Conhecemos o passado, e por mais difícil que ele tenha sido, ele passou. Por mais que algumas feridas tenham sido abertas – e eu espero que todas estejam devidamente tratadas – as cicatrizes não doem mais, só suscitam lembranças de um tempo sofrido mas que, graças a Deus, passou!
Quanto ao tempo presente, mesmo que difícil, já estamos cientes das tarefas a realizar, mesmo que não saibamos ainda como fazer, ou quando Deus vai agir. Nos ocupamos damos o que podemos, nos esforçamos para agir da melhor forma, mas podemos, ao menos, conhecer as atribuições que nos envolvem.
Vivemos dias corridos, com muitas atribuições, onde precisamos desdobrar nossos papéis de profissionais, pais, cônjuges, amigos e servos de Deus, além de cuidarmos da nossa mente e do nosso corpo. E ainda ficamos sobrecarregados com a cobrança de estar sempre inteirados sobre os fatos e notícias, de interagir em redes sociais, e de manter nossa imagem corporal dentro do padrão estético esperado.
Tantas cobranças, funções e papéis a desempenhar provocam ansiedade, que é uma reação prevista diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. É normal termos ansiedade antes de uma entrevista de emprego, da aprovação em um concurso, do nascimento de um filho, de uma viagem, de uma cirurgia delicada ou de um revés econômico – situações estas em que temos o desafio do novo ou desconhecido. Porém, encaramos os desafios presentes e, com Deus, sempre vencemos.
Contudo, o futuro nos assombra. O que esperar do futuro político do nosso país? Até quando teremos liberdade para pregar o evangelho? Quais as profissões que nossos filhos vão escolher? O que nos espera após a aposentadoria? Como será a nossa velhice? Como manter a boa saúde física e mental ao longo dos anos? O que fazer para manter a chama do Primeiro amor por Deus até nosso último suspiro? Quando Jesus voltará???
É interessante analisarmos as atitudes da mulher sábia, que antecedem a informação de que ela sorri diante do futuro: Ela acolhe os necessitados e estende as mãos aos pobres. Não receia a neve por seus familiares, pois todos eles vestem agasalhos. Faz cobertas para a sua cama; veste-se de linho fino e de púrpura. Ela faz vestes de linho e as vende, e fornece cintos aos comerciantes. Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro. (Provérbios 31.20-25).
O texto acima demonstra que nossas ações diárias, no passado e no presente, apontam para a qualidade do nosso futuro. Isto significa dizer que precisamos fazer, com afinco e coragem, tudo o que podemos hoje, plantando hoje e confiando na colheita futura das consequências das nossas ações, esperando cotidianamente nas misericórdias de Deus que se renovam a cada manhã.
Portanto, faça o melhor hoje, e ao pensar no futuro, não alimente o medo. Sorria, levantando as mãos cansadas, e acalmando seu coração angustiado. Sorria, ciente de que Deus jamais perderá o controle da sua vida.
O futuro nos aguarda na próxima hora, nos próximos dias, meses e anos. E, na verdade, tudo o que podemos fazer é executar o nosso melhor hoje, e amanhã e depois, confiando nas promessas, na proteção e na infalível misericórdia de Deus.
Por Elaine Cruz – psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar,
