Esse período é importante para os cristãos perseguidos que vivem no contexto de países islâmicos, onde os muçulmanos são a maioria
O Ramadã, o mês do jejum islâmico, começou no último sábado (02), após o pôr-do-sol. Isso significou que ao ser avistada a lua crescente em Meca, na Arábia Saudita, muçulmanos de todo o mundo começaram a jejum. São 30 dias de jejum, indo até 1 de maio.
Esse período é importante para os cristãos perseguidos que vivem no contexto de países islâmicos, onde os muçulmanos são a maioria. Nesses locais é comum que eles enfrentem a opressão islâmica. Prova disso é que dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2022, 34 têm a opressão islâmica como tipo de perseguição. Assim, o Ramadã afeta diretamente a Igreja Perseguida nos países de maioria muçulmana.
No Ramadã, os muçulmanos se sentem mais unidos do que nunca em uma comunidade global. Esse sentimento dá espaço a um exclusivismo religioso, em que todos os que não praticam essa fé são vistos como infiéis e, em casos mais extremos, dignos de algum tipo de punição. Assim, é inaceitável para radicais da maioria muçulmana de um país islâmico que não muçulmanos possam comer enquanto eles jejuam.
O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico e celebra a primeira revelação que Maomé recebeu do Alcorão. O propósito do jejum realizado durante todo esse mês é tirar os muçulmanos de seu cotidiano e fazê-los reexaminar sua vida sob o contexto de um ideal maior. O jejum do Ramadã é um dos cinco pilares do islamismo e é obrigatório para todos os seus seguidores.
Todos os muçulmanos devem se abster de comer, beber (até mesmo água) e ter relações sexuais, entre outras restrições, durante o dia, isto é, do nascer até o pôr-do-sol. Excluem-se da obrigação crianças menores de 12 anos, mulheres grávidas ou que amamentam, pessoas debilitadas, idosas e enfermas.
Por Portas Abertas