Segundo Portas Abertas, Camarões é o 42º país na Classificação a Perseguição Religiosa 2021
A cristã ex-mulçumana de Camarões Fadi Zara, durante anos, precisou fugir dentro do seu país por causa de ataques do Boko Haram. O grupo é uma milícia local que tem por objetivo impor a lei islâmica e acabar com a democracia na Nigéria, afetando também os países da fronteira.
A camaronesa fugiu pela primeira vez em 2013, quando o grupo Boko Haram chegou em uma noite queimando igrejas e matando pessoas. Ela fugiu da aldeia Barawa para a aldeia Vreket, e esse não foi o último deslocamento.
Em outro ataque, Fadi se deslocou para Laoudzaf. Todos esses deslocamentos aconteceram no período de dois anos, devido aos ataques do Boko Haram. Em 2015, após novos atos violentos do grupo islâmico, ela passou a viver em Zeleved. Segundo ela, o grupo queimava as igrejas, roubava as propriedades e matavam muitas pessoas.
Em Zeleved a vida da jovem era como a de milhares de pessoas que tentam sobreviver nas áreas fronteiriças de risco. Durante o dia elas trabalham em casa e nos arredores, mas antes do pôr do sol elas subiam as montanhas para passar à noite, com medo de mais um ataque do Boko Haram.
Após outro ataque brutal, Fadi e sua família fugiram para a cidade de Koza; e sua irmã, de 14 anos, foi sequestrada. Alguns diziam que ela havia sido morta, outros que por ser muito nova ela, provavelmente, teria que se casar com um dos jihadistas.
Fadi conta que a sua mãe presenciou a violência nas aldeias e viu o sangue de muitos vizinhos. Mas quando soube que a filha mais nova havia sido sequestrada, não conseguiu lidar com o fato e morreu duas semanas depois.
Por Portas Abertas