A adoração a ídolos implica priorizar tudo aquilo que se coloca no lugar de Deus. A fim de nos aprofundarmos no tema desta lição, analisaremos duas passagens bíblicas, nas quais os ídolos estavam presentes e, até mesmo, se tornaram naturais no seio familiar do povo de Deus. O primeiro caso se dá envolvendo o sogro e a esposa do patriarca Jacó.
Na ocasião, Raquel furtou alguns ídolos de seu pai, Labão, sentindo-se injustiçada e preocupada por não receber dele herança. Já o segundo exemplo se passa no tempo dos Juízes de Israel, quando o eframita Mica fabricou ídolos e construiu para eles um santuário em sua própria casa. Por meio desta lição, refletiremos sobre as formas sutis como a idolatria pode se instalar nos lares, abrindo espaço para outros pecados e causando grandes prejuízos às famílias.
I – OS ÍDOLOS ENCONTRADOS NA TENDA DE RAQUEL
1- A fuga de Jacó e sua família para a Terra Prometida.
Por direção divina e sob a proteção de uma promessa: E disse o Senhor a Jacó: Torna à terra dos teus pais e à tua parentela, e eu serei contigo, v. 3. Embora Jacó tenha enfrentado um costume muito difícil aqui, ele não abandonaria o seu lugar até que Deus lhe ordenasse. Ele chegou ali por ordens vindas do céu, a ali ele permaneceria até que recebesse ordem para voltar.
Observe que é o nosso devei’ nos colocarmos de prontidão, e será o nosso consolo vermos a nós mesmos sob a direção de Deus, tanto na nossa saída como na nossa entrada. A instrução que Jacó teve do céu é mais plenamente narrada no relato que ele apresenta, a esse respeito, às suas mulheres (v. 10-13), onde lhes conta sobre um sonho que havia tido sobre um gado, e do extraordinário aumento dele em função de sua cor.
E como o anjo de Deus, neste sonho (pois acredito que o sonho mencionado no versículo 10 seja o mesmo do versículo 11), notou as operações de sua imaginação em seu sono, e o instruiu, de forma que não foi por acaso, ou por sua própria esperteza, que ele obteve aquela grande vantagem. Mas:
Pela providência de Deus, que havia notado as dificuldades que Labão colocava para Jacó, e usou esta maneira para recompensá-lo: “Porque tenho visto tudo o que Labão te fez, e aqui a isso observo”.
Observe que há mais igualdade nas distribuições da providência divina do que estamos cientes, e por elas os ofendidos são realmente recompensados, embora não se perceba isso. Também não foi apenas pela justiça da providência que Jacó enriqueceu, mas:
o cumprimento da promessa sugerida nas palavras do versículo 13: Eu sou o Deus de Betei. Este foi o lugar onde a aliança foi renovada com ele. Observe que a prosperidade e o sucesso terrenos são duplamente doces e confortáveis quando as vemos fluindo, não da providência comum, mas da aliança de amor, para trazer a misericórdia prometida – quando a temos da parte de Deus, como o Deus de Betei, das promessas da vida que agora pertencem à piedade.
Mesmo tendo esta perspectiva esperançosa de se tornar rico com Labão, Jacó tinha que pensar em voltar. Quando o mundo começa a sorrir para nós devemos nos lembrar de que este não é o nosso lar.
2- Labão descobre o furto de seus ídolos domésticos.
A fuga de Jacó (31.17-21). Jacó fugiu de forma prudente, pois Labão estava tosquiando suas ovelhas a três dias de viagem, e fugiu sem avisar porque imaginava que, do contrário, não poderia sair. Na fuga, levou consigo seus filhos, suas mulheres, todo o seu gado e todos os seus bens, retornando à terra de seus pais por ordem divina e indo para Isaque, seu pai.
3- Raquel usa a mentira para esconder o ídolo.
Labão chama Jacó de ladrão (31.30-35). Ele acusa o genro de ter furtado seus deuses (31.30). Quão tolo é um homem cujos deuses podem ser roubados! À primeira acusação, Jacó responde que fugiu por medo: […] tive medo; pois calculei: não suceda que me tome à força as suas filhas (31.31). Jacó sabia do que Labão é capaz, por isso não subestimou o poder de seu sogro de fazer o mal. Fica claro, portanto, que ele está agindo ainda de acordo com seus métodos, pois foge justamente porque teme e porque não crê que Deus é poderoso para cumprir Sua vontade, engendrando, assim, seus próprios planos.
