EBD – Resistindo as Sutilezas de Satanás

Pr. Sérgio Loureiro
Pr. Sérgio Loureiro
Sou o Pastor Sérgio Loureiro, Casado com Neusimar Loureiro, Pai de Lucas e Daniela Loureiro. Graduando em Administração e Graduando em Teologia. Congrego na Assembleia de Deus em Bela Vista - SG

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Prezados professores e alunos,

Paz do Senhor!

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4.7)

INTRODUÇÃO

Chegamos ao final de mais um trimestre. Ao longo dele, estudamos a respeito de várias sutilezas de Satanás contra a Igreja de Cristo. São sutilezas que tentam atacar a Igreja tanto por dentro quanto por fora. Talvez, nunca na história da Igreja esses ataques sutis estiveram tão intensos. É bem verdade que esse fenômeno é muito mais nas igrejas do Ocidente, pois nas igrejas em regimes não democráticos os ataques são mais frontais. Em todo sentido, somos chamados por Deus a resistir aos ataques do Maligno.

Diante dos diversos ataques contra a Igreja de Cristo, as nossas armas não podem ser carnais. Precisamos compreender o que de fato está acontecendo, mas a nossa maneira de reagir deve ser bíblica e espiritual. Isso passa pela submissão a Cristo, pelo comprometimento com as Escrituras, pelo comprometimento com uma vida cheia do Espírito Santo e, finalmente, pelo comprometimento com a igreja local.

I – COMPROMETIMENTO COM UMA VIDA CENTRADA EM CRISTO

1- Cristo, o Salvador.

Paulo enfatiza novamente que o centro de sua mensagem é Jesus Cristo, especialmente sua crucificação (1Co 1.2). “Crucificado” é um particípio perfeito em grego (1Co 1.23). Esta forma do verbo é significativa porque retrata Cristo como crucificado no passado, com os benefícios de sua morte continuando no tempo presente. “A crucificação é permanente em sua eficácia” (Morris, 46).

2- Cristo, o Senhor.

O ponto de transição é marcado no princípio do versículo 6 pela frase de conexão, “Como, pois”, uma frase que relembra um dado precedente e antecipa a introdução de um novo tópico. O “olhar retrospectivo” é reforçado na continuação da sentença: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças” (Cl 2.6,7). Aqui Paulo faz alusão a quase todos os parágrafos escritos até este ponto.

A frase “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo” nos lembra naturalmente da fé dos colossenses em Jesus Cristo, a fé que demonstraram quando o evangelho a princípio lhes havia sido anunciado (1.4-7). A referência a Jesus Cristo como o “Senhor”, é outro modo de falar de sua primazia (1.15-20). A exortação, “andai nele… confirmados na fé”, refere-se à passagem em 1.23 (“se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé”), como também a Colossenses 2.5 (“regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo”). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 1339.

II – COMPROMETIMENTO COM AS ESCRITURAS

1- Bíblia, a revelação de Deus.

O teólogo Norman Geisler assegura que “um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais”.5 A referência diz respeito a dois dos textos bíblicos de autoria dos proeminentes apóstolos Pedro e Paulo (2 Pe 1.20,21; 2 Tm 3.16). Essa constatação é importante, uma vez que tais apóstolos têm seus ministérios reconhecidos como cheios do poder de Deus (At 5.14-16; 19.11,12), e isso tanto entre os judeus como entre os gentios (Gl 2.7-9).

Em 2 Pedro 1.20,21, o apóstolo enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus.

Nessa passagem, Pedro atribui a origem da revelação à obra do Espírito de Deus. O Comentário de Aplicação Pessoal destaca que tal assertiva petrina significa que “as Escrituras não se originaram do homem, nem foram interpretadas pelos próprios profetas à medida que transmitiam as preciosas mensagens”. Quer dizer que não se trata de opinião ou fruto do desejo humano. Na sequência, o apóstolo esclarece que os autores da Bíblia são homens santos, que nos transmitiram a vontade de Deus por meio da inspiração do Espírito Santo.

Por sua vez, o apóstolo Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio da parte de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16a, ARA). Aqueles que fazem objeção que o texto de Pedro se refere apenas ao Antigo Testamento, aqui no texto paulino “toda” a Escritura é autenticada como inspirada, inclusive o Novo Testamento. Matthew Henry enfatiza que esse versículo descreve a excelência das Escrituras como “revelação divina, de que podemos depender como infalivelmente verdadeira”.

