“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos
uma carne.” (Gn 2.24)
Prezados professores e alunos,
Paz do Senhor!
Introdução
Primeira, a maneira como a mulher foi criada indica que ela é o complemento divinamente planejado para o homem. Em Gênesis 2.21, vemos o Senhor Deus tomando algo do homem (uma de suas costelas) para fazer um auxiliadora idônea para ele (v. 18). Em seguida, o versículo 22 enfatiza que a mulher não foi formada do nada, nem do pó da terra, mas da “costela que o SENHOR Deus tomara ao homem”. O que torna a mulher singular é que ela é semelhante ao homem (expresso na afirmação de compromisso de aliança “osso dos meus ossos e carne da minha carne”) e que ela é diferente do homem. O texto bíblico tem em vista tanto a semelhança quanto a diferença. Adão se deleita com o fato de que a mulher não é outro animal nem outro homem. Ela é exatamente o que o homem necessita: uma auxiliadora idônea, igual a ele, mas o seu oposto. A mulher é uma ishah tirada do ish, uma nova criação formada do lado do homem, para ser algo diferente do homem (2.23).
Segunda, a natureza da união “uma só carne” pressupõe duas pessoas de sexos opostos. A expressão “uma só carne” aponta para intimidade sexual, conforme sugerido pela referência à nudez no versículo 25. Essa foi a razão por que Paulo usou a linguagem de “uma só carne”, quando advertiu os coríntios a respeito de se unirem a uma prostituta (1Co 6.15-16). O ato de relação sexual une orgânica e relacionamento um homem e uma mulher, tornando-os uma unidade. A igualdade das partes na atividade homossexual não permite que os dois se tornem “um” desta mesma maneira. O mero contato físico – como segurar as mãos ou enfiar seu dedo no ouvido do parceiro – não une duas pessoas numa união orgânica, nem os une como um sujeito único para cumprir uma função biológica. Quando Gênesis 2.24 começa com “por isso”, conecta a intimidade de tornarem-se uma só carne com a complementaridade de a Mulher ser tomada do Homem (v. 23). O ish e a ishah podem se tornar uma só carne porque a união deles não é apenas uma união sexual e sim uma reunião, o unir de dois seres diferentes, em que um foi feito do outro e ambos, feitos um para o outro.
Terceira, somente duas pessoas de sexos diferentes podem cumprir os propósitos procriadores do casamento. Uma das razões por que não era bom que o homem ficasse só era que, estando sozinho, ele não poderia refletir os desígnios criativos do Criador para o mundo. Deus criou vegetação, árvores, peixes, pássaros e toda criatura vivente “segundo a sua espécie” (Gn 1.11, 12, 21, 24, 25). A multiplicação das plantas e dos animais no mundo deveria acontecer de acordo com sua espécie. De modo semelhante, Deus criou deliberadamente o homem e a mulher para que fossem frutíferos e se multiplicassem (1.28). Se o homem deveria cumprir este mandamento, Deus teria de fazer “uma auxiliadora” que fosse idônea para o homem (2.18). Embora seja verdadeiro que a procriação não é mencionada explicitamente em Gênesis 2, ela está ordenada de forma direta em Gênesis e mencionada, especificamente, como algo afetado pela queda, em Gênesis 3. Evidentemente, devemos ver a descendência como resultante da união do ish e da ishah singularmente harmonizados. O fato de que, às vezes, homens e mulheres casados são incapazes de ter filhos, por causa de enfermidades biológicas ou de idade avançada, não muda o propósito procriador do casamento encontrado em Gênesis. O casamento é o tipo de união da qual – se todo o sistema reprodutor está funcionando apropriadamente – filhos podem ser concebidos. Uniões homossexuais, por sua própria natureza, não satisfazem esta definição, nem podem cumprir este propósito procriador. A questão não é, como argumenta um autor revisionista, se a procriação é exigida para que um casamento seja válido. A questão é se o casamento – por natureza, por desígnio e por alvo – é uma aliança entre duas pessoas cujo compromisso de ser uma só carne é o tipo de união que produz descendência. (Kevin DeYoung. O que a Bíblia ensina sobre a homossexualidade. Editora Fiel).