À segunda acusação, Jacó responde com o conforto de uma boa consciência (31.32-35). Derek Kidner diz que a venturosa ignorância de Jacó torna insuportavelmente tensa a procura e o seu contra-ataque, devastador. Ele é acusado inocentemente, embora Raquel, sua mulher amada, seja culpada, visto que roubou e escondeu os deuses de seu pai, os ídolos do lar, na sela de um camelo. Labão vasculhou a tenda de Jacó, de Lia, das servas e, por fim, a tenda de Raquel, porém esta, assentada na sela onde estavam escondidos os ídolos do lar, cobre-os com sua saia e, dizendo-se menstruada, pede ao pai permissão para não se levantar (Lv 19.32).
Nenhum homem podia chegar perto de uma mulher no seu período de impureza; além disso, o que ela usava para sentar ou deitar também era impuro (Lv 15.19-23); sendo assim, Labão não podia fazer a busca na sela de Raquel, e também não haveria mais motivo para ele fazer isso, pois seria impossível que seus terafins estivessem impuros ou profanados. Waltke, analisando esse episódio, diz que o contraste entre o Deus de Jacó e os ídolos de Labão é risível (Is 46.1,2). Esse relato contém um veredito severo sobre a nulidade desses deuses que nada podem fazer por si mesmos nem em favor de seus adoradores, tendo em vista que uma mulher em sua impureza se sentou sobre os deuses de Labão!
II – UM SANTUÁRIO DE DEUSES NA CASA DE MICA
1- A idolatria e o caráter antiético de Mica (Jz 17.1-4).
Deus estabeleceu três instituições na sociedade: o lar, o governo humano e a comunidade de adoração – Israel, sob a antiga aliança, e a igreja, sob a nova aliança. A primeira delas, tanto em ordem de criação quanto em relevância, é o lar, pois constitui a base da sociedade. Quando Deus uniu Adão a Eva no jardim, lançou os alicerces para as instituições sociais que a humanidade viria a construir. Quando esses alicerces desmoronam, a sociedade começa a desintegrar. “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Sl 11:3).
O nome Mica quer dizer “quem é como Jeová?”, mas por certo o homem não viveu de modo a honrar o Senhor. Era um homem de família (Jz 17:5), apesar de o texto não dizer coisa alguma sobre sua esposa e de termos a impressão de que sua mãe vivia com ele e era rica. Em Israel, era comum a “parentela” viver junta.
Alguém roubou 1.100 ciclos de prata da mãe de Mica, e ela proferiu uma maldição sobre o ladrão sem saber que estava amaldiçoando o próprio filho. Foi o medo da maldição, não o temor do Senhor, que levou o filho a confessar o crime e devolver o dinheiro.
Satisfeita, a mãe neutralizou a maldição ao abençoar o filho. Num gesto de gratidão pela devolução do dinheiro, ela consagrou parte da prata ao Senhor e mandou confeccionar um ídolo. Seu filho acrescentou a imagem à “coleção de ídolos” em sua casa, um “santuário” sob os cuidados de um dos filhos de Mica, o qual ele havia consagrado como sacerdote.
Você já viu família mais espiritual e moralmente confusa do que essa? Conseguiram quebrar quase todos os dez mandamentos (Êx 20:1-1 7) sem, no entanto, sentir qualquer culpa perante o Senhor! Na verdade, acreditavam que, com todas essas coisas estranhas que faziam, estavam servindo ao Senhor!
2- A abominação de Mica (Jz 17.5).
A mãe de Mica quebrou os dois primeiros mandamentos ao confeccionar um ídolo e incentivar o filho a manter em casa um santuário particular. De acordo com Deuteronômio 12:1-14, deveria haver somente um lugar de adoração em Israel, e o povo não tinha permissão de possuir os próprios santuários particulares. Além disso, na verdade, a mãe de Mica não tratou dos pecados do filho e, por certo, o caráter dele não mudou para melhor depois que ela lidou com a situação. Mas o que poderia se esperar, uma vez que ela mesma também era uma pessoa corrupta?
