EBD – O Avivamento Pentecostal no Brasil

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Prezados alunos e professores,

Paz do Senhor!

“E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.” (At 19.5,6)

INTRODUÇÃO

Nesta lição aprenderemos a respeito do Avivamento Pentecostal no Brasil. Veremos como que o que ocorreu ao longo do livro de Atos dos Apóstolos, repetiu-se em terras brasileiras, como que Deus chamou um povo no Brasil para viver na plenitude do Espírito Santo. Ele o capacitou com a mensagem pentecostal, o equipou com autoridade e o estabeleceu com dons espirituais para que, em meio a perseguições, crescesse exponencialmente. Deus fez uma grande obra em nosso país por meio do Avivamento Pentecostal.

I- O MOVIMENTO DE ATOS SE REPETE NO BRASIL

Analisando o texto de Atos dos Apóstolos 19.5,6, a pergunta de Paulo a este grupo de efésios enfatiza a verdade de que sem o Espírito Santo, não há salvação (Rm 8.9,16; 1Co 12.13; Ef 1.13). O Espírito é aquele que dá a vida (Jo 3-5). Talvez os homens não soubessem que a ocasião do derramamento do Espírito tinha, por fim, chegado. Seja como for, como Apolo (18.24-26), estes homens precisavam de mais instrução sobre a mensagem e o ministério de Jesus Cristo.

1- Pentecostes entre os salvos.

Esses discípulos admitiram sua ignorância nesse assunto: “Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo (v. 2). Essa informação nos é desconhecida. Pelas Escrituras do Antigo Testamento, sabemos – e não duvidamos – que há a promessa do Espírito Santo, e que essa promessa se cumprirá em seu devido tempo. Mas, por tanto tempo, estivemos fora do fluxo de informações sobre essa questão que não ficamos sabendo se o Espírito Santo já foi dado como espírito de profecia”. Eles sabiam (como observa o Dr. Lightfoot) que, de acordo com a tradição da nação judaica, depois da morte de Esdras, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo partira de Israel, subira ao céu e, depois, nunca mais ouviram falar que Ele voltara. Pelo modo como falavam, percebe-se que o esperavam, tentavam imaginar por que não ouviram falar da sua volta e estavam prontos a receber essa nova bênção.

A luz do evangelho, como a luz da aurora, foi brilhando mais e mais, gradualmente (Pv 4.18). A descoberta de verdades ainda não ouvidas iluminou mais e desencadeou mais informações a pessoas que nunca haviam ouvido falar sobre isso. (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pag. 207).

2- A plenitude do Espírito Santo.

Tendo ouvido a explicação de Paulo sobre o batismo, os discípulos efésios querem ter a certeza que sua relação espiritual com o Senhor apoia-se numa fundação adequada. Eles pedem o batismo. Lucas faz apenas um breve relato deste acontecimento, mas muito provavelmente a mensagem de Paulo instiga os discípulos efésios a fazer o pedido. Paulo concorda e os batiza. Este é o único lugar onde é mencionado um rebatismo no Novo Testamento.

Da mesma maneira que Ananias impôs as mãos sobre Paulo e o apóstolo foi cheio com o Espírito (At 9.17), assim Paulo impõe as mãos nos doze homens e eles também são cheios com o Espírito: “Veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam” (At 19.6). (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 739).

3- Chamados por Deus.

Quando jovem, o sueco Adolph Gunnar Vingren teve o chamado de Deus para a sua obra e viajou para os Estados Unidos em 1903. Vingren trabalhou como foguista, porteiro e jardineiro. Lá nos Estados Unidos, fez curso num seminário teológico sueco da Igreja Batista, concluindo os seus estudos em 1909. O movimento pentecostal no Brasil é fruto do Avivamento da Rua Azusa em 1906, em Los Angeles. Chicago foi uma cidade onde o “fogo” do Pentecostes incendiou muitas vidas. Em 1909, Gunnar Vingren, ex-aluno do Seminário Teológico Batista Sueco, tornou-se pastor da Igreja Batista Sueca em Menominee, Michigan. A igreja decidiu que ele seria enviado como missionário para Assam, na Índia, mas ele não sentiu paz no coração.

Vingren comunicou que não poderia aceitar o chamado, porque não sentia ser da vontade de Deus. Por esse motivo, a sua noiva rompeu o noivado, e ele disse: “Seja feita a vontade do Senhor”.

