Em junho, um cristão foi acusado de roubo pelos próprios familiares e teve que pagar multa para as autoridades do país
A Arábia Saudita passou por um processo onde as várias tribos, xerifados e emirados da maior parte da Península Arábica foram consolidados sob o controle da família Saud entre 1902 e 1932, quando o atual Reino da Arábia Saudita foi proclamado. Ap[os 89 anos de sua unificação, a nação ainda não garante a liberdade religiosa à população, o que resulta em diversos casos de cristãos que são perseguidos pela sua fé.
Entre os cristãos, a maioria são estrangeiros de países da Ásia e da África, alguns do Ocidente, que foram vivier na Arábia. Os expatriados, geralmente mantêm sua fé em segredo, pois se forem pêgos se reunindo para cultuar, ou compartilhando o Evangelho com algum muçulmano, são presos ou deportados.
Segundo a Portas Abertas, existe uma pequena parcela de cristãos sauditas de origem muçulmana, e também muçulmanos expatriados que deixaram o Islã para seguir a Cristo. Esses, são ainda mais perseguidos, principalmente no ambiente familiar, de onde passam a ser rejeitados. No geral, ser cristão na Arábia Saudita, resulta em extrema perseguição.
No mês de junho, o CPAD News compartilhou sobre história do cristão Ahmad*, que foi falsamente acusado de roubo, e julgado por tentar converter muçulmanos ao cristianismo e por ter ajudado a irmã a deixar o país contra a vontade do marido dela. Além disso, na época, sua a esposa estava sendo mantida em cativeiro pelos próprios pais e irmãos, que a forçavam a pedir o divórcio do marido. Após veredito do juiz, o cristão foi condenado pagar uma multa de 80 mil dólares pelo “crime” de roubo.
Neste caso, Ahmad foi acusado falsamente pelos próprios familiares, que consideram a conversão ao cristianismo uma traição. Sem provas que confirmassem o roubo, o se retirou do caso, e advertiu os denunciantes. Por sua vez, os familiares, que são influentes na região, conseguiram que o caso fosse reaberto e julgado como culpado por outro juíz. Por questões de seguranca, Ahmad decidiu deixar o país, com sua esposa e filhos.
*Nome alterado por segurança.
Por Portas Abertas