Cristãos questionam o governo iraniano onde devem praticar a fé
Os cristãos Babak Hosseinzadeh, Behnam Akhlaghi e Saheb Fadaie, que estão cumprindo pena de prisão por terem abandonado o islã e se convertido ao cristianismo, questionaram o governo do Irã sobre o local onde poderiam cultuar a Cristo após serem libertos. Eles fazem parte de um grupo de nove ex-muçulmanos que foram presos por serem membros de uma igreja doméstica na cidade de Rasht, no Norte do país, em janeiro e fevereiro de 2019.
O tribunal condenou o grupo a cinco anos de prisão sob a acusação de “agir contra a segurança nacional por meio da propagação do cristianismo”. Recentemente, os cristãos tiveram permissão para deixar a prisão por alguns dias.
Behnam questionou em seu vídeo: “Se me dizem: ‘Respeitamos sua fé, respeitamos suas crenças e o único problema que temos com você é que você frequenta uma igreja doméstica’, minha pergunta é: ‘Se esse respeito realmente existe, então onde devo frequentar uma igreja após minha libertação? Onde devo praticar minha fé como cristão?’”.
Embora existam quatro igrejas cristãs reconhecidas pelo governo no Irã, elas são altamente vigiadas e não podem receber visitantes ou novos membros. Não há outros lugares para o culto cristão, e isso fez com que cristãos adorassem em suas casas, o que não é um ato protegido e livre aos cristãos.
Segundo o artigo 18 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, assinado pelo Irã, a falta de um local de culto é uma violação do direito à liberdade religiosa. É também uma violação da própria Constituição, que garante liberdade religiosa a judeus, cristãos e zoroastrianos iranianos.
Por Portas Abertas