TEXTO BÍBLICO – MATEUS 28.16-20
28.16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara.28.17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. 28.18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 28.19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 28.20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
ÚLTIMAS PALAVRAS
As últimas palavras de uma pessoa, talvez são as mais importantes e urgentes. Essas foram as últimas palavras de Cristo. Olavo Bilac, poeta brasileiro, O poeta morreu de infecção no pulmão aos 53 anos. Conta-se que acordou da febre de madrugada e disse a frase antes de falecer. “Deem-me café, eu quero escrever!”. Ludwig van Beethoven, compositor alemão clássico “Eu ainda ouço no Céu” (Beethoven morreu surdo).
No texto lido, estamos no último capítulo do evangelho de Mateus, e mais precisamente nas últimas palavras de Jesus. Os onze discípulos estão reunidos ao redor dele, falta Judas, se suicidou. Jesus o amou. Jesus o chamou. Mas ele preferiu trair o mestre por moedas de prata. Com certeza os discípulos estavam sentindo a falta do amigo, do irmão, do parceiro na evangelização. Mas mesmo em 11, eles seguem para o encontro com Jesus depois da sua morte na cruz.
Diante de seus discípulos está Jesus como o vencedor e o Filho de Deus, como o Messias prometido, com glória e majestade, com fulgor eterno e esplendor sobrenatural. Nesta condição ele profere de modo claro e audível, poderoso e divino, a palavra: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. A vitória está ganha. A redenção foi consumada.
Então ele nos deixa a seguinte ordem: 28.19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 28.20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
EU? UM MISSIONÁRIO?
ILUSTRAÇÃO CRISTÃO “MADURO” – Timóteo Carriker, em seu livro Missões na Bíblia, conta uma experiência: Sentado em nossa sala, um jovem engenheiro agrônomo refletia a respeito de sua vida de estudante universitário cristão e zeloso pela evangelização: “Naquela época, eu viajava de ônibus entre a cidade e o compus e poucos foram os colegas que não ouviram do evangelho por meio de meu testemunho. Mas, hoje — sei lá — tenho amadurecido na fé e já não reajo com as pessoas como um recém-convertido…”
Quantos cristãos cometem o mesmo engano: relacionar a evangelização ardente e fiel apenas com os primeiros passos, com o entusiasmo do estágio inicial da vida cristã, deixando que ela se transforme, em seguida, num respeitoso silêncio, fruto de um “amadurecimento” na fé. Tal atitude reflete falta de conhecimento da perspectiva bíblica sobre a missão da igreja e sua tarefa evangelística.
A Bíblia, então, é essencialmente um livro missionário, visto que sua inspiração deriva de um Deus missionário. O termo missionário vem do latim, que, por sua vez, traduz a palavra grega apóstolos, a qual significa o enviado. Jesus usou este termo para destacar o relacionamento entre Deus Pai, Deus Filho e seus discípulos, quando disse: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). O próprio caráter de nosso Senhor é missionário.
A evangelização dos povos é uma ordem imperativa, intransferível e inadiável do Senhor Jesus. O universo inteiro se curva diante da autoridade absoluta do Senhor Jesus. Ousaríamos nós desobedecê-la? Se até os demônios obedecem à sua voz, seríamos nós os únicos a fazer pouco caso dela? Não temos escolha, fazer missões não é opção da igreja, é sua responsabilidade: 28.19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo
Jesus, o Filho de Deus, deixou a glória que tinha com o Pai, no céu, e veio ao mundo, encarnou-se e habitou entre nós. Veio como nosso representante e substituto. Veio para morrer em nosso lugar. Seu nascimento foi um milagre, sua vida foi um exemplo, sua morte foi um sacrifício vicário, sua ressurreição uma vitória retumbante. Jesus concluiu sua obra redentora e comissionou sua igreja a ir por todo o mundo, proclamando o evangelho a toda a criatura. Por essa razão, a obra missionária merece nossos melhores investimentos.
Existem 3 formas de se fazer missões: indo, orando e contribuindo
INDO v.19
28.19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 28.20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
ILUSTRAÇÃO JESUS NÃO TEM OUTRO MÉTODO – A estória: Quando Cristo terminou sua obra, e chegou ao céu, os anjos o receberam com exultante celebração. Um anjo perguntou-lhe: “Senhor, tu consumaste a obra da redenção, mas quem vai contar essa boa nova para o mundo inteiro?” Jesus respondeu: “Eu deixou doze homens preparados para essa tarefa”. Retrucou o anjo: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Jesus respondeu: “Se eles falharem eu não tenho outro método”.
