É de suma importância, que a doutrina da salvação seja ensinada nas Igrejas.
Sabemos pela narrativa bíblica que após a queda do primeiro casal no Éden, a humanidade herdou o pecado original, por seguinte, a depravação total, que significa ausência de tomar iniciativa no plano da salvação. Segundo a Bíblia, a desobediência do primeiro casal fez a humanidade herdar a natureza pecaminosa, perder a plena comunhão com Deus e, automaticamente, se tornaram “mortos em pecados” (Efésios 2:1). Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, nos amou (Efésios 2:4), e enviou o Seu Filho Jesus Cristo para nos salvar e oferecer a vida eterna (João 3:16). Mediante a graça do Senhor Jesus Cristo somos salvos (Efésios 2:8).
É de suma importância, que a doutrina da salvação seja ensinada nas Igrejas. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus diz: “Cremos, professamos e ensinamos que a salvação é o livramento do poder da maldição do pecado, e a restituição do homem à plena comunhão com Deus, a todos os que confessam a Jesus Cristo como seu único Salvador pessoal, precedidos do perdão divino” (CGADB, 2017. Página 109). Isso remonta à clareza do pensamento teológico pentecostal, e a mecânica da salvação, em referência ao que o teólogo Jacó Armínio trata sobre a Expiação Ilimitada.
Sobretudo, o amor de Deus é imensurável e abrangente. Em João 3:16, quando diz: “Deus amou o mundo…”, mostra a prova e a clareza desse amor que é perfeito na sua essência. Só um Deus eterno e soberano tem a capacidade de ter esse amor à humanidade. Por essa razão, cremos que a expiação do Senhor Jesus na cruz do calvário é ilimitada. Nesse ponto, o arminianismo sempre defendeu que a salvação do Senhor Jesus Cristo é para todos, porque é uma verdade bíblica. Armínio afirmou que “Deus levou toda raça humana à graça da reconciliação, e entrou em um concerto de graça com Adão e com toda a sua posteridade, em que Ele promete a remissão de todos os pecados a todos os que forem fiéis e firmes, e não traírem esse concerto” (ARMÍNIO, 2015. Página 290).
O teólogo holandês sempre enalteceu que a expiação do Senhor Jesus é ilimitada. Por essa razão, Roger Olson explica que “o verdadeiro âmago da teologia arminiana é o caráter justo e amável de Deus; o princípio essencial do arminianismo é a vontade universal de Deus para a salvação” (OLSON, 2013. Página 124). O historiador Olson está destacando que a vontade de Deus para salvação envolve a todos (1 Timóteo 2:4), porque a manifestação da Sua graça é para todos (Tito 2:11). Qual seria a razão do arminianismo defender a expiação ilimitada? Fontes responde: “A salvação é universal por três razões: (1) todos pecaram (Rm 3:23);
(2) a realidade do pecado é universal e
(3) Deus deseja que todos sejam salvos (1 Tm 2:4), mas só serão salvos quem corresponder a Sua graça” (FONTES, 2020. Página 95).
Só quem corresponde ao convite da graça de Deus que pode vivenciar a bênção salvífica. Quem não recebe o sacrifício de Jesus Cristo já está condenado (João 3:33). Qual é a importância em crer na expiação do Senhor Jesus? Donald Stamps destaca que o “crer (gr. pisteuo) inclui três elementos principais: (a) plena convicção de que Cristo é o Filho de Deus, e o Cristo pela nossa auto submissão, dedicação e obediência a Ele (João 15:1 – 10; 14,21). (c) plena confiança em Cristo, de que Ele é capaz e também quer conduzir o crente à salvação final e à comunhão com Deus no céu”. (STAMPS, 1997. Página 1575). Em Cristo Jesus, encontramos a verdadeira salvação de nossas vidas. Sem Jesus Cristo, não teremos a verdadeira paz que precisamos, nem teremos a vida eterna!
Por Ediudson Fontes é Pastor auxiliar da Assembleia de Deus – Ministério Cidade Santa no RJ. Teólogo. Pós-graduação em Ciência das Religiões. Mestrado em Teologia Sistemática.