Indo a Chicago, foi a uma conferência da Primeira Igreja Batista Sueca, uma igreja histórica reformada. Ali, Vingren recebeu o batismo no Espírito Santo com evidência inicial de falar línguas estranhas. Em consequência, foi rejeitado pela igreja onde servia.

Em 1910, foi aceito pela Igreja Batista de South Bend, Indiana, que se transformou numa igreja pentecostal. Deus falou com Vingren que ele iria para um lugar de povo muito simples chamado Pará.

Fato interessante é que, nesse meio tempo, Deus também falou que ele iria casar-se com uma jovem chamada Strandberg. Anos depois, ele casou-se com Frida Strandberg. Isso é mais uma prova de que o Senhor dirige os passos de “um homem bom” (Sl 37.23).

A chamada de Daniel Berg

Gustaf Daniel Högberg, mais conhecido como Daniel Berg, era um jovem sueco cristão. Aos 18 anos, em 1902, emigrou da sua terra, a Suécia, para os Estados Unidos, por causa da crise econômica que assolou a Europa. A sua viagem fez com que passasse pela Inglaterra, onde tomou o navio em Liverpool em 11 de março de 1902. Foram 14 dias de viagem, chegando aos EUA em 25 de março. O seu primeiro emprego foi numa fazenda, onde cuidava de animais e carroças. Depois foi para a Pensilvânia, onde fez curso de fundidor e trabalhou numa fundição.

Durante oito anos, trabalhou como fundidor para a sua manutenção. As saudades do lar fizeram no voltar à Suécia por algum tempo. Ali encontrou um amigo crente, com quem ouviu sobre o batismo no Espírito Santo. Ambos conversaram sobre isso, oraram, mas Berg estava decidido a voltar aos Estados Unidos: “No ano de 1909, ao aproximar-se dos Estados Unidos, suas orações foram respondidas: recebeu o batismo com o Espírito Santo”. A sua vida mudou completamente. Cheio do Espírito Santo, passou a pregar com mais entusiasmo acerca da salvação em Cristo Jesus.

O encontro entre Vingren e Berg

Os dois jovens obreiros suecos encontraram-se na Igreja Batista de South Bend, onde se realizava uma conferência evangélica.

Compartilharam os seus anseios e projetos e entenderam que estavam sendo chamados por Deus para a sua obra; então, passaram a orar diariamente. Através do irmão Adolf Uldin, que já os conhecia, souberam que Deus iria enviá-los a um lugar chamado Pará, mas não sabiam onde se encontrava tal lugar. Foram a uma biblioteca pública e pesquisaram, constatando que o Pará era um Estado que ficava ao norte do Brasil, na América do Sul. Em oração, sentiram que essa era a vontade de Deus para as suas vidas. Ao comunicarem a sua decisão à igreja, não foram bem acolhidos.

A igreja comunicou que não tinha condições de enviá-los ao lugar indicado. Daniel Berg foi desestimulado pelo seu patrão a não ir para a missão, pois na cidade havia pessoas a ser evangelizadas. O que os dois tinham em dinheiro eram 90 dólares, que era o preço da passagem para o Pará. No entanto, de modo incompreensível, ouviram a voz de Deus que lhes ordenava que dessem os 90 dólares para um jornal pentecostal. Acharam estranho, mas obedeceram. E ficaram esperando o que o Senhor havia de fazer.

Para ir ao Brasil, precisavam deslocar-se até Nova Iorque. Na despedida, os irmãos deram-lhes oferta que permitia chegar ali.

A chegada ao Brasil

Ao chegarem a Belém em 19 de novembro de 1910, os dois missionários não conheciam ninguém e nem sabiam falar português.

Os dois com as suas respectivas malas caminharam e sentaram-se num banco na Praça da República, onde fizeram a primeira oração em terras brasileiras. Ali souberam que a cidade estava cheia de doentes, leprosos, portadores de febre bubônica, malária; eles viram a pobreza do povo que contrastava com a riqueza que viram na América.

Enquanto aguardavam na Praça da República uma resposta de Deus, passava por ali uma família que viera no navio e falava inglês.

Perguntaram se eles já tinham encontrado hotel, e eles responderam que não. Então, os dois foram convidados para ir ao hotel onde a família estava. Naquele hotel, encontraram outra pessoa que falava inglês e perguntaram se conheciam algum protestante na cidade. Indicaram-lhes o endereço de um pastor metodista, americano, e foram ao seu encontro. Era o irmão Justus Nelson. Este os apresentou ao pastor da Igreja Batista Brasileira.