O Congresso de Lausane definiu: “O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo, a toda criatura”. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. (Atos 1: 8). A leitura errada de Atos 1:8: Não é primeiro aqui, depois lá. Mas tanto quanto, ou seja, concomitantemente.
Pastor Hernandes Dias Lopes afirma: “A igreja contemporânea está notoriamente acomodada. Hoje quase não saímos das quatro paredes. Estamos confortavelmente instalados em nossos templos. Reunimo-nos para edificarmo-nos a nós mesmos. Realizamos conferências para equiparmo-nos a nós mesmos. Frequentamos congressos para engordarmo-nos a nós mesmos. Lemos livros e mais livros para enriquecermo-nos a nós mesmos. Parece que quanto mais conhecimento adquirimos menos nos comprometemos com a causa do evangelho. Temos uma larga visão do mundo, mas não enxergamos mais aqueles que perecem à nossa porta. Não buscamos mais a centésima ovelha perdida. Estamos satisfeitos com as noventa e nove que estão no aprisco. Não acendemos mais a candeia para procurar a moeda perdida. Estamos gastando todo o nosso tempo lustrando as moedas que temos. Não esperamos mais a volta do pródigo que se foi. Estamos contentes com o filho que ficou. Precisamos imitar a Jesus, que veio buscar e salvar o perdido. Jesus entrou nos lares, nas sinagogas, no templo. Ele ensinou na praia e nos montes. Ele percorreu as estradas e andou por toda a parte. A religião cristã era a religião do caminho, do movimento, da ação. Precisamos, à semelhança de Jesus, ir lá fora, onde os pecadores estão. Eles estão desorientados como ovelhas sem pastor. As multidões estão exaustas e aflitas precisando de direção. O evangelho é a única resposta para o homem. Esse tesouro está em nossas mãos. Deus no-lo confiou. Não podemos retê-lo. Precisamos reparti-lo. O tempo urge. A hora é agora!”
ILUSTRAÇÃO CASAL DE MISSIONÁRIOS NO RIO GANGES – Um casal de missionários recém chegado para trabalhar na Índia estavam à beira do rio Ganges – rio que corta quase todo país indiano. O casal orava e observava atentamente as pessoas que ali faziam suas preces, que se banhavam nas águas sujas do rio, depositavam os cadáveres de seus entes queridos seguindo as leis do Hinduísmo e a multidão de turistas que ali estava para fotografar e receber uma bênção especial do rio mais sagrado, misterioso e adorado da Ásia. De repente, uma cena estranha e bizarra lhes roubou a atenção. Uma mulher que descia em direção ao rio, com passos firmes e rápidos, segurava em seus braços uma criança imóvel e indefesa. Aquela mulher ao aproximar-se da margem do rio, desenrolou a criança que estava se mexendo lentamente e a lançou com toda força nas correntezas do Ganges. Tudo foi muito rápido, estranho e inesperado. As águas barrentas do rio engoliram ferozmente a pobre criança indefesa, que não teve nem tempo de dar o último suspiro. Como será a reação de alguém que está se afogando em águas fundas e escuras de um rio? E como se sente uma criança de colo que se afoga sem ter o direito de chorar? Após essa ação trágica e triste, a jovem mulher prostrou-se diante das águas e começou a fazer alguns rituais e súplicas. Coisas estranhas aos olhos de um cristão, que não está acostumado a ver tais práticas. O casal de missionários, perplexo, resolveu se aproximar da jovem mulher para abordá-la, fazer-lhe algumas perguntas e, quem sabe, ajudá-la a mudar de vida: – Quem era aquela criança? – Perguntou o casal. – Era meu filho – Respondeu firmemente a jovem mulher. – Você o amava? – Claro que sim, eu o amava muito. Era meu único filho. – Então, por que você o jogou no rio para que ele morresse? – Porque o deus que eu sirvo me pediu como sacrifício vivo. Apenas o obedeci! Naquele instante, diante de tal resposta, o casal movido de muita compaixão e amor por aquela mulher que estava cega pela religião hindu, começou a falar-lhe sobre o amor de Deus por nós e o sacrifício que já foi feito por Jesus na cruz, para que não precisássemos mais fazer esse tipo oferenda viva. Eles gastaram algumas horas conversando e orando por aquela jovem senhora. Ela entendeu o plano de salvação e com o coração quebrantado e arrependido, entregou a sua vida para Jesus. Decidiu abandonar aquela religião maldita. Depois que entendeu o erro que havia cometido ao lançar o único filho ao rio, a mulher com os olhos cheios de lágrimas e soluços, fitou o casal de missionários e exclamou em alta voz: – Se vocês tivessem vindo a algumas horas antes, para me falar sobre Jesus e o amor de Deus, o meu filho não estaria morto. Eu ainda o teria comigo em meus braços!!!
