Prezados professores e alunos,
Paz do Senhor!
“Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência.” (1Ts 2.3)
INTRODUÇÃO
Convicção só é possível através de uma experiência pessoal com Cristo. Não importa quais reveses ou problemas estejamos enfrentando; podemos e devemos confiar totalmente em Deus.
I – CONVICÇÃO ESPIRITUAL.
- Poder do Espírito.
Por duas vezes, o Espirito Santo fechou a porta para Paulo. Por isso o apostolo reconsiderou em que direção deveria ir para divulgar as Boas Novas. O Espirito Santo nos dirige aos lugares corretos, mas também nos desvia dos errados. Ao buscarmos a vontade de Deus, e importante saber o que Ele deseja que façamos e para onde quer que sigamos: é igualmente importante saber o que Deus não quer que façamos e para onde Ele não quer que sigamos. Se eu não tenho convicção daquilo que prego, o Espirito Santo não terá liberdade para convencer meus ouvintes a crerem na pregação.
- Confiança em Deus.
O medo do encarceramento não impediu Paulo de pregar o evangelho. Se Deus quer que façamos algo, Ele nos dará forças e coragem para fazê-lo, a despeito de quaisquer obstáculos que possam surgir em nosso caminho. Muitos poderiam tirar férias ou dar um tempo no ministério depois de tão violenta perseguição, mas Paulo se dispôs a pregar a Palavra de Deus ousadamente em Tessalônica.
- Fidelidade na pregação.
Paulo tinha não apenas a revelação, mas também aprovação. Foi aprovado porque ele pregava para agradar a Deus e não a homens. Ele não pregava o que o povo queria ouvir, mas o que o povo precisava ouvir. Ele não pregava para entreter os bodes, mas para alimentar as ovelhas. A pregação da verdade não é popular, mas é vital para a salvação.
Dessa forma, o propósito do apóstolo não era o de satisfazer seus ouvintes com falsos discursos (Tg 1.22). Nesse sentido, somos exortados a manter fidelidade na pregação, repudiar os falsificadores da Palavra de Deus e anunciar Cristo com sinceridade (2 Co 2.17). A maior prioridade do obreiro não é fazer a obra de Deus, mas ter comunhão com o Deus da obra (Mc.3:14). Vida com Deus é a base do trabalho para Deus. Na verdade, Deus está mais interessado em quem nós somos do que no que nós fazemos.
II – CONVICÇÃO MORAL
1. Retidão nas ações.
A conduta de retidão nas ações é uma virtude do crente regenerado. Disse o apóstolo Paulo aos crentes de Colossos: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Cl.3:23). Todo o trabalho é digno se o fizermos de forma honesta, com retidão, e todo o trabalho é espiritual se o fazemos para o Senhor. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. A retidão nas ações de uma pessoa é um sinal clarividente que ela é convertida.
O apóstolo Paulo não era um bajulador. Não usava o engano mediante a eloquência, para ganhar os corações das pessoas a fim de explorá-las. O bajulador é aquele que fala uma coisa e sente outra.
Paulo não pregava para arrancar o dinheiro das pessoas, mas para arrancar-lhes do peito o coração de pedra, a fim de receberem um coração de carne. Paulo não buscava lucro, mas salvação. Sua recompensa não era dinheiro, mas vidas salvas.
2. Reputação ilibada.
“Reputação ilibada” é uma expressão que se refere a uma reputação impecável, imaculada ou irrepreensível. Ela indica que uma pessoa ou entidade possui um histórico livre de qualquer tipo de mancha, má conduta, escândalo, atividade criminosa ou desonestidade.
Paulo não pregava para alcançar glória e prestígio humano, não andava atrás de adulações humanas. Ele não buscava prestígio pessoal nem glória de pessoas. Ele não dependia desse reprovável expediente, pois sabia quem era e o que devia fazer.
3. Vida irrepreensível.
Uma pessoa que leva uma vida irrepreensível geralmente é vista como alguém que age de maneira justa, honesta e respeitosa em todas as áreas de sua vida, seja em relacionamentos pessoais, profissionais ou comunitários.
III – CONVICÇÃO SOCIAL
1. Bem-estar comum.
Paulo foi como uma mãe para os crentes de Tessalônica. Uma mãe é aquela que quando tem apenas um pão para repartir fala para o filho que não está com fome. Uma mãe se dispõe a renunciar aos seus direitos a favor dos filhos, também é equiparado ao procedimento de um pai amoroso que se interessa pelos problemas dos filhos (1 Ts 2.11b). Um pai não deve apenas sustentar a família com trabalho e ensinar-lhe com exemplo, mas também deve ter tempo para conversar com os membros da família. Paulo sabia da importância de ensinar os novos crentes.
2. Dedicação altruísta.
Altruísmo é um tipo de comportamento em que as ações voluntárias de um indivíduo beneficiam outros. No sentido comum do termo, é, muitas vezes, percebida como sinônimo de solidariedade.
Embora a igreja de Filipos tenha enviado duas vezes dinheiro para ajudá-lo em Tessalônica (cf.Fp.4:15,16), embora fosse seu direito exigir sustento da igreja (1Ts.2:7), Paulo decidiu trabalhar para se sustentar (2Ts.3:6-12). Paulo não estava no ministério por causa de dinheiro. Sua motivação nunca foi o dinheiro, mas a glória de Deus, a salvação dos perdidos e a edificação da Igreja do Senhor Jesus.
CONCLUSÃO
Sendo o apóstolo Paulo um modelo à nossa maturidade cristã, moral e espiritual, concluímos esta Lição mostrando a necessidade de cada crente manter firme a sua convicção cristã.