificação da igreja (1Co 14.26)
- Edificação pessoal (1Co 14.4)
- Glorificação a Deus (At 10.3-8,18-20)
- Comunicação sobrenatural da parte de Deus
- Sinal para os descrentes (1Co 14.13-17).
O dom de interpretação de línguas.
“e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas”. (1Co 12.10e)
É um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo. Não se trata de “tradução de línguas”, mas de “interpretação de línguas”. Tradução tem a ver com palavras em si; interpretação tem a ver com mensagem. Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem.
“E, agora, irmãos, se eu for ter convosco falando línguas estranha, que vos aproveitaria, se vos não falasse ou por meio de revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar; Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. (1Co 14.6,13,26)
A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las.
Infelizmente muitas pessoas não aceitam a atualidade dos dons espirituais que são chamados “cessacionistas”. O nosso Deus continua nos agraciando com suas dádivas. Que Deus continue usando cada crente e capacitando-os para glória do Seu Nome.