Você foi alistado para fazer parte dessa maior missão de resgate do mundo!
Um professor de Escola Dominical do século passado conduziu um vendedor de calçados a Cristo. O nome do professor você nunca ouviu: Kimball. O nome do vendedor de calçados que ele converteu você conhece: Dwight Moody. Moody tornou-se evangelista e exerceu grande influência na vida de um jovem pregador chamado Frederick B. Meyer. Meyer começou a pregar nas faculdades e, durante suas pregações, converteu J. Wilbur Chapman. Chapman passou a trabalhar com a Associação Cristã de Moços e organizou a ida de um ex-jogador de beisebol chamado Billy Sunday a Charlotte, Carolina do Norte, para realizar um reavivamento espiritual. Um grupo de líderes comunitários de Charlotte se entusiasmou de tal maneira com o reavivamento que planejou outra campanha evangelística, convidando Mordecai Hamm para pregar na cidade. Durante essa campanha, um jovem chamado Billy Graham entregou sua vida a Cristo. Será que o professor de Escola Dominical de Boston imaginava qual seria o resultado de sua conversa com o vendedor de calçados?
ILUSTRAÇÃO O TOURO E A FORÇA – Um homem foi a uma tourada. No final da apresentação, resolveu olhar os touros mais de perto. Dirigiu-se, então, para o local onde eles estavam presos. Ao se aproximar de um touro, percebeu que ele estava preso por uma corda muito fina e que facilmente poderia ser rompida pelo touro. Naquele momento, pensou o homem, se o touro arrebentar esta corda, com certeza ele ira me atacar. Desesperado, ele procurou se retirar do lugar. Quando saia, rapidamente encontrou um senhor que cuidava dos touros. – O que houve meu jovem? – Perguntou o senhor. – Este touro esta preso por uma fina corda e se fugir ira nos matar – respondeu angustiado. – Calma meu jovem – disse o velho com um sorriso no rosto – O touro não arrebenta a corda porque ele não sabe a forca que tem.
FAZER DISCÍPULOS v.19
28.19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
a) Jesus não mandou fazer fãs – quem precisa de fãs são os artistas.
b) Jesus não mandou fazer admiradores – Atores e jogadores de futebol é que buscam admiradores.
c) Jesus não mandou apenas evangelizar e ganhar almas, abandonando os bebês espirituais – Ele quer discípulos.
d) Jesus não mandou apenas recrutar crentes e encher as igrejas de pessoas – Ele quer convertidos maduros.
DISCÍPULO X SEGUIDOR
O seguidor encontra com Deus. O discípulo tem vida com Deus.
O seguidor conhece somente as promessas. O discípulo conhece o Deus das promessas.
O seguidor ama por interesse. O discípulo ama incondicionalmente.
O seguidor usa máscaras. O discípulo é transparente.
O seguidor age por conta própria. O discípulo busca orientação de Deus.
O seguidor canta. O discípulo adora.
O seguidor vive pecando. O discípulo peca.
O seguidor ama enquanto sente. O discípulo decide amar.
O seguidor se considera o patrão. O discípulo se considera um servo.
O seguidor se acha dono. O discípulo é um mordomo.
O seguidor é criatura. O discípulo é filho de Deus.
O seguidor busca as riquezas. O discípulo renúncia as riquezas.
Pr Hernandes Dias Lopes afirma: “Hoje temos muita adesão e pouca conversão. Temos grande ajuntamentos e pouco quebrantamento. Temos igrejas cheias de pessoas vazias de Deus e vazias de pessoas cheias de Deus. Temos grandes multidões de buscam as bênçãos, mas não a Deus. São religiosos, mas não discípulos de Cristo”.
