EBD – Não retribua pelos padrões humanos

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Prezados professores e alunos,

Paz do Senhor!

“Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” (Lv 19.18)

Quando se recebe uma ofensa, a reação natural é devolvê-la com outra. Entretanto, o Senhor Jesus nos convida a agir de uma maneira mais elevada, pondo em prática a instrução divina de acordo com o Sermão do Monte. Nessa lição, aprenderemos retribuir o mal com o bem é uma ação que vem do Céu e que o crente cheio do Espírito Santo é capaz de viver esse ensino do Sermão proferido pelo nosso Senhor.

INTRODUÇÃO

Estaremos agora adentrando a quinta ilustração dita por Cristo Jesus, conforme leitura de Mateus 5.38-42. Vamos analisar essa seção de Mateus, primeiramente, para descobrir o porquê de constar na Lei mosaica e de ser reforçada por Cristo Jesus.

Stott diz no seu livro que as duas antíteses finais levam-nos ao ponto mais alto do Sermão do Monte, pelo qual ele tem sido mais admirado e, ao mesmo tempo, objeto da maior indignação. Trata-se da atitude de amor total que Cristo manda que demonstremos ao perverso (v. 39) e aos nossos inimigos (v. 44). Em nenhum outro ponto o Sermão é mais desafiador do que neste. Em nenhum outro ponto a nitidez da contracultura cristã é mais óbvia. Em lugar nenhum nossa necessidade do poder do Espírito Santo (cujo primeiro fruto é o amor) é mais constrangedora. (STOTT, John. Contracultura cristã. A mensagem do Sermão do Monte. Editora: ABU, 1981, p. 48).

I – A VINGANÇA NÃO É NATUREZA DO REINO

1- A Lei de Talião.

Qual era a permissão do Antigo Testamento, em caso de ofensa. Aqui a expressão é somente: “Ouvistes o que foi dito”; não, como antes, a respeito dos mandamentos do decálogo, aquilo que foi dito pelos antigos, ou para eles. Era um mandamento que todos deveriam, em caso de necessidade, exigir esta satisfação; mas eles podiam, legitimamente, insistir nela, se quisessem. “Olho por olho e dente por dente”. Encontramos este conceito em Êxodo 21.24; Levítico 24.20; Deuteronômio 19.21; em todas estas passagens, está indicado que isto é algo que deve ser feito pelo magistrado, que não traz debalde a espada, porque é ministro de Deus e vingador para castigar aquele que faz o mal (Rm 13.4). Os juízes da nação judaica eram orientados sobre qual punição infligir em caso de mutilação; por um lado, ela era um terror para aqueles que fizessem o mal, e, por outro, uma restrição àqueles que sofressem o mal, para que eles não pudessem insistir em uma punição mais severa do que fosse adequado: não deve se r uma vida por um olho, nem um membro por um dente, mas deve-se observar a proporção; e fica implícito (Nm 35.31) que a perda, neste caso, pode ser redimida com dinheiro, pois quando fica determinado que nenhum resgate pode se r aceito pela vida de um assassino, se supõe que para as mutilações era permitida uma satisfação pecuniária.

Mas alguns dos professores judeus, que não eram os homens mais piedosos do mundo, insistiam que era necessário que tal vingança fosse exigida, até mesmo pelas próprias pessoas, e que não havia lugar para remissão, nem a aceitação de qualquer compensação. Mesmo agora estando sob o governo dos magistrados romanos, em que, consequentemente, a lei judicial estava a critério desses dominadores – eles ainda eram zelosos por tudo o que parecesse difícil e severo.

Este poder que temos é uma orientação aos magistrados, para usarem a espada da justiça de acordo com as leis boas e saudáveis da terra, para o terror dos mal feitores e a vindicação dos oprimidos. O juiz descrito no Evangelho de Lucas não temia a Deus nem respeitava homem algum, e não promoveria a vingança da pobre viúva contra o adversário dela (Lc 18.2,3). Ela está em vigor como uma regra para os legisladores, para que ajam coerente e sabiamente para distribuírem punições pelos crimes, para limitarem os roubos e a violência, e para fornecerem proteção à inocência. (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. p. 57-58).

2- O cristão e a vingança.

