Relatório revela restrições governamentais à religião em altos níveis, em todo o mundo, mesmo antes da COVID-19

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Dados são do estudo mais recente da Pew Research Center, sobre a perseguição religiosa global

Relatório revela restrições governamentais à religião em altos níveis, em todo o mundo, mesmo antes da COVID-19

O 12º relatório anual sobre a perseguição religiosa global, da Pew Research Center, foi divulgado nesta quinta-feira (30). O estudo analisou 198 países durante 2019, o ano mais recente com dados disponíveis, e concluiu que as restrições dos governos à prática religiosa permaneceram altas durante o ano anterior à pandemia do coronavírus e subsequentes bloqueios.

O ano 2019 apresentou um índice de intolerância semelhante ao de 2018, que foi apontado como um ano com um alto índice de restrições impostas pelo governo, no que diz respeito à políticas públicas e leis que infringem as práticas religiosas.

De acordo com a Instituição responsável pelo estudo, 57 países tinham restrições classificadas como, “altas” ou “muito altas” à prática religiosa, o que era um pouco maior do que os 56 países de 2018 que relataram a mesma taxa, mais alta desde 2012, que também relatou 57 países.

Segundo a Pew, o aumento também considerável em relação a 2014, quando 47 países foram listados como tendo restrições governamentais “altas” ou “muito altas” à crença e prática religiosa.

“A análise mostra que as restrições governamentais envolvendo religião, que em 2018 haviam atingido o ponto mais alto desde o início do estudo, permaneceram em um nível semelhante em 2019”, explica o relatório.

Seguindo os dados, o Christian Post, comparou que apesar das restrições governamentais em todo o mundo terem se mantido altas no ano de 2019, o nível de hostilidades e terrorismo contra religiosos reduziram, em relação aos níveis divulgados nos anos anteriores pela Pew.

Foi possível observar também, uma queda no número de países com “terrorismo relacionado à religião”, que o relatório denomina quando há “mortes, abuso físico, deslocamento, detenções, destruição de propriedade e arrecadação de fundos e recrutamento por grupos terroristas”.

A Pew apresentou em 2014, 82 países com pelo menos um desses tipos de terrorismo relacionadoa à religião. Em 2018, diminuiu para 64, e em 2019 bateu o menor recorde, com 49 países.

A Instituição relata como uma das razões para essa redução, a derrota do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) no Iraque e Síria para os EUA, em 2017, sob comando na època de Donald Trump.

Nos anos anteriores, e apartir de 2014, supõe-se que “mais de 40 mil pessoas de mais de 110 países viajaram para o Iraque e a Síria para se juntar ao califado do ISIS. No Reino Unido, estimou-se que mais muçulmanos britânicos estavam lutando pelo EI do que servindo nas forças armadas”, relata o Christian Post.

Segundo o Global Terrorism Database “o número de ataques violentos perpetrados pelo grupo diminuiu no Iraque em 2019”.

Apesar de dezenas de milhares de jihadistas terem sido executados pelas tropas dos EUA, muitos terroristas do ISIS seguem operando em todo o mundo.

“Ainda assim, a rede multinacional de organizações do ISIS permaneceu ativa. Grupos que prometiam lealdade ao ISIS realizaram bombardeios no Sri Lanka no domingo de Páscoa de 2019, matando mais de 250 pessoas e ferindo cerca de 500 outras em igrejas e hotéis”, afirmou o relatório da Pew .

De acordo com a Pew, os números relatados neste estudo são anteriores aos bloqueios do governamentais de 2020, relacionados à pandemia da COVID-19, “que muitas vezes envolvia medidas polêmicas que muitos consideravam uma violação das liberdades civis, incluindo a liberdade de religião”, observa a instituição.

Por CPAD News

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