Cristãos são frequentemente perseguidos e mortos por grupo radical islâmico na região
Grupo islâmico Fulani, atacaram mais uma vez os cristãos no estado de Kaduna do Sul, na Nigéria. No recente ataque, o pastor Silas Yakubu Ali e mais 10 membros de sua igreja, foram mortos.
Os fiés desconfiaram que algo havia acontecido ao pastor Silas, e saíram em sua procura. Ele seria o pregador da Palavra no culto da Igreja Evangélica Winning All (ECWA) localizada na área do governo local de Zangon Kataf, e não compareceu.
O corpo do pastor, de 55 anos, foi encontrado pelos membros no dia 11 setembro, próximo a Asha-Awuce, que fica a menos de um quilômetro de sua casa.
De acordo com as informações da Missão Portas Abertas dos Estados Unidos, o líder teria caído em uma emboscada e foi morto pelos radicais fulanis, quando sua moto ficou sem gasolina na estrada, enquanto retornava de outra cidade.
No dia seguinte, a perseguição se extendeu a outros seguidores de cristo. Dez membros da igreja do pastor Silas foram atacados mortos por militantes fulanis, na vila Apyizhime Jim na mesma região. Entre as vítimas, estavam duas mulheres grávidas e dois jovens, que trabalhavam numa fazenda no momento do crime.
Uma fonte local relatou ao Daily Post da Nigéria, que o número de vítimas pode ser ainda maior, do que já se sabe, pois, muitas pessoas desapareceram como resultado do ataque. “É impossível determinar o número de feridos e mortos, mas até agora, contei 11 cadáveres em locais diferentes esta manhã”, afirmou.
Os cristãos do estado de Kaduna tem sido frequentemente atacados pelos radicais. De acordo a Nigéria Security Tracker, entre os meses de janeiro e setembro deste ano, cerca de 600 pessoas foram mortas por extremistas.
A Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety, na sigla em inglês), também revelou um número marcante de vítimas. Segundo a ONG com sede na Nigéria, “em apenas 200 dias, cerca de 3.462 cristãos já foram mortos por militantes fulanis e pelo grupo terrorista Boko Haram, no primeiro semestre de 2021”.
*Nome alterado por questões de segurança.
Por CPAD news