Além dessas duas citações, temos ainda outras referências bíblicas nas quais os apóstolos ratificam que a Bíblia foi escrita por homens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (confira 1 Co 2.13,14; 1 Co 14.37; Gl 1.12; Ap 1.1). O artigo de fé número um da Declaração das Assembleias de Deus corrobora com essa verdade ao professar crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada”. Portanto, as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão. (Baptista., Douglas, A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021).

2- Bíblia, regra de fé e conduta.

A Bíblia Sagrada, quando crida e obedecida, torna-se um seguro, autêntico e verdadeiro guia para o viver cristão. O texto sagrado aponta para Cristo como o único caminho que conduz à vida abundante (Jo 10.10). O próprio Cristo nos adverte ao exame das Escrituras porque nelas estão reveladas as palavras de vida eterna (Jo 5.39). O apóstolo Tiago assevera que a Palavra de Deus transforma a nossa natureza, e nos conduz pela vereda da salvação (Tg 1.21). Em vista disso, Peter Davids assinala “não ser suficiente que a pessoa esteja convencida a respeito de Jesus; a pessoa deve entregar-se a Cristo, aceitar seu ensino, e essa fidelidade é o estilo de uma nova vida”.

Nessa nobre tarefa, a imutável e inerrante Palavra de Deus alumia o caminho que devemos trilhar com plena segurança. O Senhor Jesus alerta que a porta é estreita, e o caminho é apertado, porém, é o único que leva à vida, e poucos há que o encontram (Mt 7.14).

Nesse aspecto, Tasker lembra que “o que torna o caminho estreito difícil de achar é a existência de numerosos mestres falsos que têm as suas próprias fórmulas para o bem-estar do homem”. Assim, por meio da irrestrita obediência às Escrituras e o temor a Deus, recebemos sabedoria e prudência para andar como filhos da luz (Ef 5.8). Baptista., Douglas, A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

III – COMPROMETIDOS COM UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO

1-O Espírito Santo no plano da redenção.

Se o princípio que dirige suas vidas for o Espírito Santo, os gálatas não cumprirão “a concupiscência da carne” ou os desejos da natureza pecadora (Gl 5.5-16). Isto é verdade porque a direção do Espírito Santo é diametralmente oposta ao impulso da natureza pecadora, e vice-versa (Gl 5.5-17). A frase “para que não façais o que quereis” está aberta à interpretação. Pode significar que quando os gálatas querem caminhar após a natureza pecadora, o Espírito se opõe a este desejo. Pode ainda significar que quando querem ser guiados pelo Espírito, a natureza pecadora mina suas intenções. Uma vez que os gálatas estão cheios com o Espírito (Gl 3.2), Paulo provavelmente está observando que a natureza pecadora está impedindo que sirvam a Deus como desejam.

Esta interpretação coincide com o tratamento de Paulo quanto à carne (natureza pecaminosa) e o Espírito em Romanos 6.1—8.27. Os gálatas não devem oferecer seus membros como instrumentos de injustiça, mas devem apresentar-se a Deus como instrumentos de justiça (Romanos 6.13,14,19). A mente renovada pode realmente desejar fazer a vontade de Deus, mas a natureza pecaminosa impede a realização desta vontade. Aqueles que estão na carne encontram-se fazendo aquilo que odeiam. Um conhecimento adicionado da lei só serve para multiplicar as transgressões (Romanos 7.14-25; veja Fung, 1988, 252). A libertação deste ciclo vicioso somente pode vir através do poder do Espírito (Romanos 8.1-4,9). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 1180.

2- A vida cheia do Espírito.

Enquanto estivermos no mundo não teremos trégua na luta contra Satanás e os demônios. Como a batalha é contínua nossa capacitação para vencer também deve ser contínua. Precisamos diariamente do poder do Espírito Santo para prevalecermos as hostes da maldade (Ef 5.18). O cristão jamais poderá prevalecer contra o poder de Satanás e dos demônios sem o poder de Deus. Sabedor disto, Jesus delegou aos apóstolos poder para expulsar os demônios (Mt 10.1; Mc 6.7; Lc 9.1). Na ocasião em que o Mestre ordenou que outros setenta discípulos fossem expulsar os demônios, também lhes conferiu poder (Lc 10.19). Sobre a necessidade do poder para vencer os ataques demoníacos, Paulo exortou aos cristãos de Éfeso dizendo: “[…] fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10,11). Sobre esta afirmação paulina, Beacon (2008, p. 194) diz que: “no conflito com os poderes demoníacos, os cristãos têm de utilizar, de forma imediata e contínua, o poder de Cristo para terem vitória”.