A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gn 2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.5,6). É uma união íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três pessoas da Trindade. (Soares. Esequias,. Casamento, Divórcio E Sexo A Luz Da Bíblia. Editora CPAD. pag. 16-17).
Por isso… o homem… se une “deibaq” à sua mulher. O Criador estabeleceu a base completa para o casamento monogâmico. Rashi, o grande comentador hebreu, declara que estas palavras são um comentário específico do Espírito Santo. O comentário final sobre a união de marido e mulher foi feito por nosso Senhor Jesus Cristo, quando disse: “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc. 10:7-9). Deus planejou que os laços matrimoniais deveriam ser terminantemente indissolúveis. Se une “deibaq” significa “colar-se a” sua esposa (sua própria esposa). A palavra “mulher” está no singular. O homem, que é o mais forte, é o que deve unir-se a ela. A esposa ficará segura ao marido, se ele exercer sobre ela o tipo de poder amoroso descrito neste versículo. “O que Deus ajuntou não o separe o homem”. Esta é uma declaração antiga, mas é verdadeiramente a palavra de Deus para todos os corações da atualidade e para sempre.
Como é notável que um relacionamento tão exatamente descrito por Moisés há séculos atrás, continue enraizado na verdade eterna e no decreto divino! A santidade do casamento fundamenta-se no próprio coração das Escrituras, e ficou eternamente destacada pelo Espírito Santo, como necessidade básica. Deus quis que as criaturas feitas à Sua imagem fossem Seus vasos escolhidos para a edificação de um lar que Lhe fosse agradável. No N.T. o Espírito revela: o relacionamento divinamente estabelecido entre o homem e a mulher, baseia-se na ordem da criação; na liderança da família exercida pelo marido; na santidade eterna dos votos matrimoniais; no tipo de amor que deveria unir o esposo à esposa; e na pureza que deveria caracterizar aquelas que tipificam a Esposa por quem Cristo deu a Sua vida. (Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Gênesis. Editora Batista Regular. pag. 15-16).
I – COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE
1- IDENTIDADE DE GÊNERO.
O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino. Não obstante, na década de 1970, as feministas usavam o termo “gênero” para diferenciá-lo do “sexo” anatômico. As ciências sociais passaram a enfatizar que o comportamento social dos gêneros é estabelecido pela cultura, e não pelas características biológicas do sexo. Esse conceito também alcançou a educação formal em todos os seus níveis. Por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), formulados pelo MEC para o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), trazem a seguinte definição: conceito de gênero diz respeito ao conjunto das representações sociais e culturais construídas a partir da diferença biológica dos sexos. Enquanto o sexo diz respeito ao atributo anatômico, no conceito de gênero toma-se o desenvolvimento das noções de “masculino” e “feminino” como construção social. O uso desse conceito permite abandonar a explicação da natureza como a responsável pela grande diferença existente entre os comportamentos e os lugares ocupados por homens e mulheres na sociedade. […] Tome-se como exemplo a discussão do tema da homossexualidade. Muitas vezes se atribui conotação homossexual a um comportamento ou atitude que é expressão menos convencional de uma forma de ser homem ou mulher. […] mas há tantas maneiras de ser homem ou mulher quantas são as pessoas.
Baseados nesses critérios, os conteúdos de orientação sexual dos PCN (1998, p. 316) para o Ensino Fundamental foram organizados em apologia à “liberdade sexual”:
O desafio que se coloca é o de dar visibilidade a esses aspectos, considerados fundamentais. […] O trabalho com Orientação Sexual supõe refletir sobre e se contrapor aos estereótipos de gênero, raça, nacionalidade, cultura e classe social ligados à sexualidade. Implica, portanto, colocar-se contra as discriminações associadas a expressões da sexualidade, como a atração homo ou bissexual, e aos profissionais do sexo. Nessa perspectiva, gênero passa a significar que homens e mulheres são produtos da realidade social, e não decorrência da anatomia dos seus corpos. Desse modo, argumentam que uma pessoa não precisa comportar-se de acordo com o seu sexo de nascimento. Alegam que o gênero e a orientação sexual não são determinados pelo sexo biológico. Nesse caso, avaliam que a relação sexual entre macho e fêmea corresponde a papéis sociais impostos pelo contexto cultural e social, e não pela constituição anatômica do corpo humano. Assim sendo, validam toda e qualquer prática sexual. (Baptista. Douglas Roberto de Almeida,. A Igreja De Cristo E O Império Do Mal. Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espirito Da Babilônia. 1 Ed. 2023).
