Prezados professores e alunos,
A Paz do Senhor!
“Tenha já fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e a mente” (Sl 7.9)
Acazias sucedeu o seu pai e reinou dois anos sobre Israel. Seu nome significa “Yahweh prende” (no sentido de agarrar, segurar). Devemos relembrar duas coisas acerca de suas relações exteriores. Não teve sucesso em seus empreendimentos; não pôde recuperar Moabe quando este sacudiu o jugo da dinastia de Onri (cf. 2Rs 1.1; 3.5), e foi repudiado por Josafá como sócio no projeto de formar uma frota mercante no golfo de Acaba, 1Rs 22.48,49; 2Cr 20.35-3. (Hoff, 1996, p. 218,219)
Quando de uma queda séria, Acazias ignorou a existência de Elias e enviou mensageiros que consultassem Baal-Zebube “o príncipe das moscas” ou “senhor das moscas”, em Ecrom. Deus através do profeta Elias intercepta esses mensageiros com uma solene advertência de que Acazias não se recuperaria. Nesta lição descreveremos a idolatria e a infidelidade do rei Acazias, a coragem do profeta Elias, identificar as consequências dos atos do rei Acazias.
UM REINADO MARCADO POR IDOLATRIA
Quando Acazias feriu-se gravemente ao cair pelas grades de um quarto alto, buscou a orientação de Baal, não do Senhor. Baal- Zebube era o deus de Ecrom, uma das cinco cidades da pentápolis filisteia. Volta-se para divindades pagãs era uma deslealdade para com Deus e, por uma ligeira extensão de Ex. 22.20, digna de morte.
“O que sacrificar aos deuses e não só ao Senhor será morto”
O reinado de Acazias foi dos mais difíceis para Israel. Acazias era um homem perverso, (1Rs 22.51-53). A Bíblia menciona que Acazias fez mal aos olhos do Senhor e andou no caminho dos seus pais. Acazias superou os seus antecessores em maldades. Os seus pais introduziu a idolatria e ideologias pagãs. O povo esqueceu o que havia dito o rei Salomão:
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6)
A idolatria estava incrustada que o rei Acazias envia mensageiros a Ecrom, a mais de sessenta quilômetros, para consultar os sacerdotes de Baal. Era um templo bastante famoso, pois Baal era o deus principal daquela cidade, e se esperava que os reis buscassem ajuda naquela local.
ELIAS DESAFIA A ADORAÇÃO A BAAL
O rei Acazias através dos seus súditos resolveu consultar a Baal-Zebube. Nesse gesto, estava dando as costas para o verdadeiro Deus. O rei Acazias em algum momento viu ou ouviu os feitos poderosos de Deus por meio do profeta Elias, mas preferiu ir ao encontro de uma divindade falsa que nunca havia operado milagre, tinha fama por ser um mito. Ecrom fala do caminho da falsificação, dos deuses falsos, do afastamento de Deus, das investidas contra a sua vontade, das facilidades de um deus que não é exigente, de uma vida descompromissada com o culto verdadeiro ou adoração, livre de seguir com os caminhos éticos pautado na Santa Escritura. Nesse caminho, é muito mais fácil, mas é apenas aparência. Deus interveio usando o profeta Elias e desmascarou a rebeldia do rei Acazias.
“Mas o anjo do Senhor disse a Elias, o tisbita: Levanta-te sobe para te encontrares com os mensageiros de rei de Samaria e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?”
O rei Acazias, ciente da sua morte deveria arrepender-se dos seus pecados e buscar a Deus, porém tentou prender o profeta Elias. Na realidade o rei Acazias queria mesmo era matar o profeta, será que pensou que poderia matar o profeta e assim anular a profecia? A Palavra de Deus indica que o rei Acazias pretendia assassinar Elias.
“Então, o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este, não temas. E levantou-se e desceu com ele ao rei” (1Rs 1.15)
O rei Acazias sabia que Elias era um adversário temível, de modo que enviou um capitão com cinquenta soldados para trazê-lo ao palácio, mas subestimou o poder do profeta. Diante da falta de conhecimento dos capitães ou obedecendo a uma ordem do seu rei, não sabia que era Elias e seu poder, pois Elias estava sobre a autoridade de Deus o Rei dos reis.
“Então, lhe enviou um capitão de cinquenta; e, subindo a ele (porque eis que estava assentado no cume do monte), disse-lhe: Homem de Deus, o rei diz: Desce. (1Rs 1.9)
O fogo que desceu do céu foi a resposta do profeta Elias, ou de Deus ao rei para que junto com o povo arrepender-se dos seus pecados, ou provaria o julgamento de Deus.
O rei Acazias era um homem orgulhoso que sacrificou dois capitães e cem homens numa tentativa inútil de evitar a própria morte. Se aqueles homens tivessem assumido a atitude do terceiro capitão, não teriam sidos mortos.
Antes de encerramos esse tópico, devemos lembrar de que, um dia, este mundo orgulhoso e impenitente experimentará o fogo da ira de Deus. Isso acontecerá,
“e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder” (1Tss 1.7-9)
Deus ordena “aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At 17.30), o que significa que aqueles que não se arrependem são rebeldes contra o Senhor. O evangelho não é apenas uma mensagem na qual se deve crer, mas também uma ordem a que se deve obedecer.
A DOENCA DE ACAZIAS E A SUA MORTE
“E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura, é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? Portanto, desta cama, a que subiste, não descer’, mas certamente morrerás” (2Rs 1.16)
O profeta Elias advertiu pessoalmente a Acazias de que o juízo divino lhe sobreviria, porquanto ele prestara honras a deuses pagãos e ignorara o Deus de Israel. O rei Acazias poderia ter-se arrependido que, certamente, Deus iria perdoa-lo, pois é um Deus misericordioso, mas o coração do rei Acazias estava duro. O rei estava comprometido com Baal- Zebube a ponto de não encontrar possibilidade de mudança de atitudes.
O profeta Elias, quando entra na presença do rei poderia mudar a mensagem para amenizar a situação do rei Acazias e também para poupar a sua própria vida, pois o profeta estava sentenciando a morte ao rei Acazias e denunciando a idolatria, era uma dura mensagem para ser transmitida. Porém, para o profeta Elias, obediência a Deus estava acima de qualquer outra coisa, porque obedecer é melhor que poupar a sua própria vida.
Diante da veracidade da sentença, toda fúria e autoridade esvaíram-se do rei Acazias, pois ele não ordenou a morte de Elias e nem ameaçou. Mesmo o rei Acazias não admitindo ou rendendo-se a Deus, o temor do Senhor tomou conta do seu interior.
Nessa lição, percebemos varias qualidades do profeta Elias:
- Intimidade com Deus (2Rs 1.3);
- Zelo (2Rs 1.16).
Nos dias atuais, Deus está buscando homens e mulheres com qualidades de Elias, que possamos realizar na virtude de Elias, a obra do Senhor.
Conclusão O rei Acazias foi idólatra e infiel para com os mandamentos de Deus, fez o que era mau aos olhos do Senhor ao consultar outros deuses sobre o seu futuro (2Rs 1.2). Marcando o seu reinado pela idolatria e infidelidade para com o verdadeiro Deus. O profeta Elias, quase foi morto por confrontar as transgressões do rei Acazias (2Rs 1.9). Portanto, Elias seguiu em frente, cumpriu a sua nobre missão e glorificou a Deus, pois a mensagem ao rei Acazias cumpriu-se (2Rs 1.17a).