Prezados alunos e professores,
Paz do Senhor!
TEXTO ÁUREO
“E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.” (Gn 2.15)
“Na designação divina para cultivar e proteger o jardim do Éden, encontramos o chamado eterno para que o homem seja um guardião atencioso do mundo que o cerca, lembrando-se sempre da responsabilidade de cuidar da criação com amor e dedicação.”
VERDADE PRÁTICA
O homem foi criado com qualidades que expressam virilidade, responsabilidade e liderança.
“A criação do homem com suas características expressa virilidade, responsabilidade e liderança. Contudo, nos lembra que essas qualidades não são um fim em si mesmas, mas um convite a usar nossos dons, talentos e habilidades para o bem comum, para honrar e ensinar a todos ao nosso redor.”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
RUTE 4.7-12
Versículo 7: “Ora, antigamente em Israel, para confirmar qualquer negócio concernente à redenção ou à permuta, o homem tirava o sapato e dava ao seu companheiro; e isto era testemunho em Israel.”
Neste versículo, podemos observar uma prática cultural antiga em Israel que envolve a redenção ou a permuta de propriedades. Ao entregar o sapato, o homem estava dando testemunho público de sua decisão e compromisso diante da comunidade. Essa ação reflete a seriedade e a importância de honrar acordos e promessas nas relações interpessoais.
Versículo 8: “Por isso o parente mais próximo de Rute disse a Boaz: ‘Compra tu mesmo.’ E tirou o sapato.”
O parente mais próximo de Rute, responsável por sua redenção, recusa a oportunidade de assumir esse compromisso. Ao retirar o sapato, ele demonstra sua resistência da possibilidade de assumir essa responsabilidade. Essa atitude suscita espera sobre a decisão de Boaz e a possibilidade de ele assumir o papel de redentor de Rute.
Versículo 9: “Então, Boaz disse aos anciãos e todo o povo: ‘Vós sois hoje testemunhas de que comprei tudo o que permanecer a Elimeleque, a Quiliom e Malom da mão de Noemi.”
Boaz, ao se dispor a assumir o papel de redentor, afirma sua decisão diante das testemunhas presentes. Ele assume a responsabilidade de cuidar das propriedades e do legado da família de Noemi, incluindo Rute, sua nora. Essa atitude revela o caráter generoso e responsável de Boaz.
Versículo 10: “Além disso, adquirindo Rute, a moabita, que era mulher de Malom, para ser a minha mulher, a fim de suscitar o nome do falecido sobre a sua herança, para que o nome do falecido não seja desarraigado de seus irmãos e da porta do seu lugar; vós sois hoje testemunhas.”
Neste versículo, Boaz reforça sua decisão de casar-se com Rute, assumindo um papel de redentor não apenas em relação às propriedades, mas também em relação ao nome e ao legado de Malom. Ele reconhece a importância de preservar a identidade e a memória dos falecidos, garantindo que eles sejam lembrados em sua herança. Isso revela o desejo de Boaz de preservar a honra e a continuidade da família.
Versículo 11: “E todo o povo que estava na porta e os anciãos responderam: ‘Nós somos testemunhas! Que o Senhor faz a mulher que entra na tua casa como Raquel e Lia, que juntas edificaram a casa de Israel. Portate valorosamente em Efrata e faze-te um nome em Belém.”
As testemunhas presentes, reconhecendo a importância do papel de Boaz e Rute na história da família de Noemi, abençoadom o casal e desejam que a união seja abençoada e frutífera. A referência a Raquel e Lia, matriarcas de Israel, destaca-se o culto de Rute na construção da família e da comunidade. Essa bênção enfatiza a importância das ações valorosas e voluntárias em Efrata (Belém), como forma de deixar um legado significativo.
Versículo 12: “E seja a tua casa como a casa de Perez, que Tamar deu a Judá, da descendência que o Senhor te der desta jovem.”
A referência à casa de Perez, um descendente notável de Judá, destaca a esperança de que a família de Boaz e Rute seja abençoada e próspera, gerando uma descendência significativa. O versículo enfatiza que a posteridade de Boaz e Rute será uma dádiva do Senhor, conectando-os à linhagem de figuras importantes da história do povo de Israel.
Esses versículos de Rute 4 apresentam um retrato inspirador de generosidade, responsabilidade, compromisso e bênção divina na vida de Boaz um exemplo de uma verdadeira masculinidade. Reforça a importância das ações e decisões do homem para deixar um legado significativo nas relações, servindo de modelo para a sociedade.
