Salmos – Livro de louvor a Deus

Pr. Sérgio Loureiro
Pr. Sérgio Loureiro
Sou o Pastor Sérgio Loureiro, Casado com Neusimar Loureiro, Pai de Lucas e Daniela Loureiro. Graduando em Administração e Graduando em Teologia. Congrego na Assembleia de Deus em Bela Vista - SG

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Salmo 1

            O Salmo primeiro é um salmo de sabedoria e trata da Palavra de Deus, das bençãos de Deus naqueles que meditam sobre essa Palavra e lhe obedecem e do julgamento final de Deus sobre os rebeldes. Esse salmo retrata também sobre dois caminhos, na verdade descreve três pessoas diferentes e como se encontram relacionadas às bênçãos do Senhor.

  1. A PESSOA QUE RECEBE UMA BÊNÇÃO DO SENHOR (Sl 1.1,2)

v. 1 Bem-aventurado

       O termo “bem-aventurado” é asher, nome de um dos filhos de Jacó (“Aser”; Gn 30.12). É um termo plural: “Ó, as alegrias! Ó, as bem-aventuranças! O salmista começa exaltando as alegrias da obediência a Deus. Se desejamos as bênçãos de Deus, também precisamos preencher certas condi-ções. O crente é feliz naquilo que ele não faz. A religião consiste em mais que aspecto negativo, mas ela também inclui essa característica. A felicidade do crente consiste primeiramente em ele não “andar segundo o conselho dos ímpios”.                                                 

             v. 1 … o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios...

       Os “ímpios” são pessoas deliberada e persistentemente perversas, sem fé, incrédula, descrente, ateu (Is 57.20,21), a Palavra de Deus descreve uma maneira clara a desarmonia que o pecado incutiu na natureza na natureza humana, afetando o relacionamento com Deus e com próximo e consigo mesmo.

       No hebraico o termo ‘āshar é usado em sentido literal (Gn 3.14; Êx 14.24; 15.22) e figurado (Gn 5.22, 24; 6.9; Dt 5.33; Pv 9.6). Literalmente, ‘āshar significa “ir reto pelo caminho” ou tão somente “andar”.

       Anda neste texto significa uma associação casual ou passageira com aqueles que estão fora de sintonia com Deus. Andar com Deus no Antigo Testamento é viver de modo digno, agradando ao Senhor em tudo (Sl 119.35; 139.3). Na literatura bíblica se afirma que o caminho ético no qual alguém anda, determina sua vida e o seu fim, para o bem ou para o mal (ver Sl 81.12; Pv 2.13).

            v.1 … nem se detém no caminho dos pecadores

       Os “pecadores” são aqueles que erram os alvos determinados por Deus, mas não se importam com isso. São transgressores habituais e determinados.

       Detém é uma comunhão continua com pessoas que são continuamente pecaminosas em atitudes e atos.

           v.1 …nem se assenta na roda dos escarnecedores.

       Os “escarnecedores” fazem pouco das leis de Deus e ridicularizam aquilo que é sagrado, com frequência descrito no livro de Provérbios, como sendo da pior qualidade, eles são: arrogantes, bri-guentos, injuriosos, inimigos da paz e ordem entre os homens e em suas comunidades e zombadores da bondade (Pv 1.22; 3.24; 21.24).

       Assenta implica que a pessoa está à vontade no meio daqueles que zombam de Deus e da Igreja. A pessoa justa ou crente recusa-se a dá um passo em direção a esse caminho inferior.

Devemos ser dirigidos pela Palavra.

           v. 2 Antes, tem seu prazer na Lei do Senhor, na sua lei medita de dia e de noite.

        O prazer na Palavra e a meditação sobre a Palavra devem andar juntos (Sl 19.15,16,23,24,47,48, 77,78).  O povo de Israel era simples e separado e viviam no meio de nações, mas não deviam se misturar com elas (Nm 23.9; Êx 19.5,6; Dt 32.8-10; 33.28). O mesmo princípio se aplica a Igreja atualmente, estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.11-17).