Esse pastor permitiu que os missionários morassem no porão da igreja. Era um ambiente úmido, sem janelas, infestado de mosquitos, no intenso calor tropical. Nesse ínterim, conheceram o irmão Adriano Nobre, membro da Igreja Presbiteriana no Pará e comandante do Navio Port of Pará, que navegava pelo rio Amazonas. Como falava inglês, Adriano começou a conversar com os missionários e soube que vieram dos Estados Unidos. (Renovato. Elinaldo, Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023).

II- O NASCIMENTO DE UM NOVO MOVIMENTO

O Batismo com Espirito santo foi a causa primordial do crescimento da obra pentecostal no Brasil nos seus primeiros anos e espalhou-se como fogo por meio do ardor pela evangelização e cheia de amor pelas almas. Os pregadores, no início, eram pessoas simples, muitas indoutas, sem cultura formal, mas cheias do Espírito Santo. E foram instrumentos poderosos nas mãos de Deus.

1- A pregação do avivamento pentecostal.

O diário do ano de 1914 contém, por razões desconhecidas, somente anotações de dois meses. Mas nele se encontra uma estatística muito interessante sobre pessoas que foram batizadas nas águas e com o Espírito Santo durante os anos de 1911 a 1914.

Eis a lista:

Portanto, foram batizadas, no total, 384 pessoas nas águas, e 276 receberam a promessa do Espírito Santo durante esses quatro primeiros anos de trabalho pioneiro na igreja em Belém do Pará. Podemos observar o progresso sucessivo ano após ano, tanto de batizados nas aguas como com o Espírito Santo.

Toda a luta, sofrimento, orações e trabalho zeloso que estão por trás desses números somente Deus conhece. As bases para um trabalho frutífero tinham sido colocadas. O trabalho pentecostal no Brasil, no princípio insignificante, cresceu, e agora é um dos maiores movimentos pentecostais do nosso tempo.

É interessante notar nesta estatística tão simples o número de batizados com o Espírito Santo. Três quartas partes daqueles dos que foram batizados nas águas receberam também a promessa do Espírito Santo. Isso era uma constante no movimento pentecostal no Brasil, desde o princípio. O poder de Deus foi derramado de tal maneira que causou grande admiração e surpresa, tanto entre os incrédulos como entre os crentes das denominações.

Um dos segredos do grande progresso dessa obra tem sido o fato de o Espírito Santo ter tido sempre um lugar importante na igreja, tanto na pregação da Palavra quanto no revestimento de poder dos crentes. (Ivar Vingre. O Diário do Pinheiro: Gunnar Vingre. Editora CPAD. 5 Ed 2000. pag. 71-72).

2- Crescimento e perseguição.

Depois desse acontecimento, os crentes notaram que as oposições organizadas e agressivas de César haviam cessado. Os inimigos estavam aguardando, e o novo delegado temia o governador.

Mas o período de paz só durou até o dia em que dois rapazes decidiram fazer de tudo para perturbar o culto e impedir que fosse realizado.

Assim que os irmãos reunidos no salãozinho começaram a cantar o primeiro hino, vieram as primeiras pedras, acompanhadas por insultos e imprecações.

O barulho tornou-se tão insuportável que Daniel teve de interromper o culto para falar com eles, lá fora, enquanto os irmãos permaneciam em oração.

Ele falou aos garotos sobre o perigo de tentar opor-se à obra de Deus e convidou-os a entrar e ouvir, para que soubessem do que realmente se tratava aquela reunião. Disse-lhes que eram ambos bem-vindos a ouvir a jubilosa mensagem pregada ali dentro, porém não quiseram dar ouvidos.

Apesar da gritaria que continuava do lado de fora, Daniel deu continuidade ao culto, durante o qual oraram pelos rapazes, pedindo ao Senhor que agisse de forma que eles se conscientizassem do que estavam fazendo.

O alarido e o apedrejamento continuaram, agora com maior intensidade.

Após o culto, os dois garotos seguiram os irmãos até suas casas, ofendendo-os com palavras torpes e ameaçando-os de futuras visitas. As mãos cerradas e os porretes erguidos davam ênfase ao seu ódio.

A perseguição continuou por um tempo. Os garotos tinham posto as suas ameaças em ação, e adultos e crianças sofreram.

Quando a situação parecia haver passado dos limites, os irmãos decidiram fazer um culto extra a fim de pedir ao Senhor uma solução para o problema. Que Ele convertesse o coração dos perseguidores ou que os afastasse para longe. Na sua sabedoria e justiça, o Senhor era aquEle que deveria mostrar o caminho, pois sozinhos não chegariam a lugar algum.