INTRUDUÇÃO
O tema “A desconstrução da masculinidade bíblica”. O estudo aborda a importância da masculinidade bíblica e como ela está sendo desconstruída pela cultura moderna. A masculinidade bíblica é baseada na criação de Deus. No início, Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gênesis 1:27). Isso significa que ambos são criados para refletir as qualidades de Deus, como amor, graça, justiça e misericórdia. A masculinidade bíblica também é baseada no papel do homem como líder da família e da igreja. Deus disse ao homem: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e subjugai-a; dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus e sobre todo animal que se move sobre a terra” (Gênesis 1:28). Isso significa que o homem é chamado a liderar e proteger sua família e sua igreja. A cultura moderna, no entanto, está desconstruindo a masculinidade bíblica. A mídia e a cultura popular estão constantemente apresentando imagens de homens fortes, musculosos e agressivos, como um “pitbull”. Isso cria uma pressão sobre os homens para serem “machos” dessa forma, mesmo quando isso não é bíblico. A masculinidade bíblica não é sobre ser forte e agressivo. É sobre ser amoroso, compassivo e justo. É sobre ser um líder que protege e cuida de sua família e sua igreja. Nessa modernidade cultural está também a apologética homossexual argumentando e defendendo que a homossexualidade é bíblica. No entanto, não há evidências bíblicas que sustentem esse argumento. A Bíblia é clara em seu ensinamento de que a homossexualidade é um pecado (Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9-10; 1 Timóteo 1:10). A apologética homossexual também tenta argumentar que a homossexualidade é natural, e que as pessoas são nascidas homossexuais. No entanto, não há evidências científicas que sustentem este argumento. De fato, os estudos têm mostrado que a homossexualidade é frequentemente o resultado de fatores ambientais, como abuso sexual ou negligência infantil. Enfim, não há evidências bíblicas ou científicas que sustentem a apologética homossexual. A homossexualidade é um pecado, e não é aceita por Deus. Os homens que vivem a masculinidade bíblica são uma bênção para o mundo. Eles são modelos para outros homens e ajudam a criar famílias e igrejas fortes. A masculinidade bíblica é um chamado para a grandeza. Os homens que vivem essa masculinidade são uma bênção para o mundo.
I — A MASCULINIDADE BÍBLICA
A criação divina do ser humano: A masculinidade bíblica é baseada na criação de Deus. No início, Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gênesis 1:27). Isso significa que ambos são criados para refletir as qualidades de Deus, como amor, graça, justiça e misericórdia. “Na criação divina do ser humano, Deus moldou homens e mulheres à Sua imagem, conferindo a ambos uma essência única e de igual importância. A verdadeira masculinidade está em reconhecer a importância da mulher e respeitar a igualdade entre ambos diante do Criador de todas as coisas.”
Características da masculinidade: A masculinidade bíblica é caracterizada por várias qualidades, incluindo: * Força física e coragem * Liderança e iniciativa * Trabalho duro e responsabilidade * Providência e cuidado * Amor e compaixão “As características da masculinidade bíblica se mostram na força equilibrada com compaixão, na coragem temperada com humildade e na firmeza aliada à ternura. Ser homem segundo o coração de Deus é aceitar uma masculinidade sensível e altruísta.” (1 Coríntios 16:13)
A liderança masculina: A liderança masculina é uma parte importante da masculinidade bíblica. Deus criou o homem para ser o líder da família e da igreja (Gênesis 2:28). Isso significa que o homem é chamado a liderar, proteger e cuidar de sua família e de sua igreja. “A liderança masculina descrita na Bíblia não é baseada em domínio autoritário, mas no serviço amoroso e responsável. Homens são chamados a guiar com sabedoria, seguindo o exemplo de Cristo, que lavou os pés dos Seus discípulos.” (Efésios 5:25-26)
II – A EROSÃO DA MASCULINIDADE
Apologia à homossexualidade: A apologia à homossexualidade é uma das principais causas da erosão da masculinidade bíblica. A cultura moderna está cada vez mais aceitando a homossexualidade como uma forma normal de relacionamento. Isso está levando a uma confusão sobre o papel do homem e da mulher na sociedade. “A defesa a homossexualidade tem empregado esforços e argumentos para enfraquecer a masculinidade ensinada pela Palavra de Deus. A masculinidade Bíblica vai além das questões meramente sexuais, ela encontra sua essência no relacionamento com Deus, na busca pela integridade interior e no cultivo do amor ao próximo.” (Romanos 13:10) Responsabilidade negligenciada: Outra causa da erosão da masculinidade bíblica é a negligência da responsabilidade. Muitos homens estão negligenciando seus papéis como maridos, pais e líderes. Isso está levando a famílias a uma desestruturação e a uma falta de liderança na sociedade. “A masculinidade é erodida quando a responsabilidade é negligenciada. Os homens devem assumir seus papéis na família, na comunidade e na sociedade, nutrindo relacionamentos saudáveis e agindo com integridade, como modelos de retidão para as gerações futuras.” (Provérbios 20:7) Crise de liderança: O mundo está enfrentando uma crise de liderança. Muitos homens não estão preparados para assumir papéis de liderança. Isso está levando a uma falta de ordem e justiça na sociedade. “A crise de liderança masculina ocorre quando os homens se distanciam do propósito de Deus para suas vidas. Ser líder requer coragem para enfrentar desafios, resolver conflitos com sabedoria e inspirar outros a crescer em direção ao melhor de si mesmos.” (1 Pedro 5:2-3)
III – BOAZ: SÍMBOLO BÍBLICO DE MASCULINIDADE
Modelo de generosidade: Boaz é um símbolo bíblico de masculinidade. Ele era um homem generoso que ajudou Rute e Noemi em sua necessidade. Ele também era um homem justo que defendeu a viúva Noemi. “Boaz é um modelo de generosamente masculino, cujo coração compassivo e atos benevolentes impactaram positivamente a vida de Rute e de muitos outros. A verdadeira masculinidade abraça o dever de cuidar e prover, compartilhando os recursos com cortesia.” (Rute 2:10-12)
Modelo de responsabilidade: Boaz também era um homem responsável. Ele assumiu a responsabilidade de cuidar de Rute e Noemi. Ele também assumiu a responsabilidade de liderar a sua família e a sua comunidade. “Boaz demonstra a responsabilidade de um verdadeiro homem, assumindo o cuidado e proteção de Rute e Noemi. A responsabilidade masculina se reflete na preocupação genuína pelo bem-estar dos outros e na disposição de assumir o peso das consequências de suas ações.” (Rute 3:11) Boaz é um exemplo para todos os homens. Ele nos mostra como viver a masculinidade bíblica.