Em seu livro Mateus Jesus, o Rei dos reis o pastor Hernandes, diz que “Jesus, aqui no sermão do monte, elimina a antiga lei da vingança limitada, que permitia a retaliação, para introduzir a reação transcendental diante das injustiças sofridas. Jesus destaca três coisas vitais da vida: honra, vontade e bens inalienáveis. Mesmo que as pessoas nos desonrem, ferindo nosso rosto; mesmo que as pessoas nos constranjam a andar, ferindo nossa vontade; mesmo que as pessoas tomem de nós a roupa do corpo, bem inalienável, devemos reagir de maneira transcendente. O cristão não paga o mal com o mal, mas o mal com o bem. Não domina apenas suas ações, mas também suas reações”. Estou de acordo com as palavras de A. T. Robertson:

“Jesus queria dizer que a vingança pessoal é tirada de nossas mãos. O Senhor também condena as guerras agressivas ou as ofensivas que as nações fazem entre si, mas não necessariamente a guerra defensiva ou a defesa contra o roubo e assassinato. O pacifismo profissional pode ser mera covardia”. (LOPES. Hernandes Dias. Mateus Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. p. 206).

O Cristão não revida o mal de acordo com a lei de Talião. Ele não se deixa dominar pela Vingança

II – O AMOR É A EXPRESSÃO NATURAL DO REINO

Para falar da lei do amor desenvolvida por aqueles que fazem parte do seu Reino, Jesus fez uso de quatro ilustrações que estão presentes na vida cotidiana para mostrar como se deve resistir ao mal. Vejamos:

1- Virar a outra face.

O salvo em Cristo é consciente de que as pessoas do mundo têm atitudes totalmente diferentes das suas, pois vivem plenamente dominados pelo pecado, são cegos, de modo que o cristão não pode responder semelhantemente a eles. As pessoas do mundo sempre irão priorizar seus interesses; por esse motivo, são a favor da vingança, querem proteger seus interesses pessoais, pois são dominados pelo eu.

O cristão não vive mais no eu; sua mente e coração são dominados pelo evangelho, suas propriedades são as do Reino (Mt 6.33), por isso, às vezes, perdem os seus direitos por causa de Cristo. Vamos começar com o versículo 39 (ARA) que diz: “a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”. Não é nada fácil receber uma bofetada e virar a outra face, mas é preciso que entendamos o que realmente Jesus quis dizer com esse ensino. Literalmente, uma bofetada na face queria dizer sofrer um golpe dado por uma pessoa no rosto de outra. Esse ato era visto como grande ofensa. Pela lei judaica, o ato de se ferir ou bater no rosto de alguém logo seria punido com uma multa e castigo. No texto em questão, Jesus estava dizendo que era preciso oferecer a outra face e não procurar os meios legais disponíveis naquele tempo para buscar justiça. Jesus não era um mestre teórico; o que ensinava e pregava Ele praticava. Quando atingiram sua face, sofreu calado (Mt 26.67; Is 50.6; 1Pe 2.23).

O ensino de Jesus, além de não ser tão fácil aos olhos humanos, não soava muito bem aos ouvidos dos judeus. Isso porque, no ambiente que viviam, queriam libertar-se do poder dos romanos, e colocavam Jesus na posição de não ser o Messias, pois quem dispusesse sua face jamais iria opor-se ao poder de Roma. Na verdade, o que os judeus queriam era alguém que se revoltasse contra os seus inimigos, aqueles a quem odiavam. Jesus queria que cada discípulo seu não fizesse nenhuma exigência de direitos, que prontamente desistisse de contendas, brigas, e procurasse ser justo e misericordioso. (Gomes. Osiel, Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. p. 84,85).

2- Arrastar para o tribunal.

A perda de uma vestimenta – que é um mal causado a mim, nos meus bens (v. 40). “O que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta”. Este é um caso difícil.

Observe, é comum que os processos legais sejam usados para o caso de ofensas graves. Embora os juízes sejam justos e sérios, ainda assim é possível que os homens maus, que não têm consciência de juramentos e falsificações, retirem, pelo curso da lei, a vestimenta dos ombros de um homem. Não te maravilhes de semelhante caso (E c 5.8), mas, neste caso, em lugar de procurar a lei como uma forma de vingança, em lugar de exibir uma contra-acusação, ou de resistir ao máximo, na defesa daquilo que é o seu direito indiscutível, deixe-o levar também a capa. Se a questão for pequena, algo que possamos perder sem um dano considerável às nossas famílias, é bom sujeitarmo-nos a isto, pelo bem da paz. Em outras palavras: “Não lhe custará tanto comprar outra vestimenta, quanto irá lhe custar o curso da lei para recuperá-la; portanto, a menos que você possa obtê-la novamente, por meios justos, é melhor deixar que ele a leve”. (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. p. 58).

3- Obrigar a fazer algo.