- O que a Bíblia fala sobre ideologia de gênero
A Bíblia ensina que é natural e correto se identificar com o gênero correspondente ao seu sexo biológico. Homens e mulheres têm diferenças físicas, mas têm o mesmo valor diante de Deus. Tentar se identificar com um gênero que não corresponde ao seu corpo físico não é sensato nem saudável. Atualmente, a sociedade procura distinguir sexo, gênero e orientação sexual.
O sexo é a natureza biológica da pessoa, definida pelos seus cromossomos, hormônios e órgãos reprodutores. Entre os seres humanos, existem dois sexos: macho e fêmea. Uma pequena minoria tem algumas características físicas dos dois sexos, mas a vasta maioria tem um sexo bem definido. Ou seu corpo foi projetado para receber um bebê dentro de si, ou não foi. O gênero é como a pessoa ou a sociedade identifica e categoriza as pessoas. É impossível separar o gênero do sexo porque o sexo é a base dessa categorização. Quando falamos de gênero, não estamos avaliando inteligência, beleza ou outra característica qualquer. Estamos tentando entender se a pessoa parece homem ou mulher.
A forma como avaliamos o gênero de uma pessoa é mais complicada que as características físicas claramente definidas. Também temos ideias sobre como homens e mulheres devem se comportar, vestir e relacionar na sociedade. Por exemplo, quando uma mulher é forte e gosta de desporto, muitas vezes é acusada de não ser muito “feminina”. Ela continua sendo completamente mulher, mas sai um pouco fora do padrão das coisas secundárias associadas à mulher. Esses padrões mudam com o tempo e são diferentes em culturas diferentes. Orientação sexual é com quem cada pessoa prefere ter relações sexuais: com homens ou mulheres ou os dois. Não está necessariamente associado ao gênero com que a pessoa se identifica. Por exemplo, um homem que se identifica como mulher pode gostar de homens ou de mulheres.
Antes de tudo, porém, para que haja clareza para o leitor, definiremos o que é ideologia de gênero: basicamente, seria dizer que ninguém nasce homem ou mulher, ou seja, cada indivíduo constrói sua própria identidade, ou seu gênero. Nessa perspectiva, o gênero não seria o caráter biológico do indivíduo a partir da diferenciação entre homem e mulher dada no nascimento com a verificação da genitália do bebê. Gênero seria uma construção social, com a ideia de que todos nascem iguais, e a diferenciação entre o homem, masculino, e a mulher, feminina, é desenvolvida pela sociedade por um processo histórico e cultural.
Quanto à expressão “ideologia de gênero”, é importante frisar que a terminologia “ideologia” — que será explanada com maior clareza à frente — é frequentemente usada nos meios cristãos, visto ser o arcabouço de ideias e pressupostos dos defensores do gênero neutro, enquanto que, nos meios acadêmicos, o termo comum é teoria ou estudo do gênero. Entretanto, usando ainda a Filosofia e a Sociologia como aliadas, a maneira mais correta de falar sobre o tema é colocando-o em patamar de ideologia, e não de fundamentação científica, pela carência de experimentos que comprovem tal afirmação. Diga-se de passagem, a afirmação de que falta fundamentação acadêmica não é nossa, e sim de uma associação de pediatras dos Estados Unidos, a American College of Pediatricians, que, através de um documento oficial, expôs oito razões para os “educadores e legisladores rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem” a teoria de gênero (RICARDO, 2016).
[…] Judith Butler é professora da Universidade de Berkeley (EUA), filósofa pós estruturalista estadunidense e uma das principais teóricas da questão contemporânea do feminismo, teoria queer, filosofia política e ética. É ela quem preconiza o que conhecemos hoje como ideologia de gênero. A teoria queer é, principalmente, uma teoria sobre o gênero que assegura que a orientação sexual e a identidade sexual ou de gênero dos indivíduos são o resultado de um constructo social e que, portanto, não existem papéis sexuais essenciais ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais. Em outras palavras, para clarificar ainda mais a compreensão: não se nasce mulher, torna-se mulher; e não se nasce homem, torna-se homem. Com isso, o sexo biológico é apenas uma evidência genética, e não uma determinação dos papéis sexuais ou biológicos.