Quando os garotos souberam do culto que estava sendo realizado em favor deles, elaboraram um plano para perturbar.

Apareceram no início do culto, dando a entender que haviam se convertido e que não iriam perturbar dali para frente. Estavam aparentemente dispostos a fazer as pazes e depois seguir os seus caminhos.

O pequeno grupo muito se alegrou e deu graças ao Senhor, mas, qual não foi a sua surpresa, lá estavam eles de volta no fim do culto.

Deram pontapés na porta da igreja; entraram correndo, com porretes erguidos, gritando mais alto do que nunca.

Muitos foram atingidos por seus golpes devastadores.

Outros, que estavam sentados, inclinaram-se para frente com as mãos sobre a cabeça, procurando se proteger.

Com ar de vitória, desapareceram tão de repente quanto surgiram. O filho de um dos irmãos silenciosamente seguiu-os à distância para acompanhar as suas atividades.

Eles foram para a beira do lago, desataram o barco de um dos irmãos e, após um simulado gesto de desistência, remaram até determinado lugar e começaram a pescar com as varas que havia a bordo. Nem sequer olharam para a terra.

O menino à espreita logo compreendeu que a intenção dos rapazes era passar a impressão de haverem desistido de perseguir a igreja, quando, na realidade, eles retornariam assim que os crentes começassem a se sentir seguros novamente.

Entretanto, eles não voltaram, nem mais cedo, nem mais tarde. Algo que eles não haviam previsto aconteceu.

Deus determinou diferente.

No dia seguinte, o barco foi encontrado virado em uma enseada, e uma vara de pescar flutuava próximo à embarcação. Dos garotos não havia sinal algum. Possivelmente tinham sido vítimas das piranhas ou dos jacarés que armavam ciladas nos arredores.

Esse acontecimento teve forte impacto sobre todos os membros da igreja e as autoridades. Mais pessoas se converteram, e aqueles que já eram da fé renovaram suas forças. Todos ficaram cientes de que o Senhor não se deixa escarnecer. (Berg., David. Daniel Berg. Enviado Por Deus. A história de Daniel Berg, um simples aldeão que ajudou a deflagrar o maior movimento pentecostal da história da Igreja, as Assembleias de Deus no Brasil. Editora CPAD. 1 Ed 1995. pag. 158-160).

3- Curas divinas.

Daniel dirigiu o culto e falou sobre como o Senhor o havia ajudado no decorrer de toda a sua jornada. Muitas pessoas doentes vieram pedir oração a fim de que o grande Médico as curasse. Muitos que também estiveram doentes e haviam sido curados, vieram render graças ao Senhor e dar o seu testemunho. Um irmão testemunhou que tinha sido mordido por uma cobra, e que a carne ressecada pelo veneno cresceu novamente até desaparecer completamente a ferida. Quando este fato ficou conhecido nos arredores, um grande número de pessoas veio procurar ajuda de Deus para si. (Berg., David,. Daniel Berg. Enviado Por Deus. A história de Daniel Berg, um simples aldeão que ajudou a deflagrar o maior movimento pentecostal da história da Igreja, as Assembleias de Deus no Brasil. Editora CPAD. 1 Ed 1995. pag. 217).

III- A EXPANSÃO DO AVIVAMENTO PENTECOSTAL

1- Um Modelo Centrífugo.

Quando Daniel Berg dormiu no Senhor, no ano de 1963, a geração pioneira da Assembleia de Deus no Brasil sentiu profundamente a ausência do inesquecível líder e companheiro que, durante mais de meio século, foi usado por Deus como um ganhador de almas incomum, o verdadeiro evangelista, que aprendera com o Mestre a procurar uma comida superior: fazer a vontade daquele que o enviou.

Os que aprenderam com Daniel Berg beberam de uma fonte cristalina e insuspeita. Ele nunca se queixava das provações que experimentava, nunca discutia assuntos de ordem política, nunca perdia tempo ou oportunidades, jamais negligenciou seus deveres de pai e de pastor.

O surgimento da terceira geração de pentecostais em nossa pátria induz-nos a uma meditação mais séria e profunda sobre o significado do estilo de vida dos que vieram antes de nós. Eles foram homens simples, sem afetações, ambições ou sutilezas. Sua visão era a da constante e interminável expansão do Reino de Deus na terra. Tais foram os caminhos que nos legaram, e que merecem ser seguidos.