Caminhar uma milha forçadamente – que é uma ofensa a mim, na minha liberdade (v. 41). “Se qualquer te obrigar a caminhar uma milha”, isto é, se alguém lhe obrigar a fazer alguma tarefa para ele ou a servi-lo, não reclame, mas “vai com ele duas”, em lugar de brigar com ele. Não diga: “Eu faria isto, se não fosse obrigado a isto, mas detesto ser forçado”; em vez disto, diga: “Eu o farei, pois de outra maneira haverá uma briga”, e é melhor servirmos a ele do que servirmos aos nossos próprios desejos de orgulho e vingança. Alguns interpretam desta maneira: os judeus ensinavam que os discípulos dos sábios e os estudantes da lei não deviam se r pressionados pelos oficiais do rei, como os outros podiam ser, a viajar a serviço público; Cristo não ensinará os seus discípulos a insistir neste privilégio, mas os fará concordar, em lugar de ofender o governo. O resumo de tudo isto é que os cristãos não devem se r litigiosos; devem submeter-se às pequenas ofensas e não prestar atenção a elas; e se a ofensa for tal que exige que procuremos reparação, que seja com uma boa finalidade, e sem pensamento de vingança. Embora não devamos motivar e provocar as ofensas, nós devemos enfrentá-las alegremente no caminho do dever, e aproveitá-las ao máximo. Se alguém disser que a carne e o sangue não podem tolerar uma ofensa assim, faça com que esta pessoa se lembre de que a carne e o sangue não herdarão o Reino de Deus. (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. p. 58-59).

4- Fazer alguma coisa por alguém.

A última figura, do pedir, quer expressar que os discípulos de Jesus, na ampla área de amizade e solicitude entre vizinhos, emprestam com prazer e não devem jamais fazer uma distinção entre merecedores e pessoas indignas.

Chegamos ao final desse trecho que nos ilustra de modo penetrante a grande palavra da retaliação do amor. Somente ela, que não tem nada a ver com a retaliação do eu ou da lei, constitui a diretriz para a nossa vida no seguimento de Jesus. Ela não tem validade na vida dos estados e povos, porque, conforme dizíamos no início, faltam ao não-discípulo todas as premissas para ela. Também essas palavras do Senhor, ao serem cumpridas, devem fazer brilhar o novo reinado de Deus na comunidade de Jesus – e então também para fora dela – até que ele venha.

Os apóstolos entenderam as exigências de Jesus (cf. Rm 12.17,21; 1Ts 5.15; 1Co 13.7; 1Pe 2.18-23; depois 3.9 etc.).

Constantemente é preciso vencer o mal com o bem. O gelo não derrete com tempestade e geada, mas sim com calmaria e calor do sol. Ódio e desejo de vingança, egoísmo e ira, a língua maldosa e o coração endurecido são dissolvidos pelo amor, pela retaliação do amor, pelo amor ágape. (Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança).

O que procede do coração e permeia pensamento do homem determinarão seu comportamento

III – BUSCANDO A PERFEIÇÃO DE CRISTO

1- Uma justiça mais elevada.

Para entendermos o que é uma justiça mais elevada, conforme ensinou Jesus, simplesmente devemos atentar para Mateus 5.44 (ARA), que diz: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Os que vivem a justiça de Cristo passam a ter um padrão de vida mais elevado, especialmente no relacionamento para com os outros. Nesse caso, o amor será a base de tudo, ele será o teste de caráter, o bem que se deseja para si mesmo, também se deseja para o outro.

Quando estamos no eu carnal, tudo o que fazemos é pensando em nós mesmos, em nossos familiares, em nossos amigos mais próximos, em nossa saúde, em nosso dinheiro, em nosso futuro, nada, além disso. Porém, desde o momento em que somos constrangidos pelo amor de Cristo (2Co 5.14), transferimos esse amor não apenas para os nossos amigos mais íntimos, mas também para o nosso inimigo. O amor de Deus que está em nossos corações não exclui ninguém, não é segregacionista, mas procura acolher, agregar a todos, inclusive aquele que é nosso inimigo.

É forte e impossível aos olhos humanos cumprir o que Jesus disse: “Amai os vossos inimigos…”, pois com essas palavras Ele queria dizer que devemos desejar o bem para os nossos inimigos assim como desejamos o bem para nós mesmos. Devemos cuidar deles assim como cuidamos de nossas próprias vidas. Todo ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). O pecado inverteu tudo, porém, quando essa imagem espiritual é restaurada por Cristo em nós, então o que parece impossível, amar um inimigo, agora sim é possível, pois passamos a ver nosso amigo ou inimigo como a nós mesmos (Rm 8.29).

Deus é a base por meio da qual o amor do cristão para com o inimigo se torna possível. Tudo começa com o Pai e depois se manifesta no Filho. O maior exemplo que o Pai deu a toda a humanidade foi seu amor pelos pecadores (Jo 3.16; Rm 5.8). Esse amor divino não exclui ninguém, e Jesus viveu esse amor (Rm 5.5-10).

Ciente dessas verdades, a ordem de Cristo de amar o inimigo torna-se mais fácil, porque foi assim que Deus e seu Filho nos amaram, ou seja, quando éramos inimigos.

Para fecharmos esses pontos, ainda há duas atitudes que são ditas por Cristo que vejo como difíceis de serem cumpridas pelo prisma humano: orar pelos que nos perseguem e abençoar os que nos amaldiçoam. É bem possível que essa perseguição seja no campo religioso. Mesmo assim, ainda que alguns sejam perseguidos por causa dessas diferenças religiosas, jamais podem ser tratados com menosprezo, ódio, e sim com amor. Foi assim que procedeu Estêvão (At 7.59,60) e sem dúvida aprendeu com o exemplo de Cristo Jesus (Lc 23.34). Gomes. Osiel, Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. p. 86,87).

2- O amor mais perfeito.

Pela leitura que se faz de Mateus 5.43, tem-se a última ilustração de Cristo. É bem provável que, ao fazer essa citação, o Mestre divino estivesse fazendo alusão ao texto de Levítico 19.18, que para os judeus o compreensivo era amar aqueles que eram seus iguais, a sua gente. O odiarás foi um acréscimo feito pelas autoridades religiosas de Israel.

Os judeus amavam os seus irmãos e não buscavam ter muito contato com os gentios, os quais poderiam ser vistos como inimigos. Na verdade, quem seria o próximo para os judeus eram os seus irmãos, gente de sua própria família. Basta uma leitura tanto no Antigo como no Novo Testamento para que se comprove a forma que outras pessoas eram tratadas pelos judeus, com total desprezo.

No aspecto geral, a lei judaica nunca incentivou o desprezo para com uma pessoa, que se manifestasse ódio para com alguém, mas o amor era a regra necessária em tudo. O verbo grego agapáo fala de se tratar as pessoas com respeito, recebê-las com alegria, acolhê-las com amor terno, sem qualquer diferença, quer sejam de outras nações, quer sejam inimigos pessoais quer sejam religiosos. Esse tipo de amor só é possível quando vem de Deus para o nosso coração. (Gomes. Osiel, Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. p. 87,88).

3- Perfeitos como o Pai.

Vamos começar esse último ponto com uma interrogação: é possível sermos perfeitos como Deus é? De imediato queremos dizer que não, mas na vida cristã o alvo colimado é esse: ser como Jesus é. Isso é bem compreensível quando Paulo diz que o crente transformado tem a imagem de Cristo, e o apóstolo João falou que nós o veremos e seremos semelhantes a Ele (1Jo 3.2). O adjetivo perfeito, como aparece no versículo, no grego é téleios, quer dizer, levado a seu fim, finalizado, que não carece de nada necessário para estar completo, integridade e virtude humana consumadas, adulto, maduro, maior idade.

Essa perfeição é um processo também presente na salvação, o que envolve tanto o amor como a santidade. É claro que não iremos alcançá-la plenamente nesta vida, mas prosseguimos para o alvo, sabendo que brevemente a perfeição absoluta se concretizará como o dia perfeito (Pv 4.18). Por isso Paulo nos aconselha a prosseguir (Fp 3.12,13). Vemos que até João era consciente de que a perfeição absoluta não se conseguiria nesta vida, mas na futura (1Jo 1.8), porém, todo cristão conhecedor da Palavra e que tem o Espírito em sua vida é consciente de que brevemente participará da perfeição divina, ser com Jesus é, em tempos bem breves (2Co 3.18; 1Pe 1.4; Cl 2.10).

Assim, meus irmãos, se quisermos trilhar na perfeição de Cristo para futuramente desfrutarmos da perfeição absoluta, precisamos viver e caminhar no amor de Cristo Jesus, imitando-o em tudo, porque é um mandamento dEle (Jo 15.12), e quem vive esse amor nunca expressa atitudes odiosas, palavras grosseiras, desprezo para com alguém, jamais pratica o mal nem mesmo para o pior inimigo (Rm 13.10). A perfeição absoluta é unicamente de Deus, como bem disse Jesus (Mt 19.17). Inclusive, para muitos gregos ela era uma característica dos deuses, mas pelas Escrituras Sagradas o cristão poderá participar da perfeição quando viver neste mundo segundo o querer de Deus (Gn 6.9; Jó 1.1;Tg 1.4), logo será segundo a imagem de Cristo Jesus. (Gomes. Osiel, Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. p. 88).

A justiça cristã é uma virtude elevada por meio da prática do amor

CONCLUSÃO

Aprendemos com essa passagem bíblica que Jesus nos chama para viver nesse mundo como seus discípulos em um novo estilo de vida, como também novos recursos espirituais para vencer qualquer inimigo pessoal. A base firme para tudo isso é o amor, pois somente através dele é que se pode expulsar o ódio e qualquer ação belicosa. Os que vivem esse amor na vida prática estão se assemelhando ao verdadeiro caráter de Deus.

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