3- Mica tinha uma casa de deuses (Jz 17.5,6).
A mãe de Mica não só perdoou o filho, como também recebeu todo o dinheiro e separou um montante para fabricar uma imagem de escultura para fazer parte do santuário daquela casa. É lamentável que a família de Mica era de judeus, que haviam se afastado de Deus e que agora serviam aos falsos deuses. Mica e seus familiares afirmavam estar servindo ao Deus de Israel, contudo devotavam aos vários ídolos dentro de casa. Mas, como já dito, naquele período histórico do tempo dos juízes, “cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Jz 17.6).
Em sua mente libertina, sem o menor escrúpulo espiritual, Mica teve a ousadia de mandar fazer um “éfode”, que era utilizado somente pelo sumo sacerdote israelita. O éfode era, de fato, um manto litúrgico usado apenas pelo sacerdote, e Mica toma a seu filho e o separa para ser sacerdote na sua casa. Depois, na história, aparece um levita que não tinha onde morar, e Mica o convida para residir em sua casa e tornar-se o sacerdote da sua família (Jz 17.7-13).
Mica tinha a sua casa cheia de deuses, ou pequenas divindades caseiras. Eram deuses domésticos de tamanhos diferentes que davam ao possuidor uma falsa ideia de prosperidade, de cura física, de solução de crises domésticas e outras coisas mais.
III – A IDOLATRIA DENTRO DOS LARES
1- Os ídolos domésticos dos tempos atuais.
Os ídolos são a essência do engano (5.21). “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.”
O fato de sermos guardados por Jesus não nos isenta da responsabilidade de nos guardarmos. A palavra grega usada aqui (5.21) pelo apóstolo João, terein, “guardar”, significa “vigiar”. Ela é diferente da palavra grega phulassein, “guardar”, usada em 5.18. A Bíblia Viva traduz assim este versículo: “Meus queridos filhos, afastem-se de qualquer coisa que possa tomar o lugar de Deus no coração de vocês”. Já Wescott o disse assim: “Guardai-vos de todos os objetos de falsa devoção”.
Na verdade, o que João está dizendo é: não abandone o real pelo ilusório. Todos os substitutos de Deus são ídolos e deles o crente deve guardar-se, vigilante. João está escrevendo esta carta aos crentes que viviam na Ásia Menor. Éfeso era a capital da Ásia Menor e uma cidade de muitos deuses. Ali ficava o templo de Diana, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Éfeso era o centro deste culto pagão.
Lloyd John Ogilvie diz que em Éfeso se vendiam amuletos que supostamente davam poderes mágicos ao destino das pessoas. ícones do templo haviam produzido um negócio lucrativo aos ourives. As pessoas compravam os ícones crendo que o poder de Diana residiria onde quer que os ícones fossem levados. Éfeso era também a cidade de magia e feitiçaria. Toda forma de seitas e ocultismos grassava ali. A astrologia florescia. Encantamentos, exorcismos e religião mística estavam disponíveis em qualquer esquina. Acrescentado a tudo isso, ainda havia o culto a César.
Domiciano exigiu o culto a César em Éfeso até a sua morte em 96 d.C., mandando que as pessoas lhe mostrassem a sua lealdade queimando incenso perante o busto de César. Não era coisa fácil ser cristão em Éfeso. Não é de admirar, portanto, que João tenha terminado sua carta com esta solene advertência.
Os deuses diminutos da falsa religião, da sensualidade, da magia negra, da segurança política e da segurança econômica eram ídolos tentadores. Os mesmos ídolos ainda nos tentam. Dinheiro, segurança, prazer, pessoas, carreiras e posses são ídolos que exigem que cultuemos a eles em vez de prestar culto a Deus. Nossos ídolos podem ser qualquer coisa ou pessoa que ameace ocupar o trono do nosso coração. Substitutos de Deus podem exigir muito de nosso tempo, dinheiro e energia. O culto dos ídolos era um culto falso que prometia uma vida falsa. F. F. Bruce diz que os ídolos são os falsos conceitos a respeito de Deus. João exorta os crentes que estão no verdadeiro e que têm a verdadeira vida eterna para se guardarem dos ídolos.