CONCLUSÂO
Neste estudo, abordamos sobre a desconstrução da masculinidade bíblica, enfatizando a importância de uma masculinidade equilibrada, baseada em valores e princípios das sagradas Escrituras, como compaixão, humildade e liderança amorosa. Exploramos a masculinidade em meio à apologia à homossexualidade, negligência de responsabilidades e crises de liderança. Analisamos o livro de Rute, encontramos um exemplo notável de masculinidade bíblica em Boaz. Sua generosidade, responsabilidade e disposição para cuidar de Rute e preservar o legado familiar mostram a verdadeira essência de um homem segundo o coração de Deus. Concluímos que a masculinidade bíblica é construída em parceria, união e comunhão com as mulheres, valorizando a igualdade de ambos diante de Deus. Homens são chamados a liderar com sabedoria e compaixão, cuidando da criação e preservando a honra e a memória de suas famílias. O exemplo de Boaz nos lembra que a verdadeira masculinidade é fundamentada na integridade interior, no amor ao próximo e na disposição de cumprir o propósito divino para nossas vidas.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, A, Manual de Hermenêutica Sagrada. São Paulo – SP: Casa Editora Presbiteriana, 1957.
ANDRADE C. Claudionor, Dicionário Teológico, 6ª edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora CPAD, 1998.
BAPTISTA, Douglas. A, Igreja Diante do Espírito da Babilônia. Lições Bíblicas, 6º Trimestre, p. 40-46, Rio de Janeiro – RJ, Editora CPAD, 2023.
BARRERA, Julio. A Bíblia judaica e a Bíblia cristã: introdução à história da Bíblia. Petrópolis-RJ, Editora Vozes, 1995.
BÍBLIA COM ANOTAÇÕES A. W. TOZER, Trad. Degmar Ribas Júnior e Michael Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
BÍBLIA DE ESTUDOS E SERMÕES DE C. H. SPURGEON. Curitiba – PR: Publicação Pão Diário, 2018.
BÍBLIA DO PREGADOR PENTECOSTAL, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2016; Texto bíblico: Almeida Revista e Corrigida, 4ª ed. © 2009 Sociedade Bíblica do Brasil.
BIBLIA KING JAMES ATUALIZADA. Português. Bíblia sagrada. Tradução: Sociedade Bíblica Ibero-Americana, 1ª Edição Atualizada, Niteroi-RJ, BV FILMS EDITORA e BV BOOKS EDITORA, 2012.
BÍBLIA APOLOGETICA DE ESTUDOS, Instituto Cristão de Pesquisas, Judiai, SP, 2005.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Referência Thompson. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição rev. e corr. Compilado e redigido por Frank Charles Thompson. São Paulo-SP, Editora Vida, 1992.
CHAMPLIN N. Russel, PH.D, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol.1 – 6, 6ª edição, São P a u l o – SP, Editora Hagnos, 2002.
CHAMPLIN N. Russel, PH.D, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Vol. 1 – 6, 10ª reemp, São Paulo, SP, Editora e Distribuidora Candeia, 1998.
CONDE Emílio, Tesouro de Conhecimentos Bíblicos, 5ª edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora CPAD, 2000.
DA SILVA Pedroso Claudemir, Dicionário e Estudos Bíblicos, São Paulo-SP, PAE Editora, 2010.
DAKE Jennings Finis, Bíblia de Estudo DAKE, Edição 1995, Rio de JaneiroRJ, Editora CPAD e Atos, 2009