Butler e Beauvoir incendiaram a discussão sobre o papel da mulher por meio da desconstrução de gênero, pois, se realmente “ser mulher” é apenas uma construção social, não tendo nenhuma relação com a biologia e a genética humana, então, segundo tal ideologia, o “ser biológico” homem pode também se tornar mulher e o “ser biológico” mulher tornar-se homem. Com isso, segundo eles, desestrutura-se toda a cultura patriarcal machista existente no mundo. Veja que os ensinos marxistas estão intimamente ligados à ideia feminista da terceira onda, em que a luta contra o patriarcado é o foco central e para onde está apontada a arma feminista. E é nesse ponto da história, onde feministas intelectuais conseguem pulverizar suas teorias por todos os campos do saber e todas as instâncias da sociedade, que se consolida o feminismo extremo, esdrúxulo e militante como o conhecemos hoje, no qual mulheres vão às ruas nuas em luta de seus pseudodireitos. Aqui, a luta feminista é desvirtuada. (Lemos. Adriel, Carvelho. Robson, Ideologia de Gênero; Entendendo o que é e qual a sua responsabilidade. Editora CPAD. 1 Ed 2020).
2- CISGÊNERO E TRANSGÊNERO.
Cisgênero classifica a pessoa cujo gênero está em concordância com o sexo de nascimento. A fêmea nascida com genitália feminina que se reconhece mulher, e o nascido macho que se reconhece homem. No portal Dicionário Informal, cisgênero é o termo utilizado para referir-se ao indivíduo que se identifica, em todos os aspectos, com o seu “gênero de nascença”. De acordo com Jaqueline Jesus (2012, p. 10), cisgênero é “um conceito que abarca as pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi determinado quando de seu nascimento”.
Transgênero classifica a pessoa cujo gênero está em oposição ao sexo de nascimento, ou seja, um indivíduo que nasce com genitália masculina, mas que se assume mulher, e o nascido fêmea que se comporta como homem. São pessoas que alegam ter nascido no corpo errado e identificam-se com o gênero diferente do sexo biológico. Esse sentimento de incompatibilidade entre sexo físico e gênero psicológico também é chamado Disforia de Gênero. Argumenta-se que o gênero é independente do corpo. Nancy Pearcey (2021, p. 198) esclarece que:
O termo transgênero foi expandido como termo guarda-chuva que cobre várias categorias que costumavam ser distintas, como travestis e transexuais. Como transgênero é mais aceito socialmente do que os termos anteriores, o termo passou a ter uso crescente nos anos recentes. Hoje, ele também e utilizado para incluir várias categorias novas tais como gênero-queer (pessoas que não se consideram nem masculinas nem femininas), bigênero, gênero fluido e muitas outras.
Essa cosmovisão ratifica a ideia de que a identidade de gênero independe do sexo biológico, ou seja, argumentam que não há conexão entre corpo e identidade de gênero. A narrativa transgênero separa completamente o gênero da anatomia do corpo humano. Dessa forma, toda expressão de sexualidade é considerada normal, defendida e incentivada. O movimento social de representatividade é chamado de LGBTQIA+. (Baptista. Douglas Roberto de Almeida,. A Igreja De Cristo E O Império Do Mal. Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espirito Da Babilônia. 1 Ed. 2023).
• Cissexualidade ou cisgênero são termos utilizados para referir-se às pessoas cujo gênero é o mesmo que o designado no seu nascimento. É a concordância entre a identidade de gênero com o seu sexo biológico.
• Transgênero difere-se da transexualidade. São pessoas que têm uma identidade de gênero ou expressão de gênero diferente de seu sexo biológico, independentemente da orientação sexual. As pessoas transgênero podem identificar-se como heterossexuais, homossexuais, bissexuais, pansexuais, assexuais, etc., ou podem considerar os rótulos convencionais de orientação sexual inadequados ou inaplicáveis. (Lemos. Adriel, Carvelho. Robson, Ideologia de Gênero; Entendendo o que é e qual a sua responsabilidade. Editora CPAD. 1 Ed 2020).