2- Identificando os ídolos modernos dentro dos lares.
A concupiscência da carne (2.16). A carne fala daquelas tentações que nos atacam de dentro para fora. São desejos sórdidos. E o apelo para se viver o prazer imediato. E endeusar os prazeres puramente físicos e carnais. E viver sob o império dos sentidos. Segundo Lloyd John Ogilvie, a concupiscência da carne simboliza a vida dominada pelos desejos, com pouco respeito por nós mesmos e por outras pessoas, a ponto de usá-las como coisas.
A carne é a nossa natureza caída. São os impulsos e os desejos que gritam para ser satisfeitos. Estes desejos estão dentro do nosso coração. Segundo Augustus Nicodemus, “a carne” se refere aos desejos impuros, que incluem todos os pensamentos, palavras e ações não castos: fornicação, adultério, estupro, incesto, sodomia e demais desejos não naturais, quer à intemperança no comer e no beber, motins, arruaças e farras, bem como todos os prazeres sensuais da vida, que gratificam a mente carnal e pelos quais a alma é destruída e o corpo, desonrado.
A tese de João prova que o homem não é apenas o produto do meio, como pensava John Locke. Também o homem não é bom, como ensinava Jean Jacques Rousseau. Jesus diz que é do coração do homem que os maus desígnios procedem. As pessoas que tentaram fugir do pecado, trancando-se em mosteiros, na Idade Média, não conseguiram resolver o problema da concupiscência da carne. O pecado não está apenas do lado de fora, mas está, sobretudo, do lado de dentro, em nosso coração. O sistema do mundo é a vitrina que busca satisfazer os desejos da carne.
Concordo com Werner de Boor quando diz que a “carne” é a condição natural egoísta, que nasce em cada nova criança. Essa nossa natureza egocêntrica é, desde a infância, um feixe de “desejos”: eu quero… eu gostaria… eu exijo. Uma coisa boa em si mesma pode ser pervertida quando ela nos controla: comer não é um mal, mas a glutonaria sim. Beber não é um mal, mas a bebedice sim. O sexo não é um mal, mas a imoralidade sim. O sono não é um mal, mas a preguiça sim.
A concupiscência dos olhos (2.16). A concupiscência dos olhos são as tentações que nos atacam de fora para dentro. A concupiscência dos olhos é a tendência a deixar-se cativar pela exibição externa das coisas, sem investigar os seus valores reais. A concupiscência dos olhos inclui o amor pela beleza separado do amor pela bondade.
William Barclay diz que a concupiscência dos olhos é o espírito que não pode ver nada sem desejá-lo. E o espírito que crê que a felicidade se encontra nas coisas que pode comprar com dinheiro e desfrutar com os olhos.
Lloyd John Ogilvie diz que a concupiscência dos olhos é a ostentação do espetáculo externo em nossa feira da vaidade. E a incapacidade de alguém ver algo sem desejá-lo para si mesmo como um símbolo de segurança. Mais, mais, mais! O ponto é que tentamos encher com coisas, pessoas e atividades o vazio que somente Deus pode preencher.
Os olhos são a lâmpada do corpo e as janelas da alma. Por eles entram os desejos. Eva caiu porque viu o fruto proibido. Ló viu as campinas do Jordão e foi armando suas tendas para as bandas de Sodoma. Siquém viu Diná e a seduziu. A mulher de Potifar viu José e tentou deitar-se com ele. Acá viu a capa babilónica e arruinou-se. Davi viu Bate-Seba e adulterou com ela e a espada não se apartou da sua casa. Cuidado com os seus olhos. Se eles o fazem tropeçar, arranque-os, porque é melhor você entrar no céu caolho do que todo o seu corpo ser lançado no inferno.
A soberba da vida (2.16). A palavra grega que descreve soberba é alazoneia. Essa palavra só aparece novamente em Tiago 4.16. O soberbo é o alazon. O alazon é um fanfarrão. Na antiguidade, essa palavra era usada para descrever os charlatães que faziam propaganda de produtos falsos.