Ao mesmo tempo que não poucos, desavisados e desorientados, começavam a predizer o declínio do movimento pentecostal no Brasil, em virtude de haver ultrapassado o seu primeiro cinquentenário, o Espírito do Senhor iniciava um novo movimento de poder, entusiasmo, ação evangelística e maravilhas, para demonstrar à sociedade que esta época, em seu caráter eminentemente escatológico, já não comporta flutuações em torno do avivamento, pois estamos a caminhos dos dias últimos, e devemos aguardar a chuva serôdia que ele enviará sobre a terra, na véspera feliz do arrebatamento da Eleita.

O que urge ressaltar, todavia, é que a continuação do avivamento não se firma em novas táticas, ou novas doutrinas, ou novo estilo, senão na manutenção firme e convicta dos princípios que foram lançados pelos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Eles foram homens de oração e de poder, homens que liam a Bíblia diuturnamente para colher os ensinamentos preciosos para entregar à igreja que hoje enche as cidades de nossa pátria e começa a conquistar as terras mais distantes.

Homens como Daniel Berg não podem jamais ser esquecidos. Os filhos devem ouvir-lhe o nome através dos pais, para que a futura geração saiba que nos primórdios desta obra houve homens robustos na fé e gigantes na ação, que nunca puseram em segundo plano o cumprimento dos seus deveres para com Deus e sua santa Igreja.

A história dos últimos dias de Daniel Berg é a um tempo comovente e inspirativa. Estava ele hospitalizado em sua terra natal, quando se aproximaram os dias finais de sua peregrinação. Todos temos o nosso dia de partir.

O sol de nossa existência tem que se pôr um dia. Bem-aventurados os que encontram, no crepúsculo da vida terrena, a aurora da existência com Deus, Daniel Berg mal podia mover-se, mas saía de enfermaria para distribuir folhetos, espalhar literatura e orar pelos que se decidissem. (Berg., David. Daniel Berg. Enviado Por Deus. A história de Daniel Berg, um simples aldeão que ajudou a deflagrar o maior movimento pentecostal da história da Igreja, as Assembleias de Deus no Brasil. Editora CPAD. 1 Ed 1995. pag. 259-261).

2- Um crescimento acentuado.

Estudo diz que as duas religiões deverão empatar em 40% do total de fiéis do país cada uma; pelos últimos dados oficiais, vantagem católica é de 64% a 22%

A população que se declara evangélica deve ultrapassar pela primeira vez o total de católicos no país a partir de 2032, quando o número absoluto de seguidores de cada uma das duas religiões deve ficar em torno de 90 milhões – de acordo com os últimos dados oficiais, há aproximadamente 22 milhões de evangélicos (22% do total) contra 125 milhões de adeptos do catolicismo (64%).

Os números constam em estudo do demógrafo José Eustáquio Alves, professor aposentado da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Segundo o especialista, o número de brasileiros adeptos da religião evangélica cresce em média 0,8% ao ano desde 2010, enquanto a quantidade de católicos diminui 1,2% no mesmo período.

Com isso, a progressão geométrica aponta para que cada uma das duas religiões correspondam a cerca de 40% da população em 2032 (veja quadro abaixo). Se a curva se mantiver, a partir daquele ano, portanto, os evangélicos devem se tornar maioria no país.

“Estamos vivendo uma transição religiosa nos últimos anos”, diz Eustáquio Alves, que estende sua avaliação para todos os países da América Latina.

A alteração mais emblemática no quadro religioso do Brasil, porém, deve ser confirmada em 2022, quando há previsão de os católicos representarem, pela primeira vez, menos de 50% da população.

Para o pesquisador, os resultados das últimas eleições gerais, que ampliaram a presença de evangélicos no Congresso, são o reflexo mais direto deste fenômeno no Brasil.

Nos Estados Unidos, onde está a maior população absoluta de evangélicos do mundo, o fenômeno é diferente, segundo Alves. “Os que se declaram sem religião são os que mais crescem lá”, diz o pesquisador.

Por Mariana Zylberkan Atualizado em 4 fev 2020, 18h46 – Publicado em 4 fev 2020, 17h28

CONCLUSÃO

A chegada do Pentecoste no Brasil promoveu mudanças drásticas na liturgia dos cultos e na pregação do Evangelho. Após a experiência pentecostal vivenciada pelos nossos pioneiros, o evangelho foi propagado em terras brasileiras na virtude do Espirito, resultando em pregação do evangelho, batismos com o Espírito Santo e milagres extraordinários. A chama pentecostal permanece acesa e vivenciamos esse poder através da evangelização, não só no Brasil, mas, também em todo o mundo.

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