ORANDO
Uma segunda forma de sermos missionários é através da oração. A obra de Deus não é feita apenas com recursos financeiros, mas, sobretudo, com recursos humanos. Fazemos missões com os pés dos que saem para levar as boas novas de salvação e também com os joelhos dos que oram. Tanto os que ficam como os que vão são importantes nesse processo de proclamar o evangelho de Cristo às nações.
Deus pode fazer milagres quando a igreja ora. “Pedro, pois, estava guardado na prisão; mas a igreja orava com insistência a Deus por ele” (Atos 12: 5).
William Carey, o pai das missões modernas, disse que aqueles que seguram as cordas são tão importantes como aqueles que descem às profundezas para socorrer os aflitos. Os que guardam a bagagem e os que lutam no campo aberto recebem os mesmos despojos. Devemos fazer missões aqui, ali e além fronteiras concomitantemente. Devemos empregar o melhor dos nossos recursos, o melhor do nosso tempo e da nossa vida para que povos conheçam a Cristo e se alegrem em sua salvação.
ILUSTRAÇÃO MISSIONÁRIO ADONIRAN JUDSON – missionário norte-americano para a antiga Birmânia, tornou-se lendário no cristianismo do século XIX. Sua vida se agiganta como exemplo de santa obstinação. Quando ele e a esposa, Nancy, chegaram a Rangoon, contemplaram as ruas estreitas e sujas com cabanas estragadas e um senso de opressão escondido nos sorrisos alegres daqueles que os receberam. Suas tribulações começaram logo, pois o clima político no país era de revolta contra os estrangeiros. Nancy foi acometida das doenças que assolavam o país e logo precisou voltar aos Estados Unidos para tentar curar-se de constantes febres. Durante sua ausência, a Birmânia rompeu relações políticas com a Inglaterra e todos os estrangeiros foram presos. Adoniran, mesmo sendo norte-americano, acabou preso junto com outros missionários. Foram confinados numa cela de morte, onde aguardavam a execução. A vida nessa prisão da morte era medonha. Adoniran precisou conviver com criminosos comuns em uma cadeia suja. À noite, os Caras Marcadas (guardas da prisão cujo rosto e peito eram marcados por terem sido criminosos anteriormente) içavam os presos com correntes, pendurando-os pelos pés, até que apenas a cabeças e os ombros pousassem no chão. Pela manhã, Adoniran se achava entorpecido e duro, mas o dia trazia pouco alívio. A cada dia, executavam novos presos, e os prisioneiros não sabiam quem seria o próximo. Nancy descobriu que estava grávida enquanto seu marido definhava na prisão. E inimaginável o impacto que o missionário sentiu quando recebeu a primeira visita de sua mulher, meses depois. Já na primeira visita, Nancy levou a filhinha, chamada Maria. Depois de quase um ano preso e sem nenhum exercício físico, Adoniran e todos os outros presos foram transferidos para outra penitenciária. Forçado a marchar sob sol escaldante, seus pés ficaram em carne viva. Ao caminhar por um despenhadeiro, sua dor era tanta que Adoniran se sentiu tentado a pular e acabar com tudo. Parecia o meio mais fácil de fugir da dor, mas ele venceu a tentação e perseverou, apenas para continuar preso. Depois de solto, experimentou um breve descanso. Logo Adoniran recebeu notícias que a esposa, a quem não via a muito tempo, morrera de febre. Alguns meses depois também morreu sua filhinha Maria. Sua tristeza quase o levou à loucura. Mas sua determinação de não desistir do projeto de traduzir a Bíblia para o birmanês o manteve trabalhando mesmo sentindo-se perto de um colapso. Catorze anos após a morte de Nancy, ele enviou a última página de Bíblia birmanesa ao impressor. Ainda bem que Adoniran Judson não desistiu de tudo, naquele despenhadeiro. Por causa de sua determinação, os birmaneses ganharam a Bíblia em sua própria língua. Por sua constância, em 1850, em apenas uma tribo, os karens, havia mais de dez mil convertidos ao cristianismo. Hoje, calcula-se que haja cerca de cem mil crentes batizados entre os karens.
Podemos ser intercessores por estes homens e mulheres que estão padecendo por amor a Cristo sobre todas as coisas.. Nossas orações de intercessão são apoiadas e reforçadas pelo eterno Intercessor. Paulo nos assegura que é “Cristo Jesus quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8:34).