- Disforia de gênero persistente é minoria
O termo Transtorno de Identidade de Gênero (TIG) se refere a pessoas que enfrentam uma disforia de gênero significativa (descontentamento com o sexo biológico com que nasceram). Isso abrange as características relacionadas à transsexualidade, ao transgenerismo e ao travestismo. Em um estudo de longo prazo realizado por Green com 44 meninos de comportamento feminino, somente um deles permaneceu com disforia de gênero em uma média de idade de 18,9 anos. Na maioria, a disforia de gênero desapareceu completamente. Eles não desejavam mais ser mulheres e estavam mais ou menos satisfeitos com a identidade de gênero masculino (GREEN, 1987).
Dados de uma das maiores clínicas de gênero para crianças e adolescentes da Europa Ocidental foram acompanhados por Wallien e Cohen-Kettenis e mostraram que as taxas de persistência na disforia de gênero para meninos e meninas foram, respectivamente, 20% e 50%, representando uma proporção bastante grande de indivíduos que passou a ter orientação heterossexual (WALLIEN, 2008). Esses dois estudos sugerem que a disforia de gênero persistente em crianças e adolescentes com TIG constitui uma minoria dos casos, e a maioria se tornou heterossexual durante o crescimento. (John S. H. Tay. NASCIDO GAY? Existem evidências científicas para a homossexualidade? Editora Central Gospel. 1 Ed. 2011. pag. 141-142).
3. Transgênero e sexualidade.
A discussão se concentra na relação entre a identidade de gênero e a orientação sexual das pessoas. É apresentado como os especialistas argumentam que a orientação sexual está ligada à identidade de gênero, não ao sexo biológico. São mencionadas diversas categorias de orientação sexual, incluindo a pansexualidade e a atração por gêneros não-binários.
II. REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GêNERO.
1. A constituição biológica
A visão bíblica sobre a constituição do ser humano é destacada, com referências a Gênesis 1:27 e 2:24. A perspectiva de que Deus criou o homem e a mulher de maneira única e intencional é enfatizada. O texto ressalta que o sexo biológico está diretamente relacionado à identidade de gênero e que essa concepção é apoiada pela criação divina.
2. A constituição moral.
A queda do homem afetou sua moralidade e como a redenção através de Jesus busca restaurar a imagem moral de Deus nos seres humanos. A relação entre a imoralidade sexual e a transgressão da vontade divina é abordada, e o texto destaca que o corpo deve ser mantido puro como um templo do Espírito Santo.
3. A constituição da sexualidade.
A visão bíblica da sexualidade como uma dádiva de Deus, dentro do contexto da união monogâmica entre homem e mulher, com o propósito de realização conjugal e reprodução. Referências bíblicas, como Gênesis 2:24 e Mateus 19:4-6, são usadas para embasar essa perspectiva.
III. EFEITOS DA IDEOLOGIA TRANSGêNERO.
1. Depreciação da heterossexualidade.
Discutidos os efeitos da ideologia transgênero na sociedade, incluindo a depreciação da heterossexualidade através do termo “heteronormatividade”. O texto menciona como os ativistas transgêneros veem a heterossexualidade como um sistema opressor e discriminatório.
2. Construção de narrativas.
São abordados os esforços dos ativistas transgêneros para construir narrativas que defendem a desconexão entre identidade de gênero e sexo biológico. O texto destaca como essa ideologia influencia a terapia hormonal e a cirurgia de redirecionamento sexual como soluções para a disforia de gênero.
3. Linguagem neutra.
Por fim, a discussão se concentra na proposta de introduzir uma linguagem neutra na sociedade, a fim de acomodar pessoas não-binárias. O texto argumenta que essa tentativa de neutralizar o gênero é baseada em premissas ideológicas e que a língua portuguesa já incorpora uma forma genérica de se referir aos gêneros.
Conclusão.
Devemos destacar a visão bíblica e sua imutabilidade, apesar das mudanças culturais. O texto bíblico reitera que a criação divina estabeleceu o sexo, o gênero e a sexualidade de forma específica e intencional, com o propósito de glorificar a Deus.