IV – COMPROMETIMENTO COM A IGREJA LOCAL

1- A Igreja como o Corpo de Cristo.

A Bíblia nos ensina alguns designativos bíblicos figurados da igreja, cada qual ressaltando algum aspecto particular da igreja. Eis alguns exemplos:

1)        Templo do Espírito Santo. I Co 3:16.

2)        Habitação de Deus. Ex 25:08; Sl 22:03; Ef 2:22.

3)        Edifício de Jesus. I Co 3:09; Mt 16:16-18.

4)        Casa de Deus. Hb 3:06

5)        Povo de Deus. I Pd 2:9-10

6)        Universal Assembleia. Hb 12:22

7)        Esposa. Ap 19:07; Ef 5: 25-32.

8)        Coluna e Baluarte da verdade. I Tm 3:15

9)        Jerusalém de cima ou Nova Jerusalém ou Jerusalém Celestial. Gl 4:26; Hb 11:22; Ap 21:01.

10)      Corpo de Cristo. Ef 1:22-23; I Co 12:27

A Igreja é um Corpo. Somos um Corpo com um objetivo específico. O principal objetivo do Corpo é expressar a vida do Espírito Santo de Deus, a vida de Cristo. O Contato de Cristo com o mundo e por meio do corpo. Em outras palavras o propósito do Corpo é de se relacionar com o mundo exterior, o corpo é a expressão do Espírito. Esta é a principal responsabilidade da Igreja como corpo; expressar a vida e a glória de Deus. O Contato do mundo com Deus se faz pela Igreja.

Fazer parte do Corpo de Cristo significa ser representante de Deus no mundo em que habitamos. Em I Co 5:20, o Apóstolo Paulo diz que somos embaixadores do Reino de Deus. E como embaixadores temos a responsabilidade de representar o nosso Senhor diante de toda a humanidade. Jesus deu-nos poder e autoridade afim de que tornássemos seus representantes.

De que maneira o membro do Corpo de Cristo deve viver?

1-        Com a consciência de que o Corpo de Cristo não é formado por um só membro, mais sim por vários. I Co 12: 12-14. (Obs: não existe somente eu, ou somente a minha Igreja.)

2-        Com a consciência de que o Corpo é de Cristo. I co 12:27.

3-        Com a consciência de que cada membro do corpo tem uma função e que não há necessidade de competição entre os membros. I Co 12:14-15

4-        Com a consciência de que não existe membro desnecessário. I Co 12:22.

5-        Com o entendimento de que todos os membros devem obedecer o cabeça. Ef 5:23.

6-        Com o entendimento que quando um membro sofre todos sofrem.

7-        Com o entendimento que quando um membro é honrado todos são também honrados. I Co 12:26.

8-        Com o entendimento que os membros são diferentes e têm funções diferentes. I Co 12:13,17.

9-        Com o entendimento que fomos chamados por Deus para cooperar uns com os outros.

2- O lugar e a importância de cada membro na Igreja.

Vós vem no início com ênfase. Corpo está sem o artigo, o que indica que a característica dos crentes coríntios é que eles pertencem ao corpo de Cristo (o emprego do artigo distinguiria este corpo de outros).

O efeito disso tudo-é dar forte ênfase ao fato de que eles, os coríntios, são membros de nada metios que o corpo de Cristo. Tudo que Paulo vem dizendo se refere a eles, porque são membros 1 Coríntios 12.27 “em particular”. Esta última expressão, ek merous, significa literalmente “em parte”, que é como é traduzida em 1 Coríntios 13:9. Disso resulta que apanha o sentido de individualmente (como na ARA). O que Paulo quer dizer é que cada um deles pertence ao corpo. Nenhum pode ter a pretensão de ser o todo, mas nenhum é excluído. (Leon Monis. I Corintos Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 143).

CONCLUSÃO

Desafie os alunos a estarem a cada dia comprometidos com Jesus Cristo. Anime-os a se comprometerem com as Escrituras Sagradas. Estimule-os a buscarem uma vida cheia do Espírito Santo. E, finalmente, fortaleça com eles a necessidade do comprometimento com a igreja local.

Até o próximo trimestre!!!

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