Aristóteles usou alazon para definir o homem que atribui a si mesmo qualidades dignas de louvor que realmente não tem. Teofrasto usou o termo alazon para descrever o indivíduo que frequenta os mercados e fala com os forasteiros acerca da frota de barcos que não tem, e de grandes negócios, quando seu saldo no banco é precisamente irrisório. Gaba-se de cartas que diz que os grandes governantes lhe escrevem solicitando ajuda e conselho. Alardeia a grande mansão em que vive, quando na verdade vive numa pousada. Trata-se daquela atitude de querer impressionar todos com a sua inexistente importância.
Lloyd John diz que a soberba é como um narcótico. E um falso moderador de humor, que estimula nossa autoimagem e um sedativo que anestesia uma aceitação honesta de nosso verdadeiro eu. A soberba produz uma alucinação ilusória em nós mesmos. A alazoneia, jactância ou soberba é a vanglória com coisas externas como riqueza, posição social, inteligência, poder, beleza, joias, carros, vestuário. E ostentação pretensiosa.
É gostar dos holofotes. É o desejo de brilhar ou de ofuscar os outros com uma vida luxuriosa.
Há muitas pessoas que sacrificam a própria integridade para ostentar poder, posses e honras. Eu visito todas as semanas as livrarias. Gosto de ver as novas publicações. Chama-me a atenção o número colossal de revistas que discorrem sobre essas frivolidades mundanas.
Enfim, o alazon é a pessoa que se jacta do que tem, quando nada possui. E aquele que faz propaganda enganosa de si mesmo, de suas obras e de suas posses. William Barclay diz que alazon é um interminável jactar-se acerca de coisas que não se possui, e que a vida desse tipo de pessoa é um esforço para impressionar a todos os que encontra com a própria fictícia importância.
3- Precisamos reagir contra os inimigos da família.
Ser sal é uma vocação importante. Entretanto, quem quiser cumpri-la precisa saber do sacrifício que está ligado a ela. Pois, quando o sal quer cumprir sua tarefa, precisa dissolver-se. O serviço do sal sempre acontece pela entrega de si próprio. O sal que não se entrega, o sal que permanece no saleiro, perde o seu poder de salgar e por nada será revigorado como sal. No tempo de Jesus, o sal (obtido às margens do mar Morto ou de pequenos lagos na beira do deserto da Síria) facilmente adquiria um gosto insosso e mofado por causa da mistura maior de gesso ou restos de plantas.
Por isso não podia ficar muito tempo armazenado. Precisava sair do saleiro, entrar nas comidas. – Assim os cristãos vivos precisam inserir-se no meio do mundo. Ademais, quando se diz que os discípulos devem ser sal da terra, o seu serviço de sal não tem limites. Eles são colocados em relação com a humanidade toda e com todas as suas esferas, também as esferas cultural, econômica e política.
A palavra do sal vale não apenas horizontalmente até os confins da terra, mas também verticalmente, em todos os âmbitos da vida do ser humano de baixo para cima. – Assim, a primeira palavra do evangelho também é a última, a qual mostra aos seguidores de Cristo sua tarefa como sal da terra.
CONCLUSÃO
Precisamos combater os “ídolos domésticos” dos tempos atuais, assim como qualquer influência pagã em nossos lares. Como nação santa e sacerdócio real (1Pe 2.9), sobretudo dentro de nossos lares, temos a missão de resistirmos firmes as ciladas do Diabo, aos modelos atuais de idolatria. Para isso, precisamos estar munidos de toda armadura de Deus (Ef 6.11), ensinando aos nossos filhos, não apenas em palavras, mas principalmente com as nossas atitudes.
Referências:
Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 72-73.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança. 1° Ed. 1998.
HENRY. Matthew. Comentário Bíblico Matthehw Henry. Deuteronômio. Editora CPAD. 4 Ed 2004. pag. 156-157.
LOPES. Hernandes Dias. Gênesis, O Livro das Origens. Editora Hagnos. 1 Ed. 2021.
LOPES. Hernandes Dias. 1, 2, 3 JOÃO. Como ter garantia da salvação. Editora Hagnos. pag. 123-126, 225-227.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 156, 157.