As igrejas coreanas são bem conhecidas por suas reuniões de oração matinais. Existe um grupo na Igreja Presbiteriana Myong-Song, na parte sudeste de Seul, que começou há cerca de dez anos com quarenta pessoas, e, hoje, doze mil se reúnem a cada manhã para três reuniões de oração—às 4:00, 5:00 e 6:00 horas. É o desejo de Deus trazer indivíduos e famílias à fé salvadora. É o desejo de Deus trazer as pessoas viciadas em drogas, sexo, dinheiro, status. E o desejo de Deus livrar pessoas do racismo, sexualismo, nacionalismo, consumismo. É o desejo de Deus colher cidades, trazendo comunidades inteiras à fidelidade ao Evangelho. A oração intercessória, é um meio crucial para o preenchimento desses anseios do coração de Deus.
CONTRIBUINDO
Podemos fazer missões com os pés dos que saem para levar as boas novas de salvação, com os joelhos dos que oram e com as mãos dos que contribuem!
O coração de Deus pulsa pelo mundo todo. Deus disse a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Apocalipse 5:9 diz que Deus comprou com o sangue do Seu Filho os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. Onde houver um povo, com sua língua, cultura, raça, etnia ali o evangelho deve chegar. Ali Deus comprou com o sangue de Cristo aqueles que devem ser chamados e discipulados.
Na década de 1980, o Brasil passou a ser chamado de “celeiro de missões”. O Brasil já se tornou o segundo país que mais envia missionários para o exterior. Dos 400.000 missionários globais enviados para países estrangeiros em 2010, o Brasil enviou 34.000. Ficou apenas atrás dos Estados Unidos, que enviou 127.000.
ASHBEL GREEN SIMONTON – Tudo começou com Pedro a 2.000 anos atrás. Depois muitos ouviram e espalharam essa notícia. Paulo levou a Roma, Um dia chega a América, especificamente nos Estados Unidos. Um homem decidi trazer ao Brasil, esse homem chama-se ASHBEL GREEN SIMONTON. Nasceu em 1833 e foi o primeiro missionário presbiteriano no Brasil. Eram seus pais o médico e político William Simonton e D. Martha Davis Snodgrass, que era filha de um pastor presbiteriano. Ashbel era o mais novo de nove irmãos. Teve profunda experiência religiosa durante um avivamento em 1855 e ingressou no Seminário de Princeton, fundado em 1812. No primeiro semestre de estudos, ouviu na capela do seminário um sermão do Dr. Charles Hodge, um dos seus professores, que despertou o seu interesse pela obra missionária no exterior. Concluídos os estudos, foi ordenado em 1859 e chegou ao Brasil no dia 12 de agosto do mesmo ano. Organizou a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. Helen Murdoch, com quem se casou em março de 1863. Foi um ano de alegrias inéditas até o nascimento de sua primeira filhinha. Nove dias depois, sua esposa morre. Diz o diário: “Que Deus tenha misericórdia de mim, pois águas profundas rolam agora sobre minha alma. Helen jaz num caixão, na sala. Deus a tirou tão rapidamente que tudo ainda parece sonho”. No final de 1867, sentindo-se adoentado, o missionário pioneiro seguiu para São Paulo, onde sua irmã e seu cunhado criavam a pequena Helen. Seu estado de saúde agravou-se e ele veio a falecer no dia 9 de dezembro, acometido de “febre biliosa”, conforme consta do seu registro de sepultamento. Ele organizou o primeiro jornal protestante da América do Sul (1864), a primeira escola paroquial (1866), o primeiro seminário (1867) e ordenou o primeiro pastor brasileiro (1865). Desembarcou no Rio de Janeiro em 1859 e morreu aos 34 anos, em 1867. Uma vida breve, que mudou a história.
A Bíblia diz que aquele que ganha almas é sábio (Pv 11.30). Investir na obra missionária é fazer um investimento para a eternidade; é fazer um investimento de consequências eternas. Nada trouxemos para este mundo nem nada dele levaremos. Os recursos que Deus nos dá não são apenas para o nosso deleite. Devemos empregar, também, esses recursos para promover o reino de Deus, levando o evangelho até aos confins da terra. A contribuição cristã não é um peso, mas um privilégio; não é um fardo, mas uma graça. Deus nos dá a honra de sermos cooperadores com ele na implantação do seu reino. Não fazemos um favor para Deus contribuindo com sua obra; é Deus quem nos dá o favor imerecido de sermos seus parceiros.
ILUSTRAÇÃO OSWALD SMITH – O Pr Hernandes Dias Lopes conta que quando Oswald Smith chegou à Igreja do Povo, em Toronto, com vistas a assumir o pastorado daquela igreja, fez uma série de conferências de uma semana. Nos três primeiros dias pregou sobre missões. Aquela igreja estava com muitas dívidas e que aquele não era o momento oportuno de falar sobre missões. Smith continuou nessa mesma toada e no final da semana fez um grande levantamento de recursos para missões. O resultado é que aquela igreja, por longas décadas, jamais enfrentou crise financeira. Até hoje, ela investe mais de cinquenta por cento de seu orçamento em missões.
FAZER MISSÕES OU DUVIDAR v.16-17
28.16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara.28.17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
Os onze discípulos estão reunidos ao redor dele, falta Judas, se suicidou. Mas interessante é observar a reação dos discípulos: .28.17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
Um exemplo de uma Igreja em Centenário do Sul em 1934. Olha a quantidade de membros que tinha essa igreja mais de 150 membros em uma cidade de 8 mil habitantes Hoje não tem mais que 20 membros, vamos orar por essa igreja pois temos que manter nossa história sempre viva.
Alexandre Duff, missionário presbiteriano na Índia, retornou à Escócia, seu país de origem, depois de longos anos de trabalho. Seu propósito era desafiar os jovens presbiterianos a continuarem a obra missionária na Índia. Esse velho missionário, numa grande assembleia de jovens, desafiou-os a se levantarem para essa mais urgente tarefa. Nenhum jovem atendeu seu apelo. Sua tristeza foi tamanha, que ele desmaiou no púlpito. Os médicos levaram-no para uma sala anexa e massagearam-lhe o peito. Ao retornar à consciência, rogou-lhes que o levassem de volta ao púlpito, para concluir seu apelo. Eles disseram: “O senhor não pode”. Ele foi peremptório: “Eu preciso”. Dirigiu-se, então, aos moços nesses termos: “Jovens presbiterianos, se a rainha da Escócia vos convidasse para ir a qualquer lugar do mundo como embaixadores, iríeis com orgulho. O Rei dos reis vos convoca para ir à Índia e não quereis ir. Pois, irei eu, já velho e cansado. Não poderei fazer muita coisa, mas pelo menos morrerei às margens do Ganges e aquele povo saberá que alguém o amou e se dispôs a levar-lhe o evangelho”. Nesse instante, dezenas de jovens se levantaram e se colocaram nas mãos de Deus para a obra missionária!
O tempo de proclamar o evangelho é agora. Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia, enquanto temos oportunidade, enquanto as portas estão abertas. Só temos essa geração para evangelizar os nossos contemporâneos. Se falharmos nessa empreitada, teremos fracassado em nossa missão!
A evangelização requer urgência. Precisamos ganhar para Cristo a nossa geração nesta geração. Fracassar nesse quesito é falhar de forma irremediável. A igreja primitiva sem os recursos dos tempos modernos ganhou sua geração para Cristo. O segredo desse sucesso é que cada cristão era um portador de boas novas. A evangelização não era um programa, mas um estilo de vida. Não esperavam que os pecadores viessem a eles; eles iam aos pecadores. Os cristãos não se acomodavam no templo esperando que os pecadores os buscassem; eles iam lá fora onde os pecadores estavam para ganhá-los para Cristo.
Precisamos ir a eles, onde eles estão, nos logradouros, nas praças, nas universidades, nas escolas, nos escritórios, nos clubes, nos estádios, nas praias, nos hospitais. Jesus nos ordena a ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura. O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, a cada criatura, em todo o mundo. Não cumpriremos essa agenda sem a mobilização de todos os crentes. Não alcançaremos vitória nessa empreitada sem usarmos todos os meios legítimos e todos os recursos disponíveis.
Precisamos gastar as solas dos nossos sapatos mais do que os assentos dos nossos bancos. Precisamos testemunhar tanto publicamente como também de casa em casa. Precisamos falar para grandes auditórios e também para pequenos grupos. A família, a escola e o trabalho devem ser nossos campos missionários. Onde houver uma vida sem Cristo, ali deveremos estar com a mensagem da salvação, pois a evangelização é uma missão imperativa, intransferível e impostergável. Indo, orando e contribuindo!
Por Daniel Dutra – pastor da Igreja Presbiteriana Independente de Rondonópolis MT, formado em Psicologia, casado com a Bel e pai do pequeno Samuel.