Homem teria sido torturado pela polícia até confessar ter blasfemado em mensagem de texto no celular
Quase uma década após ser acusado de cometer blasfêmia, cristão é condenado à morte, no Paquistão.
Segundo o Christian Today, a defesa do homem alega que as acusações são falsas, e servem como exemplo de como as leis de blasfêmia do país são usadas de maneira abusiva.
Em julho de 2012, Zafar Bhatti, de 58 anos, foi preso sob a acusação de enviar mensagens de seu telefone, contendo blasfemas Na ocasião, Bhatti teria sido torturado pela polícia até confessar crime. Porém, conforme relatado pela International Christian Concern (ICC), diversos relatórios provam que outra pessoa, Ghazala Khan, possuía o número que enviou as mensagens de texto. Apesar desses relatos, em maio de 2017, Bhatti foi condenado à prisão perpétua de acordo com a Seção 295-C do Código Penal do Paquistão .
No útimo mês de outubro, o Tribunal Superior de Lahore devolveu o caso de Bhatti ao Tribunal de julgamento, e sua sentença foi revisada pelo Tribunal da Sessão de Rawalpindi, passando de prisão perpétua para uma sentença de morte. A punição é considerada obrigatória aos condenados por blasfêmia, conforme a Seção 295-C.
O diretor do Centro de Assistência e Assentamento Legal, Nasir Saeed, também defende que Bhatti é mais uma vítima das falsas acusações em que aplicam as leis de blasfêmia do Paquistão.
“Desde a promulgação da lei da blasfêmia no Paquistão, a lei é opressiva e freqüentemente mal utilizada. A situação continua a piorar e as minorias vivem sob constante ameaça, visto que o governo falhou em proteger as minorias religiosas nos últimos anos”, disse Saeed ao Christian Today.
Por International Christian Concern (ICC)