Devemos tomar algumas atitudes ao sermos dirigidos pela Palavra:

a) nos guardamos de ter amizades com o mundo (Tg 4.4);

b) não nos manchamos por ele (Tg 1.27);

c)  não amamos o mundo (1Jo 2.15-17);

d) não nos conformamos com o mundo (Rm 12.1,2);

e) para não sermos condenados com o mundo (1Co 11.32).

            v. 2 …na sua lei medita de dia e de noite.

          No hebraico, “meditar” significa “dizer em voz baixa e suave”, murmúrio (sussurro) pois é o que os judeus ortodoxos fazem quando lêem as Escrituras, meditam e oram. A palavra “meditar” está no tempo imperfeito e indica uma prática constante. “Ele fica meditando”. O crente é gerado, guiado e nutrido pela Palavra de Deus.

  • A PESSOA QUE É UMA BÊNÇÃO (Sl 1.3)

v.3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de água…

        A imagem de uma arvore bem irrigada favoravelmente colocada junto a um ribeiro ou canal de irrigação, cuidada e cultivada. A parte mais importante de uma árvore são suas raízes que ficam dentro do solo e retiram, dele a água e os nutrientes. Assim também, a parte mais importante da vida de um crente são suas “raízes espirituais”, que se alimentam dos recursos, ocultos que possuímos em Cristo (Ef 3.17; Cl 2.7). É isso o que significa “permanecer em Cristo” (Jo 15.1-9). Nas Escrituras, a água potável é uma figura:

  1. Do Espírito Santo (Jo 7.37-39; 1Co 10.4);
  2. Da Palavra de Deus (Sl 119.9; Jo 15.3; Ef 5.26);
  3. Sede de Deus (Sl 42.1; 63.1; 143.6; Mt 5.6; Ap 22.17);
  4. Provisão Divina de bênçãos espirituais (Sl 36.8; 46.4; 78.16; 105.41; Êx 17.5,6; Nm 20.9-11; Ez 47; Ap 22.1,2)

       Não somos capazes de nos nutri nem de nos sustentar por nossa própria conta, precisamos está arraigado em Cristo e nos alimentar de seu poder espiritual.

               v. 3 …a qual dá seu fruto na estação própria

       Os “frutos” no Salmo 92.12-14 se referem aqui a várias bênçãos como:

  • Ganhar pessoas para Cristo (Rm1.13);
  • Ter um caráter piedoso (Rm 6.22; Gl 5.22,23);
  • Contribuir financeiramente para a obra do Senhor (Rm 15.28);
  • Servir e realizar boas obras (Cl 1.10);
  • Louvar ao Senhor (Hb 13.15).

       Dar fruto é uma metáfora e se refere aos resultados da vida espiritual em um indivíduo (Pv 12.12; Jo 15.5; Cl 1.10).

  • A PESSOA QUE PRECISA DE UMA BÊNÇÃO (Sl 1.4-6)

v. 4 Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.

       Ao contrário dos justos, que são como árvores, os ímpios são mortos, sem raízes, espalhados por toda parte e destinados ao fogo.

      A moinha é a casca ou a palha, que deve ser removida para obter o valioso grão. A moinha não tem valor algum. O Trigo e a palha juntos era jogados para cima com pás. O trigo mais pesado caía no chão para então ser cuidadosamente recolhido, mas a palha leve e inútil era levada pelo vento ou queimada. A moinha e a alegoria do ímpio que segue sem direção. O grão do justo, o homem que pode ser usado por Deus. Porém, deferente do grão, o ser humano pode escolher que caminho deseja seguir.

              v. 5 Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.

       Os ímpios não conseguirão sobreviver ao julgamento do último dia nem o julgamento contínuo de peneirar providencial do caráter humano. Os pecadores também não estão entre os justos, aqueles são julgados e tirados de cena.

              v. 6 Porque o Senhor conhece o caminho dos justos

       O verbo “conhecer” significa que os escolheu e que os guardou providencialmente, conduzindo-os, por fim, a sua glória. O termo “conhecer” é o mesmo em Amós 3.2, no sentido de “escolher, entrar numa relação de aliança, ter um relacionamento pessoal”. No dia do julgamento final, Jesus dirá aos perversos: “…Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.

       O resumo final mostra o que é previsto para os que seguem os dois caminhos: proteção de Deus para os justos e ruína (perecerá) para